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Se na programação do processo de carga tivessem entrado com esses parametros o LBC faria esse esquema automaticamente, mjr, manda-lhes
a dica , mas para a Nissan Japão.

mjr Escreveu:

cromero Escreveu:

rdias Escreveu:E fazer cargas a 100% não é mau... deixar o carro muito tempo nesse estado é que é mau.....

E "muito tempo" é o quê? Meia hora? Um dia?

Um dia é muito tempo. Até 1-2 horas é aceitável. É uma questão cumulativa. Uma hora por dia ao fim de um mês dá 30 horas a 100%, que tem o mesmo efeito que ficar uma vez a 100% as 30 horas seguidas e no resto dos dias do mês nunca se aproximar dos 100%.

No Inverno o efeito é mínimo, mas com temperaturas elevadas (>30ºC) começa a ser muito prejudicial.

100% de acordo, com o teu processo utilizado, e não deixando nunca, mas nunca ultrapassar os 25º C, consegui durante este ano perder menos capacidade que nos anteriores
mantendo as células mais equilibradinhas.
Um dia destes postarei, Obrigado mjr

mjr Escreveu:Em princípio, hoje de manhã deveriam ser as mais elevadas a vermelho, mas não sabemos o comportamento das células depois de repouso. Provavelmente não terias esperado muito tempo desde teres desligado o carro.

Certo, é verdade. As imagens são retiradas imediatamente antes de desligar o carro e o deixar...

mjr Escreveu:Outra questão importante é que o pack não está perto dos 95% de SOC (reais, não estimados). Para isso precisava de ter quase todas as células ligeiramente acima dos 4,1V. No meu carro isso é crucial.

Pois essa iria ser a experiência seguinte a partir de agora dado o evidente insucesso da actual.
Eu tinha pensado experimentar durante uns tempos carregar agora no Mobi.e até aos 80% ou 90%, fazer a viagem até casa e depois deixá-lo ligado na tomada para ele carregar o restante por exemplo às 06h00m (para diminuir o tempo exposto a SOC's tão altos).
Assim, ele iria carregar até aos 100%, e ainda teria uma horita para recalcular as células a descarregar antes de eu o voltar a ligar para saír de casa.
Foi por isso que questionei:

VETL Escreveu:

mjr Escreveu:Não, além de estar desligado também não pode estar a carregar nem com o A/C a funcionar (programado ou forçado pelo Carwings).

E apenas ligado na tomada por ter acabado o carregamento por exemplo, pode?

Agora encaixei esta parte:

mjr Escreveu:A questão é que o meu pack entre os 4.000V e os 4.080V de tensão média apresenta duas células que possuem uma tensão mais elevada que as restantes. Acima dos 4.09V de tensão média essas células apresentam o comportamento inverso. Se desenhar uma curva de tensão de carga dessas células em relação às restantes, começando dos 3V (0% de SOC), elas começam por estar muito abaixo das restantes, aos 20% de SOC ficam iguais até mais ou menos os 65% de SOC. A partir daí ficam com muito mais tensão que as restantes, o que engana o LBC. Aos 90% de SOC ou 4,08V de tensão média (aproximadamente) os papéis invertem-se e essas células passam a ter menos tensão que as restantes, condição que se mantém até a carga parar aos 95-96% de SOC.

Assim se eu parar a carga entre os 4,000V e os 4,090V de tensão média e deixar o contactor desligado mais que 15 minutos, o LBC vai verificar que essas células estão com mais tensão e por isso assume que têm um SOC mais elevado que as restantes e por isso vai descarregar-las.

Seria então mais adequado tentar desenhar uma curva de tensão de carga das células com tensão mais baixa bem como daquelas daquele grupo com tensão mais elevada para tirar conclusões mais fidedignas acerca da estratégia a seguir.

Obrigado mjr

Eu não percebo como é que consideram que o carro não deve estar umas quantas horas com toda a carga que pode carregar sendo claro para mim, pelo menos no meu carro, que ele NUNCA carrega 100% da bateria. O próprio carro NUNCA carrega tudo o que podia carregar já para evitar sofrer danos por ter a bateria demasiado tempo com uma carga elevada. A prova que nunca carrega tudo é que se eu o carregar o máximo possível utilizando uns truques e fico com as células a 4,105 V (no máximo dos máximos), se a seguir fizer uma descida pronunciada ele ainda carrega um pouco mais e chega a ter células a 4,125 V.

Enfim, mais uma vez ando aqui a pensar diferente de toda a gente, mas ninguém me convence que quando carregam 100% têm de facto as baterias carregadas até ao máximo que na realidade podem mesmo carregar. O meu carro está muitas vezes 6 horas com carga máxima e eu não me preocupo nada com isso porque sei que o que ele aceita de carga já prevê uma margem de segurança para evitar degradação pelo facto de estar muitas horas muito carregado.

Sinceramente não percebo porque teimam em achar que esses 100% são reais.

VETL Escreveu:E apenas ligado na tomada por ter acabado o carregamento por exemplo, pode?

Sim, ficar ligado na tomada depois de carregar também dá. Desde que o contactor esteja desligado não há problema. O contactor é o responsável pelo barulho que o carro faz ao iniciar o carregamento e ao terminar, mas fácil de distinguir quando termina a carga.

Malm, aqui toda a gente sabe que o carro não vai até aos 100% de SOC reais... não estás a pensar diferente de toda a gente.

E também (quase) toda a gente sabe que o efeito nefasto dos SOC elevados não é só aos 100% reais, mas é progressivamente pior quanto maior for a tensão das células. Porque que outra razão o carro teria a opção de carregar a 80% (reais) ou a 100% (úteis)??

Se o teu carro não tem essa opção é provavelmente porque a química dele não será tão sensível às tensões elevadas quanto a química do Leaf. Mas aqui estamos a falar de Leafs. Entretanto o Leaf após 2014 nos EUA deixou de ter a opção de carga a 80%, por questões de marketing essencialmente mas se calhar a química atual será mais resistente a essas questões.

O que faz mal não é o estado de carga per se, mas a tensão na célula que acelera os processos de degradação química. Por essa razão NUNCA é permitido que a tensão suba acima dos 4,12V mesmo com SOC baixos (durante cargas rápidas por exemplo).

Os leaf têm uma bateria de 24kwh, mas limitados uns a 22 e outros a 21,5kwh...nunca tens 100% reais.

A mim não me parece nada que toda a gente saiba que quando deixam o carro carregar o máximo que pode não estão a carregar realmente o máximo que a bateria poderia teoricamente carregar. O carro tem uma margem de segurança para evitar degradação a elevados estados de carga, pelo que a vantagem de tê-lo a 90% de SoC (falsos) em vez de 100% (falsos) não é tão significativa assim. Eu deixo o meu carro carregar, pelo menos uma vez por semana, aquilo que ele quer, porque de outra maneira ele não acerta o seu SoC de acordo com as voltagens. Eu não tenho qualquer sinal de desequilíbrio das células a SoC superior a 30%.

Todos os carros que recebi sempre foram carregados a 100%....e nada de anormal neles....porque eram usados todos os dias!

No Leaf os 100% úteis são 95% reais, não 90%. Nos de 2013 é 97%.

O Leaf não tem esse problema dos acertos de SOC, pelo que não é necessário carregar a 100% por essa razão.

O efeito dos SOC elevados é como o tabaco, não é um cigarro que pode provocar um cancro mas sim o uso continuado. Ou seja, não é por uma vez que fique um dia inteiro a 95% de SOC que a bateria perde 1% de capacidade. