
Carsharing e mobilidade nas cidades
- BrunoFonseca
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Carsharing e mobilidade nas cidades
Abro este tópico para discutirmos opiniões sobre experiências que tenham tido com carsharing, aluguer de bicicletas ou trotinetes.
Actualmente em Lisboa já temos:
EMOV (100% EV)
Hertz 24/7 (não sei se tem algum EV)
Drive Now (Parceria Brisa BMW que já tem alguns i3 e encomendou +40 i3 devido à elevada procura VE)
Temos ainda aluguer de bicicletas e trotinetes eléctricas.
Acham que o futuro da mobilidade em cidade passa pela partilha?
Dizem que os nossos carros (VE e CI) passam 95% estacionados, e que quando estão em movimento apenas transportam em média 1,4 pessoas.
Aproveito para deixar mais uma dica a UVE para parceria com a EMOV (visto ser a única 100% EV)
Actualmente em Lisboa já temos:
EMOV (100% EV)
Hertz 24/7 (não sei se tem algum EV)
Drive Now (Parceria Brisa BMW que já tem alguns i3 e encomendou +40 i3 devido à elevada procura VE)
Temos ainda aluguer de bicicletas e trotinetes eléctricas.
Acham que o futuro da mobilidade em cidade passa pela partilha?
Dizem que os nossos carros (VE e CI) passam 95% estacionados, e que quando estão em movimento apenas transportam em média 1,4 pessoas.
Aproveito para deixar mais uma dica a UVE para parceria com a EMOV (visto ser a única 100% EV)
- BrunoAlves
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
Bom post.
Eu que moro na parvónia acho que nestes meios no limite podem haver partilha de boleias (tipo malta que trabalhe no mesmo sítio e more perto)
Em relação às grandes cidades, tenho amigos que vivem em Lisboa há vários anos e não têm carro (cá não passavam sem ele obviamente). É mais uma boa alternativa ao carro próprio nos grandes centros para deslocações pontuais.
Falando de fora, julgo que devia investir-se mais no transporte colectivo.
Eu que moro na parvónia acho que nestes meios no limite podem haver partilha de boleias (tipo malta que trabalhe no mesmo sítio e more perto)
Em relação às grandes cidades, tenho amigos que vivem em Lisboa há vários anos e não têm carro (cá não passavam sem ele obviamente). É mais uma boa alternativa ao carro próprio nos grandes centros para deslocações pontuais.
Falando de fora, julgo que devia investir-se mais no transporte colectivo.
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! 

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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
Isso era bom. Mas primeiro temos que investir a sério nas nossas creches e infantários para que ensinem às novas gerações o significado de partilhar responsavelmente. Não é fácil e decididamente não tem nada a ver com tecnologia. Não interessa se o carro é eléctrico, autónomo, voador ou sei lá o quê. Existe já hoje um veiculo que quando viaja transporta prá aí 300 pessoas. Chama-se comboio. Basicamente a minha teoria é: Quem quer partilhar já partilha hoje. Sinceramente, se eu tivesse que apostar, apostaria contra esta história toda do car sharing e afins. Se a ideia é poupar recursos e evitar construção de novas estradas e por aí adiante, eu pessoalmente acreditaria mais em cápsulas individuais feitas de um plástico ou resina qualquer do que em partilhar.
- migle
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
Eu não sei... Já usei a emov, gostei do carro...
Acho que nem esses carros, nem os eléctricos em geral, melhoram a mobilidade em Lisboa, especificamente, sou lisboeta, com um período farense na vida.
Só o transporte colectivo e restrições severas ao transporte individual podem melhorar a mobilidade em Lisboa.
Lisboa é das cidades mais antigas na Europa. A maior parte das outras foi ou cilindrada no sec XIX para construir uma cidade moderna (Paris) ou evoluiu nos arrabaldes...
Lisboa é uma cidade feita para andar a pé, e é ridículo os esforços que as pessoas fazem para fazer usando algum tipo de transporte, individual ou colectivo, para fazer um trajecto que demoraria menos tempo a pé.
Falo de mim próprio, da última vez que tive o carro na Hyundai, usei um emov por 32' para ir da rua do Forno do Tijolo à 5 de Outubro. Mais 5' para operar o carro e é certo que a pé demorava menos tempo (embora de metro fosse impossível).
