Penso também que a 'integração europeia' terá novos desenvolvimentos durante esta década, pois a partir de agora a dívida será emitida em conjunto...logo existem noutros países contribuintes bem mais atentos para onde o dinheiro deles está a ir...


Machado009 Escreveu: ↑30 abr 2021, 21:34Afinal ainda há alguma esperança..
Não é muito frequente ver um regulador a pronunciar-se desta forma.. Partilho alguns pontos do parecer da ERSE acerca do tema das Tarifas, infelizmente sem grande destaque na comunicação social.
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Do balanço do sistema organizacional adotado para a gestão da mobilidade elétrica evidenciam-se os seguintes aspetos:
O setor da mobilidade elétrica em Portugal tem uma organização singular e única no contexto europeu.
O modelo adotado é de elevada complexidade e centralidade, com óbvios inconvenientes e custos a serem suportados e recuperados.
A atribuição a uma entidade na esfera do Setor Empresarial do Estado, com tutela própria, com a responsabilidade de toda a gestão da comunicação entre os agentes e respetivos fluxos financeiros, obrigando a uma necessidade regulatória com a possibilidade regulamentar adicional do exercício de atividades e proveitos não regulados, dificultando o escrutínio regulatório em matéria de subsidiações cruzadas.
O risco de o modelo vigente poder tornar a rede de carregamento economicamente insustentável – reconhecido pela própria ERSE – colocando em causa a própria dinamização da mobilidade elétrica.
A criação de um défice tarifário, logo no primeiro ano de implementação da tarifa EGME, é a manifestação de um desequilíbrio que pode tornar-se sistémico. O CT alerta para o perigo de poder vir a ser constituída mais uma componente, nefasta, dos denominados Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), e incrementadora de custos no setor elétrico.
A constatação de que a solução atual está a condicionar o aparecimento de soluções comerciais de maior simplicidade e consequente racionalidade económica, de forma a possibilitar um acesso mais fácil e generalizado por parte dos utentes, nacionais e estrangeiros. A evolução para processos que conduzam ao pagamento “no momento da carga” com meios de pagamento eletrónico, prática comercial comum nos combustíveis líquidos hoje utilizados, é uma necessidade imperiosa para os UVE.
https://www.erse.pt/media/h1vbfa1y/parecer-ct.pdf
Deco, DGS (Direção geral do consumidor), UGC (união geral do consumidor) - Votarem a favor disto é que é de rir!BrunoAlves Escreveu: ↑30 abr 2021, 23:26Honestamente essas posições da ERSE parecem-me música. Comunicados ocos que impactam em nada. O resultado final é o mesmo.
Aquando da consulta pública, eu e mais algumas pessoas/entidades manifestaram-se contra o modelo e por aí fora. A conclusão foi "bola": embora a ERSE reconheça blablabla, vamos legalizar esta barbárie e encavar fortemente o utilizador, ao mesmo tempo que damos todos os poderes e zero responsabilização à MobiE. Foi em resumo isto.
Por isso meh. A ERSE que "considera", é a mesma ERSE que anunciou as tarifas.![]()
Isto é a posição de um organismo oficial? Estou positivamente estupefacto.