Rede de Carregadores rápidos

[meira78]

Alguém falou que não há 1000 utilizadores.... Mas garanto que com uma rede viável isso muda rápido... Eu não sou utilizador ainda... E já estou disposto a pagar.... Certamente haverá interessados....

Certíssimo rdias. Se as marcas quiserem entrar neste projecto isso será bastante interessante. O resto é uma questão de tempo...

Duvido que as pessoas passem a comprar VE's por saber que há PCR's no bombeiros voluntários.

Eu tenho ideia contrária.

Penso que a grande maioria ainda não aderiu à mobilidade eléctrica porque se quiser mobilidade relativamente rápida não o consegue, porque não existem PCR em Portugal e os de carga lenta necessitam de intervalos de carga nunca inferiores a 6 horas. Esta mobilidade que refiro não é a do tipo, de casa para o trabalho com distâncias inferiores a 100kms em média...

[meira78]

Duvido que as pessoas passem a comprar VE's por saber que há PCR's no bombeiros voluntários.

Se conseguirmos passar a mensagem que já é possível ligar o norte a sul do país em tempos aceitáveis penso que isso será uma grande incentivo para a aquisição de VEs. Provavelmente a grande maioria das pessoas não lhes importa muito se são nos bombeiros ou se são numa loja de chineses, desde que lá estejam e funcionem.

Exacto, como as bombas de gasolina actualmente para os combustíveis fósseis.

[meira78]

A grande preocupação das pessoas é a autonomia. Ouço constantemente "E se quiser ir ao Algarve? E se quiser ir a Lisboa (sou de Aveiro)"
Se eu lhes pudesse responder que através de uma rede de PCR's estrategicamente colocados, isso seria possível (independetemente de ser nos bombeiros), creio que haveria muito mais utilizadores de carros elétricos.

Concordo. O problema está exactamente aqui.

[meira78]

A venda do excedente à rede no regime de autoconsumo é paga a preços de miséria. Tendo em conta que o uso de PCR se traduz em elevadas potências em curtos espaços de tempo, penso que pouco se aproveita da energia renovável dos painéis. Dimensionando o sistem para potências mais elevadas implica um investimento mais elevado, e enquanto o posto não estava a ser utilizado era energia quase perdida ou vendida a preços de saldo à rede.
Tenho sérias dúvidas da viabilidade económica de utilização de energias renováveis em PCRs (em Portugal), embora a nível ambiental e social seja interessante.

Para mim a questão das renováveis conjuntamente com a rede de PCR será a preços de hoje inviável, dados os preços que o Fil enumerou tanto para excedente qd se opta pelo autoconsumo, como pelo preço actual de baterias (será difícil carregar e descarregar em média diariamente 200kW).
A sustentabilidade para mim é a nível de potencial financeiro, dado que em condições normais a tarifa média de venda à rede é de 0,1€ por kW, o que permitiria pagar o sistema em 1/2 do prazo de contrato dos 15 anos e oferecer uma rentabilidade interessante acima dos juros pagos pelos bancos comerciais aos investidores que queiram aplicar as suas poupanças neste sistema. O restante seria rentabilidade para a nossa associação/cooperativa continuar a suportar as despesas da rede de PCR e não praticar uma tarifa a todos os users de VE elevada.

Esta é para mim a estratégia financeira a adoptar para ser interessante para todos.

Todos ganhamos e o sistema é sustentável hoje, a curto prazo, a médio prazo, mas principalmente a longo prazo porque o sol não se paga e qd nasce é para todos...

[meira78]

Não consigo conceber um cenário em que um investimento em qualquer destas soluções seja sequer recuperável.
Quanto mais sustentável...

São os melhores que conheço e que dão os custos mais baixos, segundo os meus conhecimentos

Vejam o meu ultimo post, VETL e Fil.

[meira78]

http://greensavers.sapo.pt/2013/04/11/c ... mil-casas/

Este é um excelente exemplo: chama-se mini-producao.

O edifício é da SONAE. Quem investe e explora é a EDP. A EDP tem um contrato de venda de toda a energia à rede durante 15 anos, onde amortiza o investimento inicial e fica com os lucros...
Paga uma renda à SONAE pelo uso do edifício.

É o que defendo para a instalação de rede de PCR. Investimos para lucrar e sustentar uma rede a custos baixíssimos.

Com os actuais preços das baterias e com o auto-consumo e venda do excedente da produção à rede não é sustentável qualquer ligação entre as renováveis e a rede de PCR.