Depois, o trânsito de peões é dificultado pelo estado de sítio a que os carros deixam votada a cidade. Quando era novo, lembro-me de cronometrar o trajecto de casa ao Bairro Alto, onde tinha aulas. De dia, eram 25', contava com meia hora para chegar a horas. De madrugada, demorava 18'.
Ou seja, centro, centro, deve ser percorrido a pé, com alguns transportes muito ligeiros, táxis, carrinhas de distribuição... Depois transportes pesados e os parques periféricos que teimam em continuar a não existir.
Eu sou um dos que não poupa dinheiro com o VE. Eu costumava ir de barco para Lisboa, depois metro. Gastava 55€ no passe e 35€ na gasolina até ao barco. Hoje gasto 55€ em portagem e 35€ na electricidade para o carro. Tenho sido obrigado a isso, com barcos a menos horas, e três filhos dos quais ponho dois na escola e tiro 0 ou 3, consoante o dia.
Acho que nem esses carros, nem os eléctricos em geral, melhoram a mobilidade em Lisboa, especificamente, sou lisboeta, com um período farense na vida.
Só o transporte colectivo e restrições severas ao transporte individual podem melhorar a mobilidade em Lisboa.
Lisboa é das cidades mais antigas na Europa. A maior parte das outras foi ou cilindrada no sec XIX para construir uma cidade moderna (Paris) ou evoluiu nos arrabaldes...
Lisboa é uma cidade feita para andar a pé, e é ridículo os esforços que as pessoas fazem para fazer usando algum tipo de transporte, individual ou colectivo, para fazer um trajecto que demoraria menos tempo a pé.
Falo de mim próprio, da última vez que tive o carro na Hyundai, usei um emov por 32' para ir da rua do Forno do Tijolo à 5 de Outubro. Mais 5' para operar o carro e é certo que a pé demorava menos tempo (embora de metro fosse impossível).
Depois, o trânsito de peões é dificultado pelo estado de sítio a que os carros deixam votada a cidade. Quando era novo, lembro-me de cronometrar o trajecto de casa ao Bairro Alto, onde tinha aulas. De dia, eram 25', contava com meia hora para chegar a horas. De madrugada, demorava 18'.
Ou seja, centro, centro, deve ser percorrido a pé, com alguns transportes muito ligeiros, táxis, carrinhas de distribuição... Depois transportes pesados e os parques periféricos que teimam em continuar a não existir.
Eu sou um dos que não poupa dinheiro com o VE. Eu costumava ir de barco para Lisboa, depois metro. Gastava 55€ no passe e 35€ na gasolina até ao barco. Hoje gasto 55€ em portagem e 35€ na electricidade para o carro. Tenho sido obrigado a isso, com barcos a menos horas, e três filhos dos quais ponho dois na escola e tiro 0 ou 3, consoante o dia.
- BrunoFonseca
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
Acho que o tema das creches e infantários deve ser da responsabilidade do Estado e autarquias enquanto o carsharing é 100% privado, isto é, é um negócio que visa a melhoria das deslocações na cidade.Ricardo Escreveu: ↑11 nov 2018, 14:09Isso era bom. Mas primeiro temos que investir a sério nas nossas creches e infantários para que ensinem às novas gerações o significado de partilhar responsavelmente. Não é fácil e decididamente não tem nada a ver com tecnologia. Não interessa se o carro é eléctrico, autónomo, voador ou sei lá o quê. Existe já hoje um veiculo que quando viaja transporta prá aí 300 pessoas. Chama-se comboio. Basicamente a minha teoria é: Quem quer partilhar já partilha hoje. Sinceramente, se eu tivesse que apostar, apostaria contra esta história toda do car sharing e afins. Se a ideia é poupar recursos e evitar construção de novas estradas e por aí adiante, eu pessoalmente acreditaria mais em cápsulas individuais feitas de um plástico ou resina qualquer do que em partilhar.
Quanto ao comboio, espero que transporte mais do que as 300 pessoas, mas um não tira o lugar ao outro.
Repara, o comboio serve para transportar grandes quantidades de pessoas das zonas suburbanas para os centros das cidades, enquanto os carsharing servem para deslocações rápidas e curtas dentro da cidade. Para mim é mais um concorrente ao Taxi, Uber e autocarros.
