Folha, velhinho em folha

[2cisnesdemim]

Foi na folha que soube do desaparecimento do grande senhor cujas exéquias estão agora a ter lugar. Um choque.
O Homem dos sete ofícios; o homem que não teve uma única pessoa que não dissesse bem dele - nem as suas cinco mulheres com quem casou! Recorde nacional, por certo.
Homem de caráter, que não defraudava quem dele se abeirava. Recordo o que relatou Moita Flores do senhor do norte, onde eles filmavam, que lhe disse que o conhecia, do teatro, em Lisboa havia quinze anos. "Eu encontrava-me na terceira fila, lembra-se?" "Perfeitamente, como vai o senhor?"
Não desiludindo, como contrariamente faria ou pensaria cada um de nós - este fulano é que tem cá uma pancada! Olha, ia lembrar-se dum espectador que estava na terceira fila, há quinze anos atrás?..
E eu, tal como esse senhor, precisava de me manter iludido pela marca, pelo vendedor. Mas falta grandeza de caráter, que só o grande senhor que me ensinou a adorar a terra que cheguei: queijo intenso da terra que manteve o mesmo nome ao longo dos tempos, Pulo do Lobo – onde o governante se refugiava das chatices que ocorriam e não queria dar cavaco, Brinches, onde só consegui chegar uma única vez de comboio; Aldeia Nova - foi aqui que num jogo do trivial porsuit, ainda no início da última década do milénio anterior, soube que a minha terra era já uma "cidade" que tinha a feira mais antiga.
Se os meus primos em França, que a folha bem conhece, adoram ver as nossas novelas na Gália qe até, por vezes, têm de ouvir as críticas do genro ou nora, por só se ver ficção em Português foi graças a esse Gigante, que acreditou!
Adormeci no dia da sua morte a ver "Corrupção". Mas a luz falhou ao desempenhar o papel que desempenhava..,
Ainda hoje, falar disso, é tabu nesta terra!
Por causa disso, o coração o atraiçoou não o deixando partir num dia de chuva. Mas deixa que em tua memória, a folha está agora bem calçadinha com sapatos ecológicos, apropriados para o tempo que preferias para partir. Agora parte ela.
Que lindos são os pneus do nico. Trinta apenas cada um. E nacionais, ainda para mais!

[Malm]

Não sei não. A lagarta da folha não costuma ser esquisita. Talvez a árvore ainda não tenha maturidade suficiente para nos dar as garantias que falharam no passado. Comigo também não tem sido fácil. Mas tem sido diferente, e tem dado para transformar as fraquezas em normalidades. Não sei quantos terão esta capacidade, eu tenho. Porque me ajusto. Talvez alguns digam, porque me acomodo. Acontecem-me coisas muito estranhas, como se o Sol que sempre se levantou a Este de um dia para o outro decidisse inverter o sentido da sua marcha. Pensa Malm. Por que razão? E depois? Depois o dia tem 24 horas na mesma e por esta altura umas 11 horas de luz. Mudou alguma coisa de realmente importante? Afinal nada. O que provoca nos outros medo a mim simples curiosidade. E vou continuar a fazer a minha vida tal e qual, procurando prever o dia em que o Sol vai nascer outra vez do lado a oriente. E descubro. E continuo a fazer as mesmas viagens, os meus percursos. Porque a roupagem pode mudar, mas a essência não muda de um dia para o outro. Pelo menos até agora.

[FullElectric]

Isto está a ficar bonito... vai lá vai

[chegachaves]

...

