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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 26 mai 2020, 11:32
por rimsilva
mjr Escreveu:
25 mai 2020, 14:01
Erbium Escreveu:
25 mai 2020, 12:01
Qual foi o investimento nestes PCN's? Já estão pagos aos anos... até boa parte dos PCR!
Quanto custa o kwh que depois nos vendem?
Como sabem houve um concurso público com vários lotes da rede piloto, não tenho pormenores dos valores pagos por lote, mas em breve devem ser públicos...

Grande parte dos postos estão degradados e não funcionais, terá de haver um investimento significativo por parte dos OPCs para colocar novos postos. Não sei o que vão cobrar nesses postos antigos mas ainda funcionais antes de serem alvo de atualização. Está tudo em cima da mesa, se para já não cobram tarifa OPC nesses ou que valor vão colocar. Vamos aguardar por junho, quando lançarem os preços.

O kW.h custa zero ao OPC, quem vende a energia é o CEME. O OPC "só" cobra o "aluguer" do posto.
Pegando neste comentário, digo o seguinte:

Grande parte dos postos da rede piloto foram reparados com base num contrato de mais de 500k€ com a EFACEC, não são postos novos é um facto e há a ideia que os postos não funcionam, mas funcionam, o que impede os utilizadores de os usar é o sistema de comunicação que os "desliga" e os coloca "em manutenção", a mobi.e foi informada disso várias vezes através da linha de apoio e por escrito.
É uma vergonha que depois de se gastar (sabemos lá quanto desses 500k) isto tenha acontecido sem que ninguém quisesse saber e depois disso ainda foram gastar mais diheiro a substituir postos.

Posto isto, o que eu quero destacar é que estes postos funcionais podem perfeitamente ser aproveitados e disponibilizados por um custo baixo para os carros mais antigos que não carregam mais do que a 3,7 kWh não sairem tão prejudicados(lembro-me que que já os utilizadores da motas se queixam que se esqueceram deles e agora parece que vai acontecer o mesmo a estes VEs mais antigos ou PHEV).

Os restantes, com maior potência, ja deverão ter um custo mais elevado para quem quiser carregar a uma potência superior. Se por tempo ou kWh, já nem vou dizer nada, acho já se perdeu muito tempo com uma questão que considero secundária.

Outra situação que leva a alguma confusão é não se ter a real noção do custo dos varios PCN e do custo da potência instalada. Uma coisa é certa o custo dos postos (com estas potências) terão tendencia a reduzir (pelo efeito dos novos mais potentes e/ou evoluidos tecnológicamente), além disso os operadores deduzem o IVA da compras dos postos.
O que me parece (porque já tivemos essa questão aqui) é que os operados podem ser tentados a procurar o lucro "fácil" e querem amortizar o custo quase de "imediato" e para isso a forma mais fácil é aumentar os preços.

Termino com o aspecto que para mim é o maior entrave ao maior investimento e que prejudica os OPC e utilizadores, que é o facto de existir um CEME, já não é novo e deve ser a milésima vez que o refiro :lol: Tudo poderia funcionar da mesma forma sem o CEME, que ninguém iria notar a falta...

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 26 mai 2020, 22:13
por FullElectric
rimsilva Escreveu:
26 mai 2020, 11:32
... Tudo poderia funcionar da mesma forma sem o CEME, que ninguém iria notar a falta...
Eu diria que sem CEMEs a ME funcionaria... e iríamos notar bem forte que não fazem falta nenhuma

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 27 mai 2020, 16:56
por Gameiro101
Eu acho que o tipo de cobrança vai depender do modelo de negocio de cada um.

O CEME, compra e vende kwh, por isso vai vender kwh, para o CEME, é indiferente quanto tempo o carro fica ligado ao posto.

O OPC, por outro lado o que vende é a "ligação" à rede, por isso terá lógica que cobre ao minuto, para o OPC o carro estar a carregar a 6.9, 11, 22kwh, é indiferente, pois o que conta é a ocupação do posto, e interessa ao OPC que o posto esteja ocupado o maior tempo possível ou que consiga com a ocupação que vai ter a maior margem possível tendo em conta o investimento feito no posto.

O problema é se depois a soma das duas taxas fica demasiado cara para o utilizador, sendo que o CEME se não vender também não compra electricidade, mas o OPC, que já gastou dinheiro no posto precisa de ter preço por um lado atractivo para as pessoas se ligarem, mas por outro também tem de ter um preço suficientemente alto para compensar o investimento, como já foi dito o negocio poderá não ser muito interessante para os OPC.

O facto de os OPC cobrarem ao minuto pode ter outra vantagem para os OPC, se cobrarem ao kwh terão dificuldades em cobrar algo após o carro estar carregado a 100%, se por outro lado cobrar ao minuto, pode cobrar o tempo que o carro está ligado ao posto, se está a carregar ou não acaba por ser problema do condutor.

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 28 mai 2020, 08:56
por Brunus
Retirado do Observador
Outros dos esquemas de funcionamento que pretendem sugerir que seja alterado diz respeito “à necessidade da EDP Distribuição ser mais expedita na atribuição do ramal ou no incremento da sua potência, bem como a Direcção-Geral de Energia e Geologia ser mais célere na certificação, a Entidade Nacional para o Sector Energético mais rápida na fiscalização, e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos na homologação, pois todo o processo é demasiado lento e burocrático”, critica o responsável da UVE, que diz ter avançado igualmente com sugestões sobre o tema.
"Boa tarde, queria instalar um posto para carregamento de Viaturas eléctricas.
- Muito bem. Trouxe o papel?
- Mas qual papel?
- O papel
(continua ad eternum)"

Bem-vindos a Portugal. :roll:

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 03 jun 2020, 21:57
por alexmol
OCasal Escreveu:
24 mai 2020, 18:35
... O futuro é todos os PCN's serem de 11 ou 22kw...
cfvp Escreveu:
24 mai 2020, 20:12
Sinceramente não vejo que o passo para os 22kW AC seja um passo obrigatório na evolução da ME. O carregamento a 7kW é perfeitamente suficiente para qualquer VE carregar durante a noite e não só.
alexmol Escreveu:
24 mai 2020, 23:35
Aqui no Algarve a esmagadora maioria de PCN's públicos são de 22kW, isto porque os velhinhos de 3.7kW só existem na capital de distrito e só restam 5 dos originais 8.
Números grosseiros diria que são :
80% 22kW
10% 7.4 e 11kW
5% 3.7kW
5% postos de 22kW limitados a potências mais baixas
Já fiz contas mais rigorosas:

Total de 46 PCN dos quais

34 (74%) são de 22kW
3 (6%) são de 11kW
4 (8%) são de 7.4kW (alguns são fisicamente de 22kw mas só têm monofásico)
5 (10%) são de 3.7kW

Se os postos de 22kW, a maioria, forem cobrados ao minuto, com preço superior a 1 cêntimo por minuto, quem não tenha carregador de pelo menos 11kW vai gastar mais dinheiro num PCN do que num PCR.

Por outro lado percebo que um OPC que investiu 5000€ num PCN, se cobrar 1 cêntimo por minuto, só vai ver os 5000€ de volta ao fim de 1 ano de utilização a 100%, 2 anos a 50% de utilização, 4 anos a 25% de utilização, 5 anos a 20% de utilização, 10 anos a 10% de utilização.
Querendo ter margens positivas, como é normal num negócio, estes números esticam muito mais, e a única solução é aumentar os preços.

Entretanto, seria normal nesta altura já começarmos a conhecer os preços. Ou à boa maneira tuga só vamos saber no próprio dia em que for a pagar :?:
A Ionity, por exemplo, anunciou com bastante antecedência a mudança de tarifário.

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 03 jun 2020, 22:31
por Nonnus
Hoje vi num carregador instalado num hotel o seguinte:

Tem o preço afixado de 0.03€ minuto tarifário OPC.

Depois por baixo tem: Carregamento 0.50€.

Fiquei sem perceber o que são estes 0.50€. Será activação do posto?

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 03 jun 2020, 23:19
por BrunoAlves
alexmol Escreveu:
03 jun 2020, 21:57
Se os postos de 22kW, a maioria, forem cobrados ao minuto, com preço superior a 1 cêntimo por minuto
A maioria dos que tenho visto (não são muitos) são a 5cts/min. 1ct/min é utópico, como as tuas contas do ponto de vista do operador bem comprovam.

Como se tem dito e repetido este modelo só é bom para os CEME, mais ninguém...
Nonnus Escreveu:
03 jun 2020, 22:31
Fiquei sem perceber o que são estes 0.50€. Será activação do posto?
Provavelmente. A maioria dos postos que tinha activação julgo que tinha deixado de ter (alguns PCR da Galp, não era?), mas é algo que poderá tornar-se comum. E quando tivermos de pagar a taxa à MobiE (o que me dói pensar nisto) passará a ser normal haver uma parcela por carregamento.

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 04 jun 2020, 09:05
por OCasal
Compreendo que do ponto de vista do operador seja urgente reaver o dinheiro investido, mas tem que haver conta, peso e medida, caso contrário, estamos portante um cenário em que, os postos são apenas uma montra cara, onde ninguém lá compra nada!

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 04 jun 2020, 10:23
por BrunoFonseca
Uma solução seria os OPC terem também um preço diferenciado entre Cheio e Vazio.
Já agora, os CEME também podiam reduzir um pouco os preços, pelo menos no Vazio.
Alguém tem noção dos "custos" que um CEME tem? Qual o risco? Quais as margens? É que temos andado aqui a criticar que o CEME fica com tudo, será mesmo assim?

Re: Início do pagamento total da rede de carregamento

Enviado: 04 jun 2020, 11:37
por BrunoAlves
O que o CEME não tem é risco. Adaptaram o sistema de facturação e acabou, a partir daí é só esperar que o dinheiro entre.
O OPC tem de acautelar a compra do posto, a ligação e instalação do mesmo, manutenção e reparação, etc.
Uma pequena reparação pode significar semanas ou meses de rentabilidade perdida para o OPC. Para o CEME? Porreiro, business as usual.

As margens são baixas porque a electricidade é barata, a TAR é que encarece o valor final. Não acredito que a margem seja superior a 1-2cts/kWh vendido.
Não me recordo do valor, mas a TAR para a ME é parcialmente subsidiada. Como o preço da energia é virtualmente igual ao de casa, onde a TAR não é subsidiada, a minha leitura é que isso é margem adicional oferecida ao CEME.
Como no mercado da electricidade em casa, o negócio está forçosamente no volume.