- mjr
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
O carsharing é uma boa solução para o "último km" entre a saída do transporte público e o destino. Como operacionalizar isso em grande escala em cidades não projetadas para este tipo de serviço não consigo imaginar como, a não ser quando os veículos forem autónomos.
Nissan Leaf 40 Tekna preto, entregue em 30 de maio de 2018. 51400km em 2024-02-15
Nissan LEAF mk1 Preto, entregue em 7 de julho de 2011. 180000 km em 2023-12-22.
Tesla Model 3 LR preto entregue em 2019-03-06. 125000 km em 2023-12-22.
Sócio da associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, UVE: http://www.uve.pt
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
O que eu queria dizer é que é necessário mudar as mentalidades. Muita gente não usa transportes públicos precisamente porque não quer intimidade com as outras pessoas (e às vezes com razão). Ora, vão partilhar o carro, que é um espaço tão mais aconchegadinho, com essas outras pessoas? Não me parece. Há dois tipos de partilha de transportes. o primeiro é 4 pessoas a partilhar o mesmo carro. Já expliquei que acho que a maioria não está interessado e quem está já o faz. O segundo tipo é o carro leva-me a mim para o trabalho e depois vai buscar-te a ti. Essencialmente, a Uber já faz isso. Poderia ser possível melhorar o sistema com carros autónomos? Sim, poderia, mas não muito.BrunoFonseca Escreveu: ↑11 nov 2018, 15:28Repara, o comboio serve para transportar grandes quantidades de pessoas das zonas suburbanas para os centros das cidades, enquanto os carsharing servem para deslocações rápidas e curtas dentro da cidade. Para mim é mais um concorrente ao Taxi, Uber e autocarros.
- BrunoFonseca
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
O objectivo do carshiring não é partilhares o carro com outras 4 pessoas que não conheces. É usares quando necessitas e quando não necessitas alguém o usar. O objectivo passa por carro não estar parado.Ricardo Escreveu: ↑11 nov 2018, 15:44O que eu queria dizer é que é necessário mudar as mentalidades. Muita gente não usa transportes públicos precisamente porque não quer intimidade com as outras pessoas (e às vezes com razão). Ora, vão partilhar o carro, que é um espaço tão mais aconchegadinho, com essas outras pessoas? Não me parece. Há dois tipos de partilha de transportes. o primeiro é 4 pessoas a partilhar o mesmo carro. Já expliquei que acho que a maioria não está interessado e quem está já o faz. O segundo tipo é o carro leva-me a mim para o trabalho e depois vai buscar-te a ti. Essencialmente, a Uber já faz isso. Poderia ser possível melhorar o sistema com carros autónomos? Sim, poderia, mas não muito.BrunoFonseca Escreveu: ↑11 nov 2018, 15:28Repara, o comboio serve para transportar grandes quantidades de pessoas das zonas suburbanas para os centros das cidades, enquanto os carsharing servem para deslocações rápidas e curtas dentro da cidade. Para mim é mais um concorrente ao Taxi, Uber e autocarros.
- BrunoFonseca
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
Pois parece-me ser uma solução que está a crescer bastante em Lisboa e cada vez com mais concorrência.mjr Escreveu: ↑11 nov 2018, 15:32O carsharing é uma boa solução para o "último km" entre a saída do transporte público e o destino. Como operacionalizar isso em grande escala em cidades não projetadas para este tipo de serviço não consigo imaginar como, a não ser quando os veículos forem autónomos.
A tal empresa das trotinetas também vai entrar no negócio dos carsharing electricos em Lisboa.
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Re: Carsharing e mobilidade nas cidades
Em Lisboa, não existe "último km" entre a saída do transporte público e o destino. Metro e autocarros tem paragens ridiculamente próximas. É frequente pensarmos "não sei se saia aqui, se saio na próxima".mjr Escreveu: ↑11 nov 2018, 15:32O carsharing é uma boa solução para o "último km" entre a saída do transporte público e o destino. Como operacionalizar isso em grande escala em cidades não projetadas para este tipo de serviço não consigo imaginar como, a não ser quando os veículos forem autónomos.
Parece-me que é preciso que hajam menos carros a circular na rua.