BrunoAlves Escreveu: ↑18 jun 2021, 23:46Isto é falso. 20% das pessoas que iriam em direcção ao Algarve teriam condições para carregar em casa ou antes de se meter ao caminho. Não teriam necessidade de parar na viagem porque não dependem exclusivamente de postos para além da tomada. Alguns claro. Todos? Muito menos.
Há pouco tempo dizia um "cabeçudo" da EDP que, se TODOS os veículos ligeiros do país fossem instantaneamente eléctricos, a demanda de energia adicional era de 14%. Ora como é óbvio TODOS os ligeiros demorarão anos largos a passar a eléctricos, isso é um não problema![]()

Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Se um galão tem 4.54 litros, então 0,2x4.54 = 0,908 kWh, eu usei 1 kWh nas contas, podes dizer que exagerei em 10%.
Usei o caso da Califórnia como exemplo de que a rede de carregamento vai crescer à medida das necessidades e para mostrar que a questão da concentração de trânsito numa autoestrada é de resolução relativamente fácil.pbaptista Escreveu: ↑19 jun 2021, 23:09Eu não tenho Tesla e duvido que alguma vez a maior parte dos VE em Portugal seja Tesla, mas no teu exemplo da California, actualmente menos de 1,5% dos veículos ligeiros de passageiros são Teslas, agora imagina que eram 20%..já sei vais dizer-me que na California há muito deserto para aumentar as áreas de carga...![]()
É irrelevante a marca dos carros e a taxa de adopção de VE's, aplica-se o mesmo princípio, é a lei da oferta e da procura. Se houver mercado para rede de carregamento vão surgir postos, não há nenhum impedimento técnico para tal. Os impedimentos que temos tido por cá são maioritariamente políticos e de incompetência da entidade gestora.
Portanto achas que a rede nacional de transporte de electricidade não tem capacidade para durante os meses de verão suportar um aumento de potência provocado por meio milhão de turistas com VE's no Algarve? Em que te baseias?pbaptista Escreveu: ↑19 jun 2021, 23:13Acontece que o pico do inverno é distribuído pelo pais especialmente no inverno, o do Algarve é numa zona localizada, aliás um exemplo, o Ampalius em Vilamoura, tem 357 quartos, imagina que metade desses hospedes vêm de VE, como abasteciam? E o Tivoli e todos os outros hoteis e aldeamentos e casas particulares?
Vamos supor que temos 150 VE's para carregar no hotel e por exagero vamos imaginar que o hotel disponibiliza 150 carregadores.
Se cada carregador for de 3.6kW a potência total será de 540kW.
Isto são dois Porsche Taycan a carregar na Ionity! Qual é o stress ?
PS: estamos a ficar off-topic
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
0,2/4,54=0,044kWh por litro..... exageraste xxxx%

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Não me lembro em que tópico foi, mas lembro de já termos discutido este problema devido a falta de potência nalguns ramais. O exemplo que dei foi da electrificação dos comboios. Alguma vez ouviste dizer que era um projecto impossível porque a rede não ia aguentar? Não estamos a falar de 3.6kW para carregar um VE.
Para calcular os custos (estou longe de ser a pessoa mais indicada) temos de ver muitos aspectos. Pegando no exemplo dos comboios, houve muitos milhões gastos duma só vez para a electrificação das linhas.
Nestes anos todos quanto é que se poupou em diesel? E na manutenção dos comboios que deixaram de ter os velhos motores/geradores ("todos" os comboios são electricos, muda é a forma como a electricidade é obtida) gigantescos a combustão. Como sabemos os motores a combustão tem muito mais manutenção que um motor electrico.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
É o que dá escrever posts com sono!

Acho que temos de continuar esta discussão noutro tópico.
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Gostava de voltar a este tópico do nosso modelo para saber a opinião do fórum sobre a ligação da rede portuguesa ao resto do mundo.
Como é que a Mobi.E se vai posicionar quanto ao roaming ?
No resto da Europa temos operadores que têm a sua rede própria, depois temos diversas redes de roaming que na realidade não possuem qualquer posto mas que emitem cartões e têm acordos com muitos operadores, permitindo com esse cartão viajar por diversos países.
Ora a Mobi.E é um misto dos dois, um misto algo esquisito. Não emite cartões, mas faz a gestão da rede, e é operador de alguns postos.
Para usarmos os nossos cartões lá fora alguém, ou a Mobi.E ou os CEME terão de enviar os dados dos nossos cartões aos operadores e redes de roaming do resto da Europa e fazer um acordo comercial.
Presumo que só a Mobi.E poderá fazer isto, pois não vejo qualquer razão para os CEME não o fazerem já hoje. Não era boa publicidade um CEME vir dizer "Agora pode carregar em toda a Europa com o seu cartão XXXX" ?
Para os estrangeiros usarem a nossa rede os operadores e redes de roaming do resto da Europa terão de nos enviar os dados dos cartões deles para a nossa rede autorizar, aqui parece-me óbvio que o encravanço estará na Mobi.E, qual dos CEME iria rejeitar ganhar mais uns tostões ao ter mais clientes ?
Parecendo-me que a areia na engrenagem está na Mobi.E pergunto então:
Não temos roaming bilateral por causa de alguma particularidade do nosso modelo (lei e regulamentação) ou por inépcia da Mobi.E ?
Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Não merece perder mais tempo com o tema, para mim a grande vantagem da internet é o acesso à informação sem intermediários, assim só somos manipulados se quisermos. A grande desvantagem é a forma como se propaga falsos factos, como essa história do 1kWh por litro de gasolina, na refinação, basta ver quanto custa refinar um litro de gasolina e comparar com o custo de 1kWh para a industria para perceber que essa relação é falsa.
Mas se quiseres continuar a falar sobre o tema, pode ser por MP.
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Confesso que esta história de transformar os carregamentos eléctricos num modelo semelhante ao dos telemóveis parece-me uma aberração, especialmente quando é um sistema para substituir um (bombas de combustível) em que não há essa necessidade.alexmol Escreveu: ↑20 jun 2021, 10:12Gostava de voltar a este tópico do nosso modelo para saber a opinião do fórum sobre a ligação da rede portuguesa ao resto do mundo.
Como é que a Mobi.E se vai posicionar quanto ao roaming ?
No resto da Europa temos operadores que têm a sua rede própria, depois temos diversas redes de roaming que na realidade não possuem qualquer posto mas que emitem cartões e têm acordos com muitos operadores, permitindo com esse cartão viajar por diversos países.
Ora a Mobi.E é um misto dos dois, um misto algo esquisito. Não emite cartões, mas faz a gestão da rede, e é operador de alguns postos.
Para usarmos os nossos cartões lá fora alguém, ou a Mobi.E ou os CEME terão de enviar os dados dos nossos cartões aos operadores e redes de roaming do resto da Europa e fazer um acordo comercial.
Presumo que só a Mobi.E poderá fazer isto, pois não vejo qualquer razão para os CEME não o fazerem já hoje. Não era boa publicidade um CEME vir dizer "Agora pode carregar em toda a Europa com o seu cartão XXXX" ?
Para os estrangeiros usarem a nossa rede os operadores e redes de roaming do resto da Europa terão de nos enviar os dados dos cartões deles para a nossa rede autorizar, aqui parece-me óbvio que o encravanço estará na Mobi.E, qual dos CEME iria rejeitar ganhar mais uns tostões ao ter mais clientes ?
Parecendo-me que a areia na engrenagem está na Mobi.E pergunto então:
Não temos roaming bilateral por causa de alguma particularidade do nosso modelo (lei e regulamentação) ou por inépcia da Mobi.E ?
Para mim o correcto seria o comerciante final estabelecer um preço por kWh, em função do tipo de carregador e os clientes pagavam com cartão MB/crédito, como numa bomba de combustível.
Tal como acontece actualmente com os supermercados e combustíveis, as marcas/comerciantes poderiam disponibilizar cartões de cliente com descontos e outras vantagens para fidelização e pronto, simples e fácil de entender para todos.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Não, neste caso não está areia na engrenagem da Mobi.e. É preciso que hajam acordos entre CEMEs e as plataformas de roaming ou então pode vir haver um concurso para CEME default.alexmol Escreveu: ↑20 jun 2021, 10:12É o que dá escrever posts com sono!![]()
Acho que temos de continuar esta discussão noutro tópico.
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Gostava de voltar a este tópico do nosso modelo para saber a opinião do fórum sobre a ligação da rede portuguesa ao resto do mundo.
Como é que a Mobi.E se vai posicionar quanto ao roaming ?
No resto da Europa temos operadores que têm a sua rede própria, depois temos diversas redes de roaming que na realidade não possuem qualquer posto mas que emitem cartões e têm acordos com muitos operadores, permitindo com esse cartão viajar por diversos países.
Ora a Mobi.E é um misto dos dois, um misto algo esquisito. Não emite cartões, mas faz a gestão da rede, e é operador de alguns postos.
Para usarmos os nossos cartões lá fora alguém, ou a Mobi.E ou os CEME terão de enviar os dados dos nossos cartões aos operadores e redes de roaming do resto da Europa e fazer um acordo comercial.
Presumo que só a Mobi.E poderá fazer isto, pois não vejo qualquer razão para os CEME não o fazerem já hoje. Não era boa publicidade um CEME vir dizer "Agora pode carregar em toda a Europa com o seu cartão XXXX" ?
Para os estrangeiros usarem a nossa rede os operadores e redes de roaming do resto da Europa terão de nos enviar os dados dos cartões deles para a nossa rede autorizar, aqui parece-me óbvio que o encravanço estará na Mobi.E, qual dos CEME iria rejeitar ganhar mais uns tostões ao ter mais clientes ?
Parecendo-me que a areia na engrenagem está na Mobi.E pergunto então:
Não temos roaming bilateral por causa de alguma particularidade do nosso modelo (lei e regulamentação) ou por inépcia da Mobi.E ?
Em breve deverá haver um CEME que deve abrir portas a outras plataformas/ aplicações, diria. Mas para isso é preciso chegar a um acordo comercial, um dos CEMEs portugueses, espanhóis ou alemães, porque há custos envolvidos (anuidades, setup fees e ainda fees por carregamentos).
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Ultimamente também tenho tido este tipo de discussões noutro forum, a conclusão a que chego é que se está a gerar uma grande confusão, porque se está a partir da realidade das infraestruturas de hoje em dia, para um cenário de massificação (que só será possivel atingir dentro de alguns anos).
Não sei se será por desconhecimento da evolução que a ME teve em Portugal, ou porque a apenas se pretender procurar "defeitos" na ME.
Naturalmente que a rede vai crescendo à medida que o numero de VEs cresce (e além disso sabemos que os VE permitem que as deslocações não dependam a 100% de uma rede de "abastecimento"), estar a extrapolar uma situação com base na rede actual é algo sem sentido.
Mesmo que se esqueça os atrasos provocados pela inicio da fase comercial e de estarmos a olhar para a excepção que é a ligação ao Algarve em periodo de férias, facilmente constatamos que o nivel de investimento na rede é crescente e as condições daqui a um par de anos serão totalmente diferente.
A diversidade da origem do investimento é cada vez maior, além dos HUBs promovidos pelo Estado, vemos cada vez mais privados a investir na rede de carregamento, nomeadamente supermercados/shoppings, comercio, empresas (para carregar a sua frota e carros dos colaboradores) e as novas habitações (incluido prédios) preparadas para terem pontos de carregamento.
Última edição por rimsilva em 22 jun 2021, 11:41, editado 1 vez no total.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal
Eu diria que as duas coisas. Eu quando falo com algumas pessoas acerca de ter um carro electrico ainda surge muito a questão - "e onde é que carregas quando queres ir algum lado?". Quem não acompanha não tem noção do que é aqueles armários na rua, shoppings etc.
Depois existem aqueles que falam só para deitar abaixo e muitas vezes sem saberem evolução que houve, longe do ideal, mas muito significativa nos últimos tempos.
As vezes dou por mim a pensar. Se hoje vivemos numa era em que a informação é global e quase instantânea e, existe a dificuldade de perceber o que é "novo". A transição do cavalo para o carro deve ter sido muito complicada.

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

