rimsilva Escreveu: 24 jul 2020, 11:49
O que eu quis evidenciar é que há mais VE's além dos referidos Zoe's que "não" podem usar PCRs porque é mais caro do que os (já muito caros) PCNs.
Não me choca que seja um pouco caro, para um plug-in usar um posto de 22 kW. No entanto, não deveria ser para um posto de 11, 7,4 ou 3.7 kW.
É um contracenso que o Estado esteja a conceder beneficios para a compra de plug-ins e depois permita que aconteça esta situação, A atividade privada é importante, mas ainda estamos numa fase de arranque da ME.
Se há gente a comprar plug-ins apenas para andar a "gasolina", este nivel de preços, só vem "legitimar" o pensamento dessas pessoas.
Em minha opinião, apesar de ser um contracenso, num futuro próximo serão lançados cada vez mais modelos plug-ins do que 100% electricos, por isso, será importante que os preços dos PCNs sejam revistos.
Ok, os plug-ins não podem usar PCRs pelo preço, mas como eu disse se o preço dos PCNs for igual ou mais caro que a gasolina quem é que se vai sujeitar aos PCNs quando pode por gasolina em 2min e andar centenas de kms?
Claro que há o fator ambiental e as pessoas deviam ter isso em conta, mas ao mesmo tempo é difícil justificar um carregamento nessas condições. Além de que acredito que muitos plug-ins são vendidos por causa dos incentivos do estado e não propriamente pelo fator ambiental. Também acredito que muitos que comprem um plug-in o carreguem em casa, no dia-a-dia e nas viagens mais longas metam combustível. Caso contrário não estou a ver qual o benefício de optar por um plug-in, se não podem ligar à ficha. É que ao contrário de um BEV moderno, que tem autonomia de mais de 200km, um plug-in com a baixa autonomia teria que ir muito mais vezes aos PCNs, o que facilmente poderia-se tornar inconveniente e daí acabarem por meter combustível, mas se é para isso mais valia um hibrido normal, digo eu.
Relativamente ao estado controlar esta situação dos postos já era pedir muito

, mas sim a rede devia ter sido melhor planeada, tanto na parte do tipo de postos, mas especialmente o local dos mesmos. De qualquer forma, na minha opinião, o estado não deveria beneficiar plug-ins, porque estes podem andar a vida toda a gasolina.
Pois quanto ao futuro não sei, mas tendo em conta a autonomia cada vez maior dos BEVs e o preço a manter-se ou reduzir-se, é provável que os plug-in comecem a desaparecer.
BrunoFonseca Escreveu: 24 jul 2020, 12:04
Quanto aos pcn de 22 e poucos VE conseguirem utilizar o posto em pleno, é o mesmo tema dos postos de 150kW.
Os novos VE estão a ser dotados de carregadores internos cada vez com mais capacidade.
Vejam o caso fo futuro (novo) Nissan que terá como opcional carregador interno AC 22 kW.
Faz sentido que havendo agora um investimento, este nao se torne obsoleto no curto prazo.
Agora podem questionar : "ah e tal os pioneiros com VE mais antigos é que vão pagar a factura".
Não sei se será assim, por 2 motivos:
1) os pioneiros nunca dependeram da rede de carregamento (se assim fosse possivelmente hoje ainda andavam a queimar fosseis)
2) os pioneiros também tiveram oportunidade de carregar muitos kWh de forma gratuita
Agora é pensar no futuro.
Isso nem tem comparação. Quantos postos de 150kW temos cá? E agora quantos de 22kW? Pois... No futuro como será? Não sei, logo veremos, mas não acredito que seja tudo postos de 150kW. Mas mesmo que sejam eu não vejo problema nisso e ter que pagar mais num posto desses, porque é um posto rápido, valoriza-se o tempo. Agora onde estão os PCNs lentos? Também fazem falta, a meu ver, para carregamentos noturnos ou durante as horas de trabalho ou outra atividade qualquer que demore várias horas, tipo jantar e cinema

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O novo Nissan ainda nem saiu e tirando esse, o Zoe e se calhar uns poucos Teslas, não há mais nenhum que use os 22kW. Mas mesmo que todos os novos a partir de agora tivessem 22kW, como já disse os PCNs lentos são úteis em algumas situações. Agora se são viáveis financeiramente pois isso parece que não, com o nosso modelo, mas de qualquer forma estou a falar do nosso ponto de vista, como utilizadores.
Não podemos só pensar no futuro e esquecer quem está para trás. Aliás até de um ponto de vista de negócio isso nem faz sentido. Idealmente devemos tentar fazer uma transição gradual, apesar de que, como já disse, PCNs de 22kW em todo o lado não é a solução, mas pronto.