"Muito mais viável, na minha opinião será o estudo e implementação de uma associação cívica de utilizadores de carros elétricos que acolham os seus colegas e respectivos carros para um café e um carregamento estratégico. Em vez de “couchsurfing” temos “chargesurfing” e acabam-se os problemas de autonomia…"
Filipe Escreveu:Amigo snowmen, o Chargesurfing será uma óptima ideia para implementar já ontem, ou antes de ontem.

Também penso assim.
Com um bom plano teríamos uma distribuição de postos imensa e a cobrir todo o País. Teria de se definir os pontos estratégicos onde a “receção” é mais necessária e útil, bem como o horário disponível dos “recetores”. A longo prazo, qualquer recetor terá a sua importância pois a ideia pode crescer além-fronteiras e ninguém pode decidir onde este auxílio não faz sentido. A necessidade básica poderá definir corredores ao longo do País onde as zonas de maior densidade populacional ou de interesse turístico/cultural permitem a existência de vários “recetores”.
Como todas as ideias tem prós e contras:
A favor:
Um mapa de Portugal com os “recetores” (adiante designados por “R”) que acolhem os (irmãos) “descarregados” (adiante designados por “D”). Definição de horário compatível com a disponibilidade do R. Por marcação para não haver contratempos desnecessários.
Eliminação da ansiedade sobre autonomia a médio prazo.
Desvantagens?
Penso que o R teria de investir num sistema de carregamento rápido. Compatível com o seu carro (e aí só acolhe carros compatíveis) ou universal (permite-lhe acolher mais modelos).
É obviamente necessário amortizar o investimento e os D devem reconhecer o tempo que o R oferece a quem dele precisar. Eu proporia o retorno desta cortesia através de uma escala reduzida de utilização. Estamos a pensar em carregamentos rápidos e de algum modo de emergência… Não tenho dados para fazer essas contas, mas o R teria de ser ressarcido pelo seu tempo e pelo seu investimento que tem para já duas parcelas: O capital inicial numa estação de carregamento rápido e o custo mensal da eletricidade que tal acarreta. A prazo, o R amortiza o investimento inicial e garante o pagamento da “renda” do sistema (aumento de potência contratada e afins), através da frequência das suas “receções”
O mais evidente benefício para o R é que fica detentor de uma estação de carregamento rápido a custo zero, se esse custo for contabilizado ao longo do tempo que recebe os D’s.
Para os viajantes que ficam D’s, a garantia de ter um R irmão que os acolhe e de um modo geral, a sobrevivência e proliferação sem problemas de autonomia (a curto prazo) de todos os elétricos.
Se calhar é um entusiasmo cândido e ingénuo, para contrastar com a matinal segunda-feira, mas venham daí as críticas, sugestões alternativas, chumbos ou melhorias.
Abraço a todos