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Por indicação da Caetano Power do Porto, fui convidado pela RTP para uma entrevista acerca da utilização da rede Mobi.e.

Pelo que me deu a entender o tom da reportagem é de que existem 3 vezes mais postos de carga normal do que carros elétricos em Portugal, e que os postos estão sempre vazios (de elétricos). São questões relativamente fáceis de desmistificar...

Que temas acham que devo tentar abordar?

Penso que deves falar da questao do "ovo e da galinha". Quero com isto dizer que a nao existencia dos 50 PCR prometidos e´, quanto mim, a razao fundamental para a dificuldade de circulaçao por todo o Pais. Coloquem PCR em quantidade adequada, leia-se 80 a 90 kms uns dos outros e deixa de haver razao para nao se viajar por onde se queira tal como fez, salvo erro, a Eslovenia.

Outro ponto que acho importante e´ a nao penalizaçao por ocupaçao de espaços de postos de cargas por veiculos de combustao.

podes tambem dizer que nao existem postos de carga a mais mas sim que estao mal colocados uma vez que os utilizadores nem sequer puderam opinar sobre a sua localizaçao.

Para ja e´ tudo.

Sei que vais fazer boa figura...boa sorte.

Cumprimentos

Segundo me disse o jornalista, dos 50 PCRs só foi instalado um. É o PCR da Avenida da República em Gaia. Os restantes parece que estão num armazém a ganhar pó. Amanhã confirmo com ele os pormenores, mas fiquei chocado...

Acho que podes concordar com ele sobre a pouca utilização, mas dando exemplos concretos que a mesma deriva de má localização:

Num Shoping center os lugares de deficientes são ao pé da porta. Eles seguiram esse exemplo e puseram aí os de electricos.
A meu ver podem pôr afastados da porta, assim não entram em disputa com os lugares CI.
No shopping de ALMADA o carregador não podia estar mais afastado da porta do shoping (escadas rolantes e elevadores), logo nunca o vi ocupado. Quando só quero ir ao shopping 10-15 mins ponho num lugar normal. Quando vou almoçar, cinema, passar 1h ou mais ponho no carregador e demoro 2 mins a chegar ao carro.

O mesmo se aplica nas cidades. Foram por nos locais mais concorridos para dar uma vantagem aos eléctricos, para cativar a ter um eléctrico. Até posso concordar com a abordagem mas num país em que se estaciona nas passadeiras, nos passeios, nos lugares de deficientes esta abordagem não se verificou a mais correcta.
Assim gastou-se o dinheiro e não carregamos na mesma.

Mas o essencial foi o que o Rui disse. O ovo e a galinha. Se a questão não é se devem ou não haver carros VE, visto que não temos petroleo etc e tal, a questão deve ser como investir o dinheiro como deve ser.
No nosso país tão pequeno e tão estreito os 50, os mesmo 25, postos PCR tinham feito um efeito melhor a catalisar o uso do eléctrico.
Os de carga lenta podem vir a conta gotas conforme o a adopção das massas aos VE.

para verem que temos postos a MENOS está aqui uma foto tirada no dia de regresso de Proença.
Eu tinha acabado de por a carga na A1 e apareceu um Leaf branco (não esteve no encontro) que teve que esperar que eu acabasse.

É claro que os convidaste a inscreverem-se aqui no nosso Forum

Os PCR estão de facto arrumados prontos a instalar. Já há 2 anos me disseram isso na Efacec. Não sabia era que ainda os tinham! O de Gaia puseram quando andou um auto- carro em testes!

mjr, temos de tomar medidas imediatas á cerca desses postos armazenados ( antes que sejam mandados para o ferro-velho, pois o cobre está a ser bem pago ).

Este Leaf branco é da MagnunCap, é o tal que tem uma barra a menos. Já tem 64K.
Ele qd era nova ainda ia de Lx a Aveiro, agora já nao arriscam.

Não foi ao encontro porque os colegas deles foram lá com o I-Miev.

De facto é algo que tenho constatado, o posicionamento dos carregadores deve ser em locais pouco concorridos para evitar os prevaricadores. Nunca vi CIs no posto do Norteshopping, já postos como por exemplo o do Cais de Gaia costuma estar sempre ocupado por CIs, e são 4 lugares.

Vou tentar explorar a situação dos PCRs, para tentar que ele dê ênfase na reportagem a essa situação.

Já está.

Tenho um bocado de receio da perspetiva que a reportagem irá apresentar. Vi grande enfoque na questão de mais de 200 postos nunca terem sido utilizados (deu como exemplo um posto em Monsanto), dos custos que o projeto teve e das vendas reduzidas até ao momento.

Da minha parte irá mostrar como é o ritual diário de carregamento, de como se carrega num posto Mobi.e, as capacidades do carro... Ainda deu para chegar ao posto da EDP e ter de pedir a um condutor de um CI para retirar o carro, isto tudo sendo filmado.

Espero que não altere o sentido daquilo que disse com a montagem da reportagem.

Ainda tentei convencer o jornalista a falar com a Magnum Cap, que tem muito mais interesse nisto que a Efacec, mas ele parece só estar interessado nos postos do projeto piloto, todos Efacec.

Disse-me também que, off the record, da parte do Governo não há qualquer interesse em prosseguir com o projeto.

Sobre os PCR armazenados disse que uma das razões pelas quais ainda não foram montados é o facto de só funcionarem com alguns carros.