[2cisnesdemim]

Mas mais importante que a árvore imatura, como se reconheceu,mas que pode por em causa a floresta onde ela se insere é que poderá pôr em causa toda uma vasta floresta. E é a esta que se deve acautelar.
O nematodo durante tempo demais deixou as nossas árvores impotentes, Os donos incapazes de serem felizes, mesmo que tivessem a tal capacidade de adaptabilidade – não fosse esta a maior capacidade do ser humano -, que só alguns possuem porque recebem muito sol! Outros, como eu, uma espécie de bonobo dos primatas.
Porque terei que ser logo eu o humanóide que manifesta comportamentos de altruismo, empatía e paciência, entre outros? Nem Job, se calhar.
Já deixei de ir a um funeral com o que estava comprometidíssimo, só porque a folha interrompia os carregamentos. A primeira, a segunda vez. Felizmente, não sou assim tão importante, caso contrário ainda hoje estaria por sepultar, tudo por culpa da…
Lembro-me que quase há três anos alguém na cidade cantada pela senhora que repousa no panteão devido ao património imaterial de que foi embaixadora, que possuía uma árvore ecológica, prima da do Malm, comentava comigo que os postos públicos eram desligados de tarde não se podendo fazer a necessária fotossíntese…
Queria mesmo era que houvesse plantas endémicas, para que se pudesse fazer uma espécie de plantação espontânea como acontecia na minha terra natal: um simples buraco no chão e o milheiro para lá atirado, dava duas produções no ano! Por isso, antes do Brasil, a "alcolina" era uma realidade portuguesa.
Ou como eu, no meu quintal, fazendo uns rudes buracos com o ferro do monte, são mais do que suficiente para dali a uns tempos ter umas belíssimas folhas, muito melhores do que esta que possuo, e a custo quase zero – basta ir a um final de feira e quase recebe para trazer -, para juntamente com farinha milha ou não, mais o chouriço, fazer um belíssimo caldo verde.
E eu, certamente poderia convidar com um rasgado sorriso: são servidos?

[pnunes]

nao me deixam dizer nada aqui.... apagam me os posts
ohhhh!!!
e eu que gosto tanto de comentar estas cenas
o mjr dá me uma chance

[VETL]

Eu sou um inculto e mal formado pois não consigo enxergar patavina, seja poesia, seja o que queiram chamar-lhe.
De uma coisa tenho a certeza: Isto não tem nada a ver com a secção onde está.
Acho que haverá por aqui algures uma secção off-topic ou algo do género onde isto se pudesse encaixar, não?

[santanamos]

nao me deixam dizer nada aqui.... apagam me os posts
ohhhh!!!
e eu que gosto tanto de comentar estas cenas
o mjr dá me uma chance

É melhor não. Eu vi o outro post a tempo...

Eu estou a entender o cisne, é só abrir um pouco mais a mente

[2cisnesdemim]

Mas o cisne sente-se muito limitado e impotente já que a folha contribuiu para que isso acontecesse. Adorava era que ninguém tivesse que puxar de mais pela sua mente. Está-se a ver qual o resultado final: fumo e mais fumo que vai destruir, inevitavelmente, a camada do ozono! E não queremos isso, como é obvio.
E eu que fui batizado em Cabindo,- se se pusesse um pedaço de terra negra em cima duma rocha, aos poucos diluía-se escorrendo por ela abaixo, desaparecendo assim ,misturando-se com a restante.
Fiquei farto desse ouro negro logo no batismo. Por isso, o Bio 100,- o cartão que me informa do que ganhei em descontos: ronda os 13 mil. E o grosso deles, resultou da aplicação nesse combustível amarelado; o caminho natural sem pastilhas azuis, sem nada. Então a cruz não era feita do verdadeiro pau de lá?!
Hoje nem negra, amarela ou cor de burro a fugir. Sem cor, senti-la apenas.
Há sacanas é que me obrigam a abrir, mais que a mente, a carteira sem eu querer.
Há pouco telefonou-me uma senhora dizendo que era a mãe da inquilina que foi despedida da empresa onde trabalhava. Mas tem o ...o fiador, sabe, zangou-se co m ela e teve um avc e está sem trabalhar. O fiador vale tanto como a garantia que o Besa tinha do Estado Angolano e que o governador do banco de Portugal não acionou e que está na origem do colapso de um grupo de mais de 500 empresas…
Resultado: a imobiliária que me cobrou um mê e meio de renda para ter segurança, fico, afinal, sem segurança alguma.
Por isso é que tem que se pegar na folha, que tem que estar operacional e sair, espairecer por causa daqueles que, quais empresários do futebol, só estão cá para nos f… tenho dito!