Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

[LFN]

Não concordo com que isto seja um pró:

* Possibilidade de escolher o fornecedor de energia de forma independente do operador do posto

Qualquer fornecedor que eu, cidadão particular, contrate, vai-me sempre pedir mais por kWh do que o OPC poderia contratualizar globalmente com um CEME em regime concorrencial de mercado.

E há um contra muito importante que não é referido: qual o incentivo para se ser apenas OPC? Leva-se com o investimento e o risco todos, nada impede um CEME que é OPC também de abrir ao lado um posto sem cobrar tarifa OPC e dar-me cabo do negócio, apenas do lado dos CEME a via é boa, a cobrarem sempre e bem as suas tarifas como se estivessem a fornecer a um particular e não a um empresa.

De resto, excelente apanhado.

[rafaelferreirapt]

• As facturas da maioria dos comercializadores de energia são incompreensíveis para o utilizador normal

• Não existe a possibilidade de obter descontos para os utilizadores mais frequentes

• Não existe a possibilidade de pagar uma mensalidade e obter tarifas mais baixas

• Não é possível activar o carregamento nos postos através de uma App, página web ou SMS

• Não é incentivada a produção local ou descentralizada de energia

Fixe, boas ideias. Vamos lá realizá-las (o que for possível) em 2021.

• só sabe o custo real no final do mês quando recebe a factura

Isto já existe. Já é possível saber o preço após o carregamento.

• Impossibilidade de saber de antemão quanto se vai pagar pelo carregamento

Isto já existe, e alias, onde é que é possível saber de antemão quanto se vai pagar?

• Não existem tarifários com preço fixo por unidade de energia ou de tempo

Isto já existe, muito antes da miio apresentar a sua oferta comercial.

• A informação que está no site da entidade gestora (Mobi.E) encontra-se desactualizada

Isto é falso, está atualizada.

• Os cartões portugueses não funcionam no estrangeiro

• Os cartões estrangeiros não funcionam em Portugal

Já há vários cartões que funcionam cá e lá fora, está para breve mais.

• A complexidade do modelo não fomenta o investimento de redes estrangeiras

Já há investimento de redes estrangeiras, mas é maior o investimento português.

• energia (renovável)

Contratando um fornecedor com garantias de mercado, é possível incentivar a energia renovável.

[zeuz]

• só sabe o custo real no final do mês quando recebe a factura

Isto já existe. Já é possível saber o preço após o carregamento.

Desculpa-me, mas não é verdade! Só há UMA maneira de saber: ter a App Miio instalada e ter iniciado o carregamento com o vosso cartão.

Quem não tem a App instalada, terá que fazer (muitas) contas de cabeça e mais tarde confirmar na factura.

Quem tiver a App instalada, mas usar o cartão de outro CEME, terá que fazer uma simulação e mais tarde confirmar com a factura.

Não tenho conhecimento de nenhum PCN/PCR onde mostre no ecrã, findo o carregamento, o valor cobrado, à semelhança de um posto de abastecimento de gasolina/gasóleo/GPL/GNC !

• Impossibilidade de saber de antemão quanto se vai pagar pelo carregamento

Isto já existe, e alias, onde é que é possível saber de antemão quanto se vai pagar?

Num posto de abastecimento de gasolina, por exemplo. Podemos pré-seleccionar um valor em Euros a abastecer e a máquina faz o resto. Ou podemos olhar para o preço por litro e fazer uma conta rápida de cabeça.

• Os cartões portugueses não funcionam no estrangeiro

• Os cartões estrangeiros não funcionam em Portugal

Já há vários cartões que funcionam cá e lá fora, está para breve mais.

Quais são ? Estás a falar do cartão da BMW ?

• A complexidade do modelo não fomenta o investimento de redes estrangeiras

Já há investimento de redes estrangeiras, mas é maior o investimento português.

Estou curioso para ver como vai a Ionity lidar com a integração na rede gerida pela Mobi.e...

[rafaelferreirapt]

• só sabe o custo real no final do mês quando recebe a factura

Isto já existe. Já é possível saber o preço após o carregamento.

Desculpa-me, mas não é verdade! Só há UMA maneira de saber: ter a App Miio instalada e ter iniciado o carregamento com o vosso cartão.

Quem não tem a App instalada, terá que fazer (muitas) contas de cabeça e mais tarde confirmar na factura.

Quem tiver a App instalada, mas usar o cartão de outro CEME, terá que fazer uma simulação e mais tarde confirmar com a factura.

Certo, é isso, mas para os restantes não é culpa do modelo ou da Mobi.e.

E realmente é uma boa ideia, se a pessoa não tiver instalado a app, podemos enviar uma SMS com o preço do carregamento. Os utilizadores recebem o valor após o carregamento, e mesmo muito em breve durante o carregamento podem acompanhar o valor do carregamento.

