Diário de bordo - Malm

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psi20
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por psi20 » 15 nov 2013, 15:09

lmlr Escreveu:
Malm Escreveu:Está combinado ;).
Fazemos um "cumbibio" eléctrico no carregador do Fórum :D .
Malm sou novo no forum, mas se calhar tens que trazer o teu i-miev aqui para a Guarda uns tempos.
Agora a pergunta, deixando o carro na Rua durante a noite para carregar (nota por aqui facilmente se atingem temperaturas inferiores a zero à noite durante o inverno) poderá ajudar à saude das baterias?!? ou o frio extremo tb é prejudicial? O Prius dorme na garagem mas com o descer do termómetro tenho que fazer o pré aquecimento do MCI antes de começar a rolar, para evitar um aumento exagerado no consumo nos primeiros quilometros, o motor dos VE tb sofre com frio?tb tem pré aquecimento?
Por exemplo e atendendo ao facto de que as baterias estão sob o habitáculo se carregar-mos o carro com o AC ligado (para os pés por exemplo) não ajudará a evitar o aquecimento exagerado de algumas células?

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Malm
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 nov 2013, 16:15

Eu já fui com ele muitas vezes até à Guarda. Uma das vezes até teve direito a notícia na imprensa local. Basta procurar no DB, no período AC (antes de Canion).

Em Portugal não existe essa coisa de frio extremo, mesmo na Guarda. Os Leaf na Noruega devem experimentar temperaturas abaixo dos -20º C com frequência e de certeza, vão ser aqueles que vão conseguir 80% da capacidade ao fim de 10 anos. O meu i-MiEV vem equipado com um sistema de aquecimento das baterias, caso elas estejam demasiado frias para funcionar - é óbvio que nunca o vi funcionar :| . O facto de eu (e não só) o colocarmos à noite na rua é porque sabemos que quanto mais baixa a temperatura a que estão as baterias menor é a sua taxa de degradação. Se não conseguirmos manter as baterias frescas (menos de 20º C), elas vão degradar ao ritmo de 8/9% ano nos primeiros anos. Para conservar a capacidade da bateria só é preciso uma coisa, tudo o resto não interessa, mantê-las abaixo dos 20º C (e não se fiem nos sensores de temperatura do Leaf, porque na minha opinião, quando os sensores indicam uma temperatura de 20º C, as baterias do Leaf estão a 25º C). Na realidade, nesta altura do ano, a diferença é pouco, na garagem estão 17º C, e entre 17º C e 10º C a diferença na taxa de degradação é muito pequena. Se a diferença fosse entre 23º C e 30º C este procedimento já faria muito mais sentido, e mais ainda entre 15º C e 30º C. Mas eu estou empenhado em ter um dos VE de quatro rodas com menor degradação comprado em 2011, tal como me empenhei em ser o recordista da maior distância percorrida com uma carga do fórum, e para isso eu estou capaz de fazer muito mais que a maioria.
Que eu saiba o motor não precisa de ser aquecido para funcionar, tratando-se de um motor elétrico (penso eu :? ). As baterias é que precisam de ser aquecidas para terem rentabilidade, mas é preciso que estejam vários graus abaixo de 0 (penso eu :? ). Aguardemos por opiniões de verdadeiros conhecedores, que eu percebo é de potenciais de membrana.
Num carregamento lento, ligar o ar condicionado para os pés só dava em mais aquecimento, porque o carregamento iria durar mais umas horas e esse ar fresco pouco ou nada influenciava, dado que o pack dos Leaf é estanque. E é preciso que o Leaf deixe ligar o AC quando está a fazer um carregamento lento (o meu i-MiEV não deixa).

Essas temperaturas abaixo de 0º C na Guarda vão de certeza ajudar à saúde das baterias. Disso não tenho a mínima dúvida. Mas para mim as temperaturas de Tábua são suficientes, vou ficar-me mesmo por aqui. A mudar, era para o Alasca.
Entre um pack ainda mais fresco e um habitáculo tórrido, a escolha que faço é abrir as janelas.

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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por mjr » 15 nov 2013, 16:58

No caso do Leaf até aos -20ºC não há qualquer problema com a bateria, antes pelo contrário... Abaixo dos -30ºC penso que o eletrólito pode congelar e aí o carregamento iria danificar permanentemente a bateria. Mas o LBC deve proteger a bateria para que não seja possível carregar nessas condições. Aliás, a temperaturas próximas dos -20ºC o LBC limita a carga progressivamente.

