Fórum de discussão sobre a Mobilidade Elétrica e Parceiro privilegiado da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos - UVE https://www.clubeletricos.com/
Para mim um modelo é a base do funcionamento de algo, que pode ser um sucesso ou um descalabro quando bem ou mal implementado, por N razões (nomeadamente legislação desadequada, ou gestão danosa por falta de estratégia e controlo dos desvios), mas isso não implica que o modelo seja mau.
Não tenho participado nesta discussão porque estamos sempre em loop, repetimos-nos vezes sem conta nestes últimos meses. O modelo é mau porque se criou uma coisa nova, mas com legislação desadequada. Pegamos no mesmo modelo e deixamos qualquer um vender energia, tal como qualquer um vende combustíveis e o modelo serve perfeitamente. Isto foi dito no ENVE pelas pessoas responsáveis pela mobie, não por esta palavras, mas acabaram por admitir que as limitações do modelo é devido a este facto. Portanto o modelo acaba por ser mau porque não serve os nossos interesses nem dos operadores. Eles sabem que o modelo esta limitado pela legislação.
Há um operador que é dono do posto e vende energia tal como um posto de combustível fóssil e acabam-se os problemas. O método de pagamento é irrelevante, cartão, dinheiro, conta cliente ou em feijões.
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
Enviado: 02 set 2019, 18:14
por pemifer
Desculpem se sentirem ofendidos.
Um modelo em que é preciso ter um contrato e aderir a um cartão para comprar batatas, é estúpido!
Mas nem sequer fomos pioneiros na estupidez pois é este o modelo vigente em quase todo o lado.
Digam o que disserem é estúpido eu não poder pegar num monte de notas e ir até à Alemanha de carro!
Ou até à Russia, ou até à Cochinchina! https://en.wikipedia.org/wiki/Cochinchina
Claramente este modelo foi criado para complicar a adoção da mobilidade elétrica e Portugal foi atrás desta estupidez.
Claro que face à incompetência reinante na Mobi.e criaram um modelo de faturação ainda mais estúpido!
Mas eu já dei para este peditório, quando este modelo de faturação apareceu houve logo quem aparecesse a defendê-lo e a dizer que o burro sou eu!
Sou eu e este...
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
O problema em Portugal está em questões muito mais estruturantes, por isso não seria um modelo descentralizado que iria mudar as coisas. É fácil perceber que os operadores só vão instalar postos onde podem ter lucro e pouco se importam com se são precisos carregadores em Mirandela, guarda ou Castelo Branco.
Este problema da rede só se resolve com politicas de sustentabilidade e uma estratégia de alargamento da rede, com pés e cabeça.
É aqui que Portugal tem dado constantes tiros nos pés, com a falta de um vontade politica para que a rede apareça (felizmente parece que a UE vai tomar medidas nesse sentido), péssima estratégia nos financiamentos de postos de carregamento (ao decidir financiar instalação de PCR em cidade em vez de espalhar esses PCR's pelas AE de todo o país) e por fim a falta de responsabilização de quem gere dinheiros publico sem qualquer controlo, de forma irresponsável, como tem sido o caso da mobi.e.
...
Há PCR com filas que por vezes chegam aos 6 carros para carregar. Têm muitos clientes, com cargas pagas ao preço do diesel, de certeza que dão lucro.
Porque motivo estes locais ainda não foram reforçados com mais 2 ou 3 PCR? É que andamos nisto desde 2011...
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
Enviado: 02 mai 2020, 20:16
por jfr2006
"Desenterro" este tópico, pois hoje com os alertas da aplicação Miio e após consultar os preços de Maio, vi com agradável surpresa que a Galp alterou os preços nos seus PCR:
- A ridícula taxa de activação de 0,50€ desapareceu
- O preço deixou de ser ao kWh (0,162€/kWh) e passou a ser 0,105€/min. Num carro que carregue a uma média de 45kW, significa que desceu ligeiramente para 0,14€/kWh
Neste momento, só falta a Cepsa descer aquele preço ridículo que tem
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
"Desenterro" este tópico, pois hoje com os alertas da aplicação Miio e após consultar os preços de Maio, vi com agradável surpresa que a Galp alterou os preços nos seus PCR:
- A ridícula taxa de activação de 0,50€ desapareceu
- O preço deixou de ser ao kWh (0,162€/kWh) e passou a ser 0,105€/min. Num carro que carregue a uma média de 45kW, significa que desceu ligeiramente para 0,14€/kWh
Neste momento, só falta a Cepsa descer aquele preço ridículo que tem
Já tinha ouvido que tinha mudado, mas ainda não tinha visto os novos preços. Assim sendo fica equivalente a alguns dos outros OPCs. O que é bom para mim que tenho Ioniq. Já para os rapidgates....