• só sabe o custo real no final do mês quando recebe a factura

Isto já existe. Já é possível saber o preço após o carregamento.

Não tenho conhecimento de nenhum PCN/PCR onde mostre no ecrã, findo o carregamento, o valor cobrado, à semelhança de um posto de abastecimento de gasolina/gasóleo/GPL/GNC !

Vamos aguardar que os operadores façam uso dos meios disponíveis para apresentar isso ao mercado, quem o fizer vai ter muito sucesso.

• Os cartões portugueses não funcionam no estrangeiro

• Os cartões estrangeiros não funcionam em Portugal

Já há vários cartões que funcionam cá e lá fora, está para breve mais.

Quais são ? Estás a falar do cartão da BMW ?

Sim.

[jfr2006]

É sempre a mesma coisa e a mesma resposta

Não quero implicar contigo Rafael, mas alguém diz que algo não existe, a tua resposta é sempre a mesma: vai existir

Essa do vai existir já se houve há anos...

Acrescento os cartões para funcionar lá fora e cá dentro: não existem, ponto final. Pois eu não tenho um BMW, não tenho acesso a esse cartão. Assim como eu, muita gente está na mesma situação, de modo que caímos no não existe!

Enquanto não se adoptar um modelo muito simples: preço por kWh fixo no posto, pagamento com multibanco/CC ou dinheiro, isto continua a ser ridículo e não favorece o principal destinatário, que é o utilizador final

[mjr]

Acho ridículo em 2021 falar-se em pagar um carregamento com dinheiro, não faz qualquer sentido. Mesmo pagar com cartão in loco torna-se muito difícil face às comissões que existem em Portugal (sim, estamos em Portugal e é com essa realidade que temos de trabalhar).

[jfr2006]

Como se fosse assim tão difícil nos postos em bombas de combustível aceitar o pagamento dentro da loja em dinheiro


E quanto às comissões, estas podem ser nulas ou irrisórias. Tudo depende da capacidade de negociação do "vendedor" com o seu banco

Tenho aqui um pequeno negócio à porta de casa (mercearia) que antes da covid não aceitava pagamentos inferiores a 5€ por MB. Agora já aceita....as comissões deixaram de existir

[mjr]

Os postos de combustível como os conhecemos vão tender a desaparecer, não fazem sentido quando todos os carros forem elétricos. Se há algo que eu detestava nos postos de combustível era a espera para pagar, muitas vezes mais tempo do que o abastecimento em si.
A minha posição de que é completamente anacrónico insistir em pagamentos em dinheiro num negócio novo como a ME mantém-se. Como aliás mostra toda a experiência internacional e também nacional nas redes privadas.

Sobre os terminais de pagamento com cartão, o Rafael indicou há algum tempo valores típicos, se bem me lembro. Completamente incomportáveis, BTW. Sim, pode ser bem negociado com os bancos, especialmente se tiveres grandes volumes. Obviamente que isto se torna uma enorme barreira à entrada, só beneficiando os grandes grupos. Claro que a criação de oligopólios não parece ser a preocupação dos detratores do atual modelo.

[jfr2006]

Pelo contrário...os postos de combustíveis vão-se transformar e tirar cada vez mais partido desta forma de funcionamento com as áreas de restauração a ganharem.

Tendo em conta que o número de transações terá tendência a subir, não será assim tão complicado quanto isso as comissões descerem.

Continuo a dizer: se um pequeno negócio de esquina consegue comportar estes valores, pq. não hão-de conseguir os OPC...Bastava o modelo mudar por todo, desaparecer a figura do CEME a absorver uma boa parte do ganho, desaparece a impossibilidade de ir buscar energia às renováveis, diminuindo o custo de kWh para o lucro do operador aumentar.

E já foi dito mais que uma vez: qual o risco do CEME nisto tudo? Nenhum..apenas lucro. E não venhas com a conversa que o utilizador pode não pagar, pois:

- os CEMEs só fazem contrato com débito directo.
- Se estivessem assim tão preocupados em receber, não estavam a emitir facturas só ao fim de 3 ou 4 meses, como tem feito a Galp.

Tenho a sensação que se a Galp demorar mais um tempinho a emitir a factura, vai entrar na fase dos 6 meses e posso alegar prescição de valores

[mjr]

Calculo que estejas a falar dos que não falirem antes. A maioria deixará de ser viável em poucos anos e sem capital para reconverter (além do pormenor de ter de ter muita potência disponível no local onde estão).

Podes falar à vontade do exemplo da mercearia, nem o Continente nem a Powerdot nem a EDP nas suas redes privadas o tem, nem é essa a tendência a nível europeu. Nem a Ionity, com a sua mega tarifa de 0,79€/kW.h tem essa opção de pagamento. Então em PCN, enfim...