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Uma sociedade chinesa fez depósitos em contas abertas na Suíça e no Liechtenstein por dois dos três quadros superiores da Renault que estiveram envolvidos no caso de espionagem industrial que afecta o fabricante automóvel.

A informação foi avançada esta segunda-feira pelo jornal francês Figaro, na sua edição online. Os depósitos foram identificados por investigadores privados contratados pelo grupo.

Não revelando fontes, o diário diz que a investigação diligenciada pela Renault permitiu descobrir uma conta no Lichtenstein com 130 mil euros e outra na Suíça com 500 mil.

O dinheiro será proveniente de uma empresa com sede em Pequim, a China Power Grid Corporation, apresentada como um gigante da distribuição eléctrica, cita a Lusa.

Para tornar o esquema financeiro dos alegados subornos mais opaco, os pagamentos ocultos terão transitado via uma série de intermediários estabelecidos em Xangai e na ilha de Malta.

O número dois da Renault, Patrick Pelata, disse no fim-de-semana ao jornal francês Le Monde que tratar-se-á de uma actividade organizada internacionalmente.

Uma nota da Direção-Central de Informações francesa de 7 de Janeiro confirma a plausibilidade da pista chinesa no caso que tem afectado o fabricante de automóveis e que está a ser alvo de um inquérito judicial.

O mais alto quadro suspenso da Renault, segundo o Figaro, é Jean-Michel Balthazard, membro da comissão de direcção e director da divisão de projectos, que já tinha liderado o projecto do modelo Laguna 3, até 2005.

Os outros dois funcionários são Bertrand Rochette, adjunto de Balthazard e Matthieu Tenenbaum, adjunto do director do projecto de veículos elétricos.

A Renault planeia lançar os carros elétricos Fluence e Kangoo Express em meados de 2011 e os modelos Twizy e Zoe ainda no final deste ano ou inícios do próximo.

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