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Não conheço em detalhe as normas mas aparentemente é um boa notícia...finalmente!!

https://www.jornaldenegocios.pt/economi ... os-plug-in

Esta é uma situação um bocado do género paga o justo pelo pecador.

Embora seja verdade que na generalidade dos híbridos (especialmente grupos alemães), acabando a bateria, o consumo é bem pior que se fosse um carro simples, tal não acontece com pelo menos 2 marcas que em vez de pegar num motor de combustão hiper poluente e juntar-lhe um motor eléctrico e um pack de baterias para disfarça a coisa, criaram verdadeiros híbridos: Toyota e Hyundai.

jfr2006 Escreveu: ↑

25 nov 2020, 11:46

Esta é uma situação um bocado do género paga o justo pelo pecador.

Precisamente.
Têm havido discussões quase sangrentas no FB com as notícias sobre aqueles estudos que concluíam que as emissões são muito mais altas. Os bons utilizadores de PHEV dizem que não, que é tudo mentira, e mostram registos muito bons de consumos que fazem.

Só que a "big picture" não é essa. A generalidade dos PHEV são comprados pelos benefícios fiscais, pelos generosos motores 2.0+ a gasolina, etc. É isso que esses estudos mostram. Mais cedo ou mais tarde isto teria de ser atacado, e bem. Obviamente que irá prejudicar algumas pessoas.
Não nos podemos esquecer que os incentivos são dados em nome do ambiente. Os PHEV têm benefícios pela componente ambiental. Se a generalidade dos estudos, em várias partes do mundo, concluem que a larga maioria dos PHEV passam a maior parte da vida sem ligar à tomada, tem de se agir.

Acho que a solução não é cortar totalmente, mas honestamente também não vejo nenhuma forma de conseguir dar benefícios com base na utilização.

A solução passa por fazer testes mais realistas que realmente mostrem quais são os plugin que são uma farsa e aqueles que são mesmo um verdadeiro plugin e híbrido a sério.

Ou seja um teste feito com a bateria descarregada e ver quais os resultados das emissões. Aí então taxar de acordo com isso no IUC

Já no ISV e restantes benefícios, sendo a maior parte deles para empresas, nem deviam existir...as empresas já recebem n benefícios com os rentings e afins

Na minha opinião isto tem de passar por um crivo apertado. Se temos um hibrido plug-in 1400cc que consegue consumos reais de 3L / 4L e ao mesmo tempo temos os plugin 3000cc que tem consumos de 7L (estou a ser amigo), não podemos considerar que é tudo igual. Se já existe uma diferenciação nos ICE´s ditos convencionais, é só haver um bocadinho de boa vontade e consegue-se com que haja essa diferenciação nos híbridos.

Foi mais fácil dizer, é hibrido, é amigo do ambiente, ou se quiserem é mais eficiente (sim, o conceito quando foi criado foi sobre esta ideia), vamos dar subsídios. Como sabemos isto descambou porque as marcas de luxo viram aqui uma oportunidade de continuar a vender os seus motores (grandes) que tanto custaram a desenvolver, sobre esta ideia.

Agora acordou-se para o problema e da mesma maneira que no inicio foi chapa 5 para todos os híbridos, volta-se a cometer o mesmo erro, mas ao contrário, é hibrido...

E assim vai o mundo. O haters da eletrificação tem já aqui muito por onde pegar. Já estou a imaginar certos comentários. "Isto é tudo modas", "a seguir há de ser provado que os 100% elétricos também poluem mais que um carro a combustão".

Ironia no meio disto tudo, é serem as pessoas que usam e abusam deste tipo de híbridos (gastadores) a votarem uma lei que vai fazer com que fique mais caro este tipo de carro.

Os fabricantes vieram com híbridos de fachada só para aproveitar o "buraco" na lei, alguma coisa tinha que se fazer.
Os híbridos "decentes" continuam salvaguardados:

introdução de critérios na lei que restrinjam os apoios a híbridos e híbridos 'plug-in'".

Esses critérios incluem os veículos que tenham "uma autonomia em modo elétrico superior a 80 km, apresentem uma bateria com uma capacidade igual ou superior a 0,5 kWh/100 kg de peso do veículo, e emissões oficiais inferiores a 50 gCO2/km".

https://www.jornaldenegocios.pt/economi ... os-plug-in

Infelizmente não me parece que isto não vá resultar num aumento dos apoios para elétricos puros como devia.

Nonnus Escreveu: ↑

25 nov 2020, 12:56

Ironia no meio disto tudo, é serem as pessoas que usam e abusam deste tipo de híbridos (gastadores) a votarem uma lei que vai fazer com que fique mais caro este tipo de carro.

PSD, PCP, CDS e IL, votaram contra e Chega absteve-se.
Tirando o PCP, isso deve incluir quase toda a malta que usa híbridos de fachada.

A proposta foi entretanto corrigida e ficou com o limite de 50km em vez de 80km. Ou seja, do ponto de vista pratico, quase não tem efeito.


https://www.dinheirovivo.pt/economia/im ... 74912.html

Nelson Escreveu: ↑

25 nov 2020, 18:47

A proposta foi entretanto corrigida e ficou com o limite de 50km em vez de 80km. Ou seja, do ponto de vista pratico, quase não tem efeito.


https://www.dinheirovivo.pt/economia/im ... 74912.html

Ou seja...mais algum entrou 'por baixo' no bolso de alguns deputados...

Com 80km WLTP não haveria incentivo para nenhum PHEV... alguém deve ter informado a alma iluminada que escreveu a lei original.

O mais importante é garantir que o consumo em modo ICE não descamba, e nisso as 50g CO2/km devem filtrar uma boa parte do trigo do joio, embora ache que deviam ser um pouco mais ambiciosos.

A autonomia WLTP deve ir aumentando, mas gradualmente. Idealmente terá de se a nível europeu, pois nenhuma marca irá fazer PHEV adaptados ao nosso mini mercado automóvel...