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É triste e revoltante.

A ser verdade, é um nojento retrocesso da evolução que parecia estar a tomar forma...



Ora vejam:

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=39140

É pena ainda sermos poucos, senão um protesto do género iniciar o carregamento dos nossos carros todos ao mesmo tempo na hora de maior pico (19-20h) penso que teria repercussões. Claro que teríamos de ser uns 270 mil para chegar ao GW de potência... Mas daria algum gozo carregar umas duas horas nesse período, pois em muitos dias eles têm prejuízo no período de ponta nos consumidores de baixa tensão. Claro que isso é mais que compensado pelo resto do dia.

Seja como for são muito más notícias, e algo que já há algum tempo me inquietava, pois no mercado liberalizado a tarifa bi-horária já tinha deixado de existir há alguns anos. Gostava de perceber porquê...

No outro dia vi na internet publibidade à edesa para clinetes residenciais. Liguei para a Endesa para saber se têm horário de super-vazio, como existe nalguns estados dos EUA e como têm os clientes EDP >40Kw.
Fiquei a saber que a Endesa pratica tarifas 5% mais baratas mas que não tem "ainda" bi-horario. Foi-me dito que estavam a implementar. Agora nao sei...

Se houver mais carros a circular as operadoras vão concorrer por esses clientes. Afinal gastamos e bem electricidade.
O problema é que a concorrência em electricidade em PT é mt pouca.

mjr Escreveu:
pois em muitos dias eles têm prejuízo no período de ponta nos consumidores de baixa tensão.

por isso eles têm a tarifa tri-horaria que a meu ver muito dificilmente compensará a algum cliente. Mas deve haver alguns a irem para a tri-horaria na esperança de poupar uns centimos.

Atenção que isto é uma não-notícia.

Não se está a dizer que a tarifa bi-horária vai acabar, apenas se está a dizer que a tarifa regulada vai acabar, o que já se sabia.

A obrigação de ter uma tarifa bi-horária como quer a Quercus, por si, também não vale nada, porque se o valor em vazio for apenas ligeiramente inferior ao valor em cheio, pode nem valer a pena o esforço de programar os equipamentos para a noite.

Faz todo sentido que as várias empresas ofereçam uma tarifa mais barata à noite, uma vez que para essas empresas também vai ser mais barata a compra ao fornecedor (REN), que vai ter centrais térmicas que não pode desligar, e geradores eólicos que continuam a produzir.

Alias, se a tarifa bi-horária acabar, não estou imaginar a nossa (frágil) infraestrutura eléctrica a aguentar a carga.

Fazer o consumo eléctrico distribuído durante as 24h é uma necessidade de infraestrutura, logo eu vejo a tarifa bi-horária como uma inevitabilidade.

Essiemme Escreveu:É triste e revoltante.

A ser verdade, é um nojento retrocesso da evolução que parecia estar a tomar forma...



Ora vejam:

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=39140

jfreire Escreveu:Atenção que isto é uma não-notícia.

Não se está a dizer que a tarifa bi-horária vai acabar, apenas se está a dizer que a tarifa regulada vai acabar, o que já se sabia.

A obrigação de ter uma tarifa bi-horária como quer a Quercus, por si, também não vale nada, porque se o valor em vazio for apenas ligeiramente inferior ao valor em cheio, pode nem valer a pena o esforço de programar os equipamentos para a noite.

Faz todo sentido que as várias empresas ofereçam uma tarifa mais barata à noite, uma vez que para essas empresas também vai ser mais barata a compra ao fornecedor (REN), que vai ter centrais térmicas que não pode desligar, e geradores eólicos que continuam a produzir.

Alias, se a tarifa bi-horária acabar, não estou imaginar a nossa (frágil) infraestrutura eléctrica a aguentar a carga.

Fazer o consumo eléctrico distribuído durante as 24h é uma necessidade de infraestrutura, logo eu vejo a tarifa bi-horária como uma inevitabilidade.

Circula uma teoria de que as barragens com bombagem que andam a construir agora, não são tanto para armazenar energia renovável com o intuito de prescindir das centrais a gás mas sim com o intuito de conseguirem encher os bolsos praticando especulação energética: só as empresas que gerem essas barragens vão poder comprar energia mais barata em período de vazio (de origem eólica, térmica e nuclear) e depois vende-la cara durante o dia.
Para que o esquema resulte, há que acabar com a tarifa bi-horária para que os clientes gastem energia quando lhes der "mais jeito", ou seja, durante as horas de ponta, altura em que descarregam a barragem, vendendo energia a preços muito superiores aos que compraram.

Esse contratos deveriam ser públicos...

Nesse caso a alternativa solar caseira mesmo sem preços subsidiados começa a ficar mais interessante. A chatice é ter de armazenar a energia para carregar durante a noite quando o carro está em casa. A única hipótese viável é utilizar baterias de LiFePO4 devido ao seu tempo de vida (e de ciclo) muito superior ao das de chumbo convencionais.