É o que eu penso. Quem tiver outras ideias, esteja à vontade.

[meira78]

vamos lá ver.. não podemos tornar isto muito mais simples:

estilo cooperativa pura.... cada cooperante teria de pagar uma joia de entrada e uma mensalidade ... poderia usufruir de toda a rede sem limites..

as joias seriam usadas só para colocar PCRs em quarteis bombeiros ou locais semelhantes.

As mensalidades seriam para pagar custos de manutenção e energia associada...

vamos imaginar : ( 300 cooperantes de inicio )

cada pagaria uma joia de 1000 euros ... tinhamos 300.000 euros.. dá para 20 PCRS... bem colocados conforme acordo dos 300 cooperantes faria milagres...

custos de manutenção e energia seriam 100.000 euros anuais ou 30 euros mensais por cada cooperante...

não me parece valores absurdos e não haveria limites...

com fundos comunitarios entao seria excelente... mas parece-me viavel algo mais simples e directo...

os cooperantes que usassem para uso mais profissional ( por exemplo taxi ) poderiam pagar uma mensalidade superior para ser mais justo...

mas pensem em algo mais simples e directo

rdias, a base em que tenho trabalhado tem exactamente essas premissas:

- a associação / cooperativa é a organização que nos suporta juridicamente e a nível de angariação de membros
- a base dos 300 membros tb é a que neste momento me pareça mais realista. Adicionaria mais 200 que seriam as marcas de VE a introduzir na rede quando a venda é efectuada. Rapidamente os users da rede cresceriam para valores de mais de mil membros
- a quantidade dos PCR parece-me o objectivo a cerca de 1 ano, mas agora talvez fossem necessários apenas 12 PCR
- a jóia ou pagamento à entrada suportado por cada VE vendido pelas marcas de VE e disponível para carregar na rede pode ser um valor bastante inferior a esse, mas ainda assim suficiente para cobrir os custos de consumo do user do VE durante o período de oferta de cargas rápidas de 1 ano. Posteriormente o user do VE, faria inscrição na associação / cooperativa e suportaria mensalidade do serviço que julgo poder ser bastante inferior aos 30€ que referiste, pois só assim é interessante a rede e conseguimos cativar mais de um milhar de membros
- para que as marcas de VE possam oferecer 1 ano de energia grátis, terão de suportar um custo de adesão à rede de vários milhares de €s para garantir o suporte dos PCR e compatibilização futura
- as CMs têm de garantir a ligação do ramal até aos Bombeiros. Adicionalmente terão vantagens em estar associadas à nossa rede pelas parcerias que lhes vamos trazer e pela vantagem de ter a rede de PCR no seu concelho. Users de VE que não têm nada a fazer num quartel de Bombeiros certamente procurarão as mais-valias da cidade para explorar. Precisa-se de dinamizar esta 1/2 hora. Obrigaremos a legalizarem o estacionamento gratuito nas suas cidades para VE
- os Bombeiros terão energia mais barata e outras valências no consumo de energia que lhes oferecemos sob a forma de pacote e com grandes benefícios a médio e longo prazo. Adicionalmente podem ter de disponibilizar espaço se estivermos interessados em instalar uma energia renovável com contrato de 15 anos para efeitos de mini-produção
- nós pagaríamos a energia ao mais baixo preço de acordo com o contrato que faríamos com o operador de energia. O operador de energia tem em cada membro da nossa associação a possibilidade de recrutar mais um cliente para o seu negócio, oferecendo óbviamente tarifa competitiva
- as energias renováveis podem ser uma excelente fonte de financiamento, dado que existem muitos interessados em fazer investimentos de baixo valor para tentar ter uma remuneração superior há que temos na banca comercial. Desta forma temos investidores para suportar o investimento inicial. Pagamos-lhes uma taxa superior há melhor da banca comercial e candidatamos a energia renovável à mini-producao. Tendo em atenção projectos recentes e do passado, a renovável a preços de cerca de 0,10€ paga-se em cerca de 1/2 do período de contrato que é de 15 anos. Na margem de lucro apenas temos de retirar o pagamento de juros dos primeiros anos aos investidores, as taxas de candidatura de ligação à rede do projecto e ao seguro da instalação. A margem é relativamente interessante e liberta remuneração que vai ser aplicada nas despesas de energia dos consumos da rede de PCR e em futuros PCR e semi-Rápida.
- a questão da abertura da rede ao sector profissional também está na nossa mente, mas temos de ter cuidado com a legalidade da mesma e tentar adaptar essa possibilidade ao financiamento da nossa associação em moldes diferentes dos simples membros. Pode ser aproveitada para dar dimensão e visibilidade muito interessante, mostrando a sua fiabilidade e inclusivé trazer as marcas de VE para a nossa rede
- 100.000€ é exactamente o valor que tinha previsto para gastos de potência, energia, manutenção e taxas e taxinhas:

