O Musk sempre referiu 600km de autonomia como o ideal nos carros, não 1000. O roadster terá segundo ele essa autonomia para matar de vez os superdesportivos e porque necessita dela para ter a potência máxima. Nos camiões é lógico ter 1MWh, é suposto levar toneladas às costas e andar o máximo permitido por lei sem parar. Só assim será possível a transição.BrunoAlves Escreveu:É uma pena que ninguém regule nada. O mercado livre é fixe porque garante umas coisas mas destrói outras totalmente. Nomeadamente o racional...
Nunca fará sentido baterias de 1000km de autonomia. E repito, nunca.
200kWh nunca farão sentido carregar em baterias. Nunca. É ridículo. Por mais que Deus Musk diga o contrário, afinal teremos camiões de 1MWh...
Hidrogénio sim para transporte de longo curso, barcos, camiões e tal. Certamente que sim. Para carros particulares, empresas, carros que normalmente não fazem mais de 400km num dia (99%?) baterias.
A potência necessária para carregar 1000km num carro é absurda, tecnicamente um desafio para UM ponto, fará para "n" pontos como agora nos habituámos a ter a fósseis. É preciso virar a página, é preciso ter autonomia realista para o dia a dia e, onde essa não for viável (leia-se Camiões Tesla) outras formas de ter energia não fóssil.

Vem aí o hidrogénio!
Re: Vem aí o hidrogénio!
Re: Vem aí o hidrogénio!
Boas,
A ME e o motor elétrico não estão em causa, mas sim o qual o tipo de energia vai estar no "depósito". É prematuro nesta altura prever qual o tipo de energia que será predominante. A ME faz-me recordar no início da década de oitenta o aparecimento tímido dos computadores pessoais, com uma velocidade de processamento e memória extremamente limitadas e que na altura era impossível prever a sua evolução para os dispositivos que hoje trazemos nos bolsos.
Dito isto, julgo que no futuro próximo ter um bev com uma autonomia idêntica aos ci, faz todo o sentido, não pela necessidade diária, mas sim pela sua disponibilidade e descanso. Fazer uma viagem de norte a sul sem se preocupar se o pcr está operacional, ter lista de espera para carregar,ou estar pressionado com o tempo de trajeto. Quem é que não quer?
Ps. Atenção, a ME está ao nível de um "486 dx 333hz com 256kb de ram".
A ME e o motor elétrico não estão em causa, mas sim o qual o tipo de energia vai estar no "depósito". É prematuro nesta altura prever qual o tipo de energia que será predominante. A ME faz-me recordar no início da década de oitenta o aparecimento tímido dos computadores pessoais, com uma velocidade de processamento e memória extremamente limitadas e que na altura era impossível prever a sua evolução para os dispositivos que hoje trazemos nos bolsos.
Dito isto, julgo que no futuro próximo ter um bev com uma autonomia idêntica aos ci, faz todo o sentido, não pela necessidade diária, mas sim pela sua disponibilidade e descanso. Fazer uma viagem de norte a sul sem se preocupar se o pcr está operacional, ter lista de espera para carregar,ou estar pressionado com o tempo de trajeto. Quem é que não quer?
Ps. Atenção, a ME está ao nível de um "486 dx 333hz com 256kb de ram".
- pemifer
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Re: Vem aí o hidrogénio!
Não vi referida a energia elétrica necessária para o armazenamento do hidrogénio nos pontos de abastecimento...
Muitas das questões levantadas sobre a ME vão se dissolver...
Não podemos avaliar o futuro da ME pela quantidade de postos de carregamento que há atualmente...
Não podemos avaliar o futuro da ME pela potência de carregamento há atualmente...
Não podemos avaliar o futuro da ME pelo consumo que os VE fazem atualmente...
Finalmente...
Não podemos avaliar o futuro da ME pelo tamanho físico, face à capacidade de armazenamento, das baterias atuais...
Muitas das questões levantadas sobre a ME vão se dissolver...
Não podemos avaliar o futuro da ME pela quantidade de postos de carregamento que há atualmente...
Não podemos avaliar o futuro da ME pela potência de carregamento há atualmente...
Não podemos avaliar o futuro da ME pelo consumo que os VE fazem atualmente...
Finalmente...
Não podemos avaliar o futuro da ME pelo tamanho físico, face à capacidade de armazenamento, das baterias atuais...
Re: Vem aí o hidrogénio!
Uma coisa podemos afirmar. O futuro é ME!
Resta saber como vão funcionar os abastecimentos. Iram desenvolver a tecnologia do hidrogénio ou a tecnologia do carregamento das baterias, ou vão ser as próprias estradas a carregar os veículos em movimento?
Resta saber como vão funcionar os abastecimentos. Iram desenvolver a tecnologia do hidrogénio ou a tecnologia do carregamento das baterias, ou vão ser as próprias estradas a carregar os veículos em movimento?
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Re: Vem aí o hidrogénio!
Se os eletrões tivessem que ser produzidos em laboratórios altamente esterilizados, tivessem que ser transportados em contentores herméticos sob alta pressão e submersos em hélio e que para os colocar nas baterias fosse necessário existirem grandes estações de abastecimento onde aceleradores de partículas os elevassem a 500m de altura para que por gravidade entrassem na bateria do carro... já a ME tinha sido adotada à muito tempo
Re: Vem aí o hidrogénio!
O simples é complicado. Mas na realidade ainda não é assim tão simples numa área de serviço ter 10 PCR a debitar por exemplo 100kw cada!
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Re: Vem aí o hidrogénio!
Será que não é assim tão simples (ou será que é assim tão complicado)? Olha o caso da Tesla que chegou cá e em "meia dúzia de dias" fez/criou parques com vários carregadores superchargers e continua a fazer/criar mais.OCasal Escreveu:O simples é complicado. Mas na realidade ainda não é assim tão simples numa área de serviço ter 10 PCR a debitar por exemplo 100kw cada!
Dá que pensar como é que uma empresa que vem lá do outro lado do mundo, chega cá e consegue implementar uma rede privada mais rapidamente que o governo português