A única coisa que aconteça a temperaturas até aos -20ºC é uma diminuição da capacidade temporária, que com o aquecimento é recuperada. Como a resistência interna do pack aumenta significativamente a temperaturas muito baixas, isso faz com que se dissipe bastante mais energia com o andamento, pelo que a bateria irá aquecer e recuperar parte da capacidade perdida.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 nov 2013, 17:17

Ou seja, só vantagens em ser leaf(r)esco na Guarda.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por psi20 » 15 nov 2013, 17:39

Malm Escreveu:Ou seja, só vantagens em ser leaf(r)esco na Guarda.
pois já tinha pensado nisso, mas tb já tinha pensado que no verão as descidas prolongadas podem gerar demasiado calor nas baterias... pelo menos no Prius a ventoinha de arrefecimento do pack disparava quase sempre.
A hipótese de ter o primeiro VE e o primeiro LEAF da Guarda está a ser estudada, até pq para ENI como eu o OE2014 penaliza muito as tributações autónomas... passo de 5% para 15% raios...
tenho mesmo é que encontrar o PAFI por aqui a roubar-lhe um tempinho para um café :)

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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 nov 2013, 17:48

psi20 Escreveu:
Malm Escreveu:Ou seja, só vantagens em ser leaf(r)esco na Guarda.
pois já tinha pensado nisso, mas tb já tinha pensado que no verão as descidas prolongadas podem gerar demasiado calor nas baterias... pelo menos no Prius a ventoinha de arrefecimento do pack disparava quase sempre.
A hipótese de ter o primeiro VE e o primeiro LEAF da Guarda está a ser estudada, até pq para ENI como eu o OE2014 penaliza muito as tributações autónomas... passo de 5% para 15% raios...
tenho mesmo é que encontrar o PAFI por aqui a roubar-lhe um tempinho para um café :)
Se desceres em ponto morto, aposto que a temperatura das baterias não sobe.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 nov 2013, 18:35

Mais um contributo sobre a localização das células e dos sensores no pack do i-MiEV, obtido no myimiev.com:

Imagem

Tudo 100% de acordo com o que eu já tinha indicado, com a informação adicional que o sensor 1 está associado às células 1 e 2, o sensor 2 às células 2 e 3, o sensor 3 às células 3 e 4, o sensor 4 às células 5 e 6, o sensor 5 às células 6 e 7, o sensor 6 às células 7 e 8. Eu apenas tinha associado os sensores 1 a 6 às células 1 a 8.

Continua a verificar-se uma grande correlação entre a localização dos sensores mais quentes e as células que descarregam primeiro.

Agora digam lá se não gostavam de ter toda esta quantidade de sensores nos vossos Leaf.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 nov 2013, 18:58

psi20 Escreveu:
Malm Escreveu:Ou seja, só vantagens em ser leaf(r)esco na Guarda.
pois já tinha pensado nisso, mas tb já tinha pensado que no verão as descidas prolongadas podem gerar demasiado calor nas baterias... pelo menos no Prius a ventoinha de arrefecimento do pack disparava quase sempre.
A hipótese de ter o primeiro VE e o primeiro LEAF da Guarda está a ser estudada, até pq para ENI como eu o OE2014 penaliza muito as tributações autónomas... passo de 5% para 15% raios...
tenho mesmo é que encontrar o PAFI por aqui a roubar-lhe um tempinho para um café :)
Ainda bem que referes isso de disparar a ventoinha nas descidas. Eu aqui já escrevi que um dia desci a Serra da Estrela e carreguei 3 barras de uma vez. Foi uma vez para figurar no quadro de honra, que o pessoal ver uma barra a aparecer já era um acontecimento. Para a próxima o que vai aquecer são os travões.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 nov 2013, 19:59

Vou testar esta noite a hipótese de o facto de iniciar o carregamento com todas as células à mesma temperatura resulta num carregamento em que se atinge um valor mais elevado de SoC. Depois de 36 horas, finalmente está tudo igual. A partir da meia-noite vai carregar o que quiser e vamos ver o resultado.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 nov 2013, 21:42

Já devem ter percebido que com o Canion é fácil descobrir se um Peugeot Ion é de 16 kWh (88 células) ou de 14,5 kWh (80 células). Também estou convicto que as células em falta são as 41 à 44 e 85 à 88. Irá ter também apenas 60 sensores de temperatura. Se alguém estiver para comprar um Peugeot Ion e quiser ter a certeza do que lhe estão a vender, é só mandar-me uma mensagem privada que eu disponibilizo-me com a minha aparelhagem a ver as entranhas do carro. Também se vê logo se não anda por lá uma célula a dar as últimas, que é o mais importante de tudo.
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