Energia da mobilidade eléctrica custou 300 mil euros à EDP
Enviado: 26 abr 2014, 17:17
A energia da fase piloto da rede de mobilidade eléctrica (rede Mobi.e) custou cerca de 300 mil euros à Sgorme, sociedade controlada pela EDP. Entre 1 de Janeiro de 2011, até ao final de Março deste ano, tinham sido fornecidos à rede Mobi.e 300 megawatts-hora (MWh). Este fornecimento representou “encargos de 50 mil euros em energia e 240 mil euros em potência contratada”, traduzindo-se numa despesa de 18,40 euros por mês e por posto de carregamento, revelou ao PÚBLICO fonte oficial da EDP.
Embora o modelo do mercado eléctrico previsse que os encargos fossem suportados pelo utilizador da rede Mobi.e, “a Sgorme assumiu esses custos durante a fase piloto como custos de lançamento da empresa, no sentido de possibilitar o teste de sistemas e processos até à sua entrada em funcionamento comercial”. Porém, a fase piloto prolongou-se “para lá do previsto”, obrigando a sociedade gestora de operações da rede de mobilidade eléctrica, criada em Abril de 2010, “a suportar custos superiores ao inicialmente orçamentado", adiantou a EDP.
Fonte oficial do Ministério do Ambiente explicou que os pontos de carregamento na via pública (a rede piloto) são geridos pela EDP MOP (da EDP Distribuição), e que, durante a fase piloto, “os utilizadores não pagaram pelo carregamento dos seus veículos”, sendo os custos suportados pela Sgorme (onde a Inteli, da esfera do IAPMEI, tem uma posição de 9%).
O ministério tutelado por Jorge Moreira da Silva aprovou recentemente um diploma que põe fim à fase piloto da mobilidade eléctrica, abrindo o negócio à concorrência, para introduzir novos operadores de pontos de carregamento e mais comercializadores de electricidade, ainda que a rede pública vá manter-se, mas com um “investimento residual”.
O objectivo é que os consumidores passem a carregar os seus automóveis em casa ou no escritório, como se fossem um electrodoméstico (pagando a factura normal ou ligados à rede de mobilidade, se preferirem), ou em espaços de acesso público, como os centros comerciais, que podem constituir-se como operadores de pontos de carregamento e cobrar os seus preços em regime de mercado.
Como o diploma “agregou as figuras de operador de ponto de carregamento e de comercializador para a mobilidade elétrica e simplificou licenciamentos”, o Governo entende que estão criadas as condições para dar “escala a negócios” e para que apareçam ofertas no mercado. Segundo o Jornal de Negócios, a EDP criou já uma oferta que permite aos clientes carregarem as baterias do carro em casa, durante a noite, com um desconto de 10% na tarifa.
Do plano para revitalizar a mobilidade eléctrica faz ainda parte a aprovação, no âmbito da reforma da fiscalidade verde que deverá ser apresentada no Verão, de um conjunto de estímulos fiscais com os quais o Governo quer contribuir para o aumento da procura de carros eléctricos (segundo o Ministério do Ambiente, até Fevereiro existiam pouco mais de 500 em Portugal), cujo preço é superior em 30% ao dos carros convencionais. Os incentivos fiscais criados pelo anterior Governo foram revogados no Orçamento do Estado para 2012.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... dp-1633697
Embora o modelo do mercado eléctrico previsse que os encargos fossem suportados pelo utilizador da rede Mobi.e, “a Sgorme assumiu esses custos durante a fase piloto como custos de lançamento da empresa, no sentido de possibilitar o teste de sistemas e processos até à sua entrada em funcionamento comercial”. Porém, a fase piloto prolongou-se “para lá do previsto”, obrigando a sociedade gestora de operações da rede de mobilidade eléctrica, criada em Abril de 2010, “a suportar custos superiores ao inicialmente orçamentado", adiantou a EDP.
Fonte oficial do Ministério do Ambiente explicou que os pontos de carregamento na via pública (a rede piloto) são geridos pela EDP MOP (da EDP Distribuição), e que, durante a fase piloto, “os utilizadores não pagaram pelo carregamento dos seus veículos”, sendo os custos suportados pela Sgorme (onde a Inteli, da esfera do IAPMEI, tem uma posição de 9%).
O ministério tutelado por Jorge Moreira da Silva aprovou recentemente um diploma que põe fim à fase piloto da mobilidade eléctrica, abrindo o negócio à concorrência, para introduzir novos operadores de pontos de carregamento e mais comercializadores de electricidade, ainda que a rede pública vá manter-se, mas com um “investimento residual”.
O objectivo é que os consumidores passem a carregar os seus automóveis em casa ou no escritório, como se fossem um electrodoméstico (pagando a factura normal ou ligados à rede de mobilidade, se preferirem), ou em espaços de acesso público, como os centros comerciais, que podem constituir-se como operadores de pontos de carregamento e cobrar os seus preços em regime de mercado.
Como o diploma “agregou as figuras de operador de ponto de carregamento e de comercializador para a mobilidade elétrica e simplificou licenciamentos”, o Governo entende que estão criadas as condições para dar “escala a negócios” e para que apareçam ofertas no mercado. Segundo o Jornal de Negócios, a EDP criou já uma oferta que permite aos clientes carregarem as baterias do carro em casa, durante a noite, com um desconto de 10% na tarifa.
Do plano para revitalizar a mobilidade eléctrica faz ainda parte a aprovação, no âmbito da reforma da fiscalidade verde que deverá ser apresentada no Verão, de um conjunto de estímulos fiscais com os quais o Governo quer contribuir para o aumento da procura de carros eléctricos (segundo o Ministério do Ambiente, até Fevereiro existiam pouco mais de 500 em Portugal), cujo preço é superior em 30% ao dos carros convencionais. Os incentivos fiscais criados pelo anterior Governo foram revogados no Orçamento do Estado para 2012.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... dp-1633697