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- BrunoAlves
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Re: Vem aí o hidrogénio!
É diferente. Além das questões de disponibilidade financeira com as quais a Tesla não tem de se preocupar, enquanto o Estado e os restantes particulares têm, há a questão da escala.
A Tesla instalou 2 (a caminho de 3) SuC, salvo erro 600kVA de potência instalada em cada um e estão separados por centenas de kms. 600kVA são suficientes para 6 PCR à potência nominal (os SuC conseguem partilhar a potência daí o maior número de stalls por localização, os nossos PCR não).
Portanto, se nós tivessemos 6 x 2 PCR instalados no país todo nesta altura, onde estava a mobilidade eléctrica?
No nosso país teremos 7 SuC (de acordo com o mapa da Tesla), a rede de PCR terá de estar disponível em todas as cidades, em todas as áreas de serviço, em todas as vias principais se alguma vez quisermos que isto saia da cepa torta.
Depois, custos:
- A Tesla tem receitas para os SuC na venda dos carros e na eventual venda de energia (ilegal no nosso país)
- O Estado tem receitas para os PCR no Fundo de Carbono e outros apoios, daí que os postos tenham sido gratuitos para os operadores
- Os operadores têm o posto gratuito (ou tinham, não sei se continua), mas para terem a potência nominal disponível nesse posto, têm de ter um Posto de Transformação, linha de média tensão e pagar a disponibilidade de potência e a energia, além de pagar a instalação disso tudo. Receitas? Zero.
Não me interpretem mal, a Tesla tem muito mérito na forma como avança com a sua rede por todo o lado. Mas não é comparável com a situação dos restantes.
A Tesla instalou 2 (a caminho de 3) SuC, salvo erro 600kVA de potência instalada em cada um e estão separados por centenas de kms. 600kVA são suficientes para 6 PCR à potência nominal (os SuC conseguem partilhar a potência daí o maior número de stalls por localização, os nossos PCR não).
Portanto, se nós tivessemos 6 x 2 PCR instalados no país todo nesta altura, onde estava a mobilidade eléctrica?
No nosso país teremos 7 SuC (de acordo com o mapa da Tesla), a rede de PCR terá de estar disponível em todas as cidades, em todas as áreas de serviço, em todas as vias principais se alguma vez quisermos que isto saia da cepa torta.
Depois, custos:
- A Tesla tem receitas para os SuC na venda dos carros e na eventual venda de energia (ilegal no nosso país)
- O Estado tem receitas para os PCR no Fundo de Carbono e outros apoios, daí que os postos tenham sido gratuitos para os operadores
- Os operadores têm o posto gratuito (ou tinham, não sei se continua), mas para terem a potência nominal disponível nesse posto, têm de ter um Posto de Transformação, linha de média tensão e pagar a disponibilidade de potência e a energia, além de pagar a instalação disso tudo. Receitas? Zero.
Não me interpretem mal, a Tesla tem muito mérito na forma como avança com a sua rede por todo o lado. Mas não é comparável com a situação dos restantes.
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! 

-
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Re: Vem aí o hidrogénio!
Muito bem escrito, sou inteiramente desta opinião!Nonnus Escreveu:Será que não é assim tão simples (ou será que é assim tão complicado)? Olha o caso da Tesla que chegou cá e em "meia dúzia de dias" fez/criou parques com vários carregadores superchargers e continua a fazer/criar mais.OCasal Escreveu:O simples é complicado. Mas na realidade ainda não é assim tão simples numa área de serviço ter 10 PCR a debitar por exemplo 100kw cada!
Dá que pensar como é que uma empresa que vem lá do outro lado do mundo, chega cá e consegue implementar uma rede privada mais rapidamente que o governo português. Governo esse, que tem todas as ferramentas necessárias para o puder fazer mais rapidamente que qualquer um. É só preciso vontade de lutar contra os lobbys.
A tesla chega a qualquer lado e instala 10 superchargers. Não acredito que o governo não consiga também fazer o mesmo!

- BrunoAlves
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Re: Vem aí o hidrogénio!
O governo não instala nenhum posto rápido...
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! 