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
Enviado: 03 mai 2020, 00:49
por beme83
E quantos VE carregam a esse ritmo? Os mais antigos ficam penalizados e muito pois facilmente o preço por kW fica acima dos 25cts mais IVA mais CEME a energia deve ser paga ao kWh e não tempo... Pelo menos nos primeiros 30 minutos nos PCR depois pode haver factor tempo. Além disso a Galp fez a bosta de mudar os PCNs de 11kw- 3.3kw para leafs e etc para 0.025 por minutos ou seja 1.5 euros hora o que no caso do leaf representa um aumento de 500% mobilidade elétrica no seu melhor ou seja por kwh nestes postos fica a 0.50+CEME + IVA ou seja quase 80 CTS o kWh espetáculo
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
E quantos VE carregam a esse ritmo? Os mais antigos ficam penalizados e muito pois facilmente o preço por kW fica acima dos 25cts mais IVA mais CEME a energia deve ser paga ao kWh e não tempo... Pelo menos nos primeiros 30 minutos nos PCR depois pode haver factor tempo. Além disso a Galp fez a bosta de mudar os PCNs de 11kw- 3.3kw para leafs e etc para 0.025 por minutos ou seja 1.5 euros hora o que no caso do leaf representa um aumento de 500% mobilidade elétrica no seu melhor ou seja por kwh nestes postos fica a 0.50+CEME + IVA ou seja quase 80 CTS o kWh espetáculo
Neste assunto a concordância ou não depende sempre do veículo e das condições de carregamento que cada um tem.
Os que têm VE que conseguem obter boas taxas de carregamento em PCR (~45 kWh) preferem ao minuto, enquanto os que têm Zoe a carregar a 22 kWh ou VE mais antigos e com baterias mais pequenas preferem ao kWh.
Depois quando falamos dos PCN de 22 kWh, todos os que não conseguem tirar partido do posto também preferem ao kWh em vez de ser ao minuto. Neste caso os Zoe saem benificiados
Na minha opinião, e para todo e qualquer caso, os OPC, por não serem comercializadores de energia não devem colocar os preços em kWh, mas sim em tempo de ocupação do posto. Nota: para ser justo, os preços devem ser definidos com base na média da potencia de carregamento entre os 20% e os 65% da bateria, isto é, não se deve fazer a conta a 50kWh mas talvez nuns 80% desse valor.
Nota: tenho um Zoe que apenas carrega em 22 AC, pelo que saio prejudicado num PCR, mas compreendo que assim seja, até para evitar os carros que ficam lá agrafados até os "electrões começarem a transbordar da bateria".
A melhor solução passa sempre por acompanhar a instalação de um PCR 50 kWh de um PCN de 22.
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
Neste assunto a concordância ou não depende sempre do veículo e das condições de carregamento que cada um tem.
Os que têm VE que conseguem obter boas taxas de carregamento em PCR (~45 kWh) preferem ao minuto, enquanto os que têm Zoe a carregar a 22 kWh ou VE mais antigos e com baterias mais pequenas preferem ao kWh.
Depois quando falamos dos PCN de 22 kWh, todos os que não conseguem tirar partido do posto também preferem ao kWh em vez de ser ao minuto. Neste caso os Zoe saem benificiados
Nos PCRs faz sentido que se favoreça quem carrega mais rapido, pois é suposto ser rápido e os carros que suportam carregamento rápido normalmente suportam os 50kW teóricos. Agora num PCN não faz sentido aplicar a mesma lógica, a meu ver. Em primeiro lugar o único carro capaz de usufruir dos 22kW é o Zoe, mais nenhum, nem mesmo os Teslas. Estar a cobrar preços a pensar num carregamento a 22kW é simplesmente injusto para a maioria das pessoas. Além de que num PCN não é suposto ser rápido, supostamente não se vai fazer fila para carregar num como acontece num PCR.
Dito isto devia-se arranjar uma forma de distinguir os PCN semi-rápidos dos lentos (monofásicos). Ou cobra-se ao kWh ou têm-se diferentes preços para trifásico e monofásico.
Nota: tenho um Zoe que apenas carrega em 22 AC, pelo que saio prejudicado num PCR, mas compreendo que assim seja, até para evitar os carros que ficam lá agrafados até os "electrões começarem a transbordar da bateria".
Esse Zoe não tem carga rápida por isso um PCR não é a escolha adequada, é normal que saias prejudicado. Aliás os PCRs agora estão a deixar de vir com AC. Claro que podes dizer o mesmo para mim, para eu não usar um PCN 22kW, o problema é que os postos colocados hoje em dia são todos de 22kW. Basicamente não há PCN "adequado" para um Leaf.
A melhor solução passa sempre por acompanhar a instalação de um PCR 50 kWh de um PCN de 22.
Isso não é viável em muitas situações. Além de que as pessoas não deviam ser obrigadas sempre a fazer carregamento rápido.
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
Enviado: 04 mai 2020, 11:26
por mjr
Recentemente vi um artigo na revista Turbo onde o jornalista chamou "aluguer do carregador" à fee que se paga ao OPC, sendo a energia paga ao CEME.
Pareceu-me um termo correto, de facto estamos a alugar o uso de um equipamento. Deste ponto de vista mais uma vez o que faz sentido é "alugar" pelo tempo de utilização.
Re: Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro
Enviado: 04 mai 2020, 19:01
por cfvp
Eu percebo que para o OPC faça sentido cobrar ao minuto, o problema é para os utilizadores. No entanto a justificação de estarmos a alugar e por isso ser por tempo é discutível, na minha opinião. O mesmo acontece num posto de combustível, mas só pagamos o combustível, não o tempo. Claro que há o inverso, ou seja, em que se cobra pelo tempo, eu sei. Daí ser discutível, a meu ver.
Dito isto, eu acredito que este sistema de cobrança ao minuto nos PCNs não vai ter muito sucesso, porque para a maioria das pessoas não vai compensar e vão acabar por ir aos PCRs, se for mesmo necessário.