Não há dúvida que vocês estão muito mais por dentro do que, por exemplo, eu. Falam com OPCs, CEMEs, etc.t3lmo Escreveu: ↑21 jun 2020, 22:15O mais engraçado é que nenhum dos OPC se queixa da sua relação ou posição neste modelo, ao contrário do que muitos 'escrevem por eles' por aqui.
Isto porque se não fosse este modelo os OPC não tinham forma sequer de participar senão fazendo redes privadas, e os grandes CEME teriam as suas redes de alto a baixo em formato de oligópolio sem deixar espaço para que pequenas empresas pudessem fazer parte da ME nacional.
No entanto, também não vou aceitar essa conclusão tão directa.
Eu reconheço que este modelo permite constituirem-se pequenos OPC, e isso é bom, mas dificilmente aceito que este é o único modelo que o permite e que é isto ou então redes totalmente independentes, com os seus cartões, backends, apps e publicidade.
Não me parece que se os OPC pagassem a sua electricidade (em BT ou MT) a coisa seria forçosamente diferente. O papel dos CEME, backend, identificadores, apps, podia continuar a existir como rede de pagamento (alternativa mais barata ao pagamento pelo sistema bancário).
A McDonalds funcionava mesmo que os restaurantes não fossem forçados a comprar-lhes os hambúrgueres.
Ou será que os OPC sem os CEME teriam de fazer um investimento enorme para pagar a electricidade? Obter o ramal?
Dizer que o facto dos OPC não se queixarem demonstra a qualidade do modelo...
Eles podem não se queixar, e podem mesmo estar felizes, mas se a situação fosse tão boa talvez houvessem mais postos.
A verdade é que a rede (pública de CR) quase não cresceu desde que se iniciaram os pagamentos. Somos provavelmente o país da Europa com pior taxa de PCR/VE. Este fim de semana os meus pais pagaram um CR a um francês que alugou um Tesla e quando voltar para trás estará apeado porque não vai conseguir entretanto arranjar meio de pagamento...
Temos assim tantos motivos para estarmos contentes? Ou será que nenhum desses males vem do nosso modelo?