Energia:
10 cargas por dia de 20kW/cada = 200kW
200kW x 365 dias = 73.000kW
73.000kW x 12 PCR = 876.000kW
876.000kW x 0,10€/kW = 87.600€

Potência de 41,4kVa
Preço de cerca de 2€/dia x 365 dias = 730€
730€ x 12 PCR = 8.760€

Total = 96.360€

Nota: nestes valores já estão considerados IVAs. Precisamos de acrescentar taxas de audiovisual e outras taxas e taxinhas que este país permite.

Penso que os 100.000€ anuais de despesa variável será suficiente para pagar os custos de funcionamento e de exploração.

A nível do custo de instalação, operacionalização, upgrade e manutenção julgo que os 15.000€ referenciados por PCR são ainda elevados e referem-se à instalação de apenas 1 e de forma avulsa. Penso que por metade do valor que o rdias referiu dos 300.000€ podemos ter os 12 PCRs e pelo menos mais 13 PCsemiR. Os preços têm vindo a baixar bastante e existem por essa Europa fora outras condições igualmente vantajosas e a preços bastante interessantes. Ao parceiro que fará a instalação e manutenção da nossa rede de PCR oferecemos possibilidade de vender outros equipamentos acessórios e ligados à mobilidade electrica, tendo connosco e em cada PCR uma "porta aberta" para o fazer.

Os referidos 150.000€ para instalação da rede pode ser apenas financiável via marcas de VE, CM e outras entidades que mais tarde podemos identificar.

Muitas outras ideias estão pensadas, mas para isso necessitamos do vosso contributo e debate de ideias.

O projecto é interessante para todos e todos devemos colaborar e cooperar.

O que acham?

[oops]

Acho bem!
Bom dia. Ainda não tenho carro eléctrico mas penso ter num futuro próximo e estou a gostar do que estou a ler. Se no principio me pareceu uma utopia agora começo a ver um projecto com pés e cabeça (opinião humilde).
Considero muito importante para o futuro da mobilidade uma rede de distribuição controlada pelos utilizadores. Isto vai resfriar a sede de lucro rápido que as empresas envolvidas no e-mobi vão ter quando começarem a cobrar pelos carregamentos. A rede de carregamentos propriedade dos utilizadores de VE será uma arma importantíssima na definição do negócio em Portugal.

Agora em relação às condições e características de funcionamento da rede (olhando para o umbigo também) penso que 300€ seria o valor máximo de joia e o pagamento da mensalidade deveria estar dependente da utilização. Com as novas tecnologias penso que será exequível criar um sistema de mensalidades com patamares de utilização mensal ou anual e com uma seria de variáveis. Hoje tudo tem tarifários complexos e ninguém se afasta por isso (a maior parte das vezes essa complexidade não não benefecia o consumidor mas ...)
Vou continuar atento e se me aperceber que posso ajudar em alguma coisa logo me disponibilizarei (contacto com câmaras no Norte talvez)
Abç
M

[Apr]

Duvido que as pessoas passem a comprar VE's por saber que há PCR's no bombeiros voluntários.

Se conseguirmos passar a mensagem que já é possível ligar o norte a sul do país em tempos aceitáveis penso que isso será uma grande incentivo para a aquisição de VEs. Provavelmente a grande maioria das pessoas não lhes importa muito se são nos bombeiros ou se são numa loja de chineses, desde que lá estejam e funcionem.

Exacto, como as bombas de gasolina actualmente para os combustíveis fósseis.

Não me parece, parece-me que a falta crónica de carros elétricos e a vontade de os fabricantes de atrasarem o máximo que conseguirem seja a razão numero 1 para não os venderem.

Do que vejo e leio as questões da infraestrutura nem são muito debatidas, antes disso as pessoas afastam-se do VE por causa da falta de autonomia e dos preços elevados.

[Flyer]

Parece-me bem; Não vejo muito mais a acrescentar e apesar de não usar carga rápida (para já), apoio esta opção.