Porque não quero poluir o tópico de anúncios da UVE, sugeria a todos ouvirem com atenção o vídeo presente neste "post"
https://www.uve.pt/page/como-carregar-o ... -a-mobi-e/
A mim, crítico confesso do modelo, da MobiE, do caminho da UVE (repito, ainda que o respeite, discordo), vejo aqui um exercício de publicidade bestial, ao nível do Superbowl da ME em Portugal
Parabéns ao Henrique porque consegue transformar um cogumelo podre no castelo da Disney. Pena que não dirija a energia noutro sentido, mas isso sou só eu...
Passagem 1 - aos 30s está o representante da MobiE a passar a batata ao Henrique. Destes 30s, 29 foram gastos pela apresentadora.
Bem em linha do que estamos habituados com a MobiE nestes anos todos, comunicação = 0. Palmas
Realço os pontos fortes, para mim:
- tentativa de empurrar o sucesso da ME venda de VE como relacionada com a oferta da rede
- "que a informação no posto de carregamento seja transparente e clara para os utilizadores". Então mas... começámos a pagar hoje, foi? Olha queres ver...
- os operadores e os cemes podem ser motivados a trazer mais inovação tecnológica (...). LOL. Desculpem, mas aos 40 anos tenho de escrever como as pitas. LOL é só o que me ocorre. Os próximos 30s deste comentário do Henrique são o que há no mundo há 10 anos, mas vá...
- "situações que vieram para a comunicação social (...) por qualquer razão que eu desconheço (...)". Referindo-se à situação clara do director da Turbo. Diz o representante da MobiE que "o CEME terá uma app, a app saberá qual é o carro que eu tenho, eu defino qual é o contrato de electricidade que eu tenho"............ Claro! Culpa do utilizador que não tem a app, que não aproveita "os desenvolvimentos tecnológicos que a MobiE fez blablablabla". Deusmalivre. Ter o preço final no posto como existe em todo o mundo é que não! Vamos lá que só faltam mais 19 minutos
Sobre o pagamento com CC que o Henrique experimentou lá fora. Cá? Ui, o modelo permite
Realço (e cito, para não dizerem que sou só eu):
"(...) claro e preciso, com um montante final em Euros - ou em libras - e pouco me interessa como utilizador o que é que está por trás".
Se isto não é qualquer coisa, é qualquer coisa mais. Podia continuar a citar, mas ouçam. Minuto 8:45.
Depois entra a verborreia da MobiE do "a rede permite desde que..."
Mais publicidade da MobiE em que "lancámos o concurso de hubs"... Não senhores. Lancei eu que pago os impostos que pagam isso tudo. Bastava a vontade política e isso acontecia, sem vos pagar 1 cêntimos. Mas vá, passemos à frente.
Depois, rede Tesla e Continente. Diz o Henrique que as redes privadas aliviam a rede pública. Bom politicamente correcto. a MobiE diz
- "a MobiE não conhece os problemas". Ora aí está algo que nem de perto nem de longe me surpreende
- "a MobiE está pronta para integrar todos os operadores que tenham postos de carregamento de acesso público". Diria eu "olá se não estão", então integrar a maior e mais fiável rede de carregamento do mundo no esquema do "cartão não autorizado" devia encher-vos de orgulho... Ainda faltam 10 minutos.
- diz o Henrique e aqui está o ponto fulcral (repita Henrique se faz favor!) -minuto 15:35 - "
a partir do momento que estas redes se queiram integrar na rede pública, não há nenhum problema". Ora pois então. Boa noite e um queijo aqui se resume este exercício publicitário. Mas sejamos corajosos e continuemos... .
- a rede é universal. Ora bem, a 40cts por operação até eu era universal, até com cartão não autorizado.
- "como sabe até a ionity". Estranho que agora já não se fala no custo do carregamento e a escolha e quê... memória selectiva? se calhar.
A figura do DPC. Tudo correcto, menos a diferença de a empresa pagar ao CEME, enquanto na realidade o custo poderá (e deverá) ter sido o bi-horário económico do funcionário, mais uma vez um custo totalmente desproporcional entre a energia paga e o seu custo na origem. Não foi abordado,
go figure
Pontos de carregamento com geração off-grid, local. Questões "do ponto de vista regulamentar". Ora se isto fosse igual em todo o mundo ehehehe.
No resumo, na minha opinião foi mais um excelente exercício de publicidade à MobiE e à rede pública, com o alto patrocínio da UVE. Nenhuma questão forte, nada que não se possa atribuir com razão a quem critica o modelo. Só "amen".
Tentei que o meu desdém pela MobiE e o modelo não toldasse a análise deste exercício de publicidade em demasia. Mesmo com o patrocínio da UVE acho que o Henrique esteve bem. A participação da MobiE foi em linha com o que temos conhecido: nula. De certeza que as falhas do microfone foram causadas pela senhora da limpeza: não deu "cartão nao autorizado" porque o RME imputa essa responsabilidade ao OPM (Operador de Posto de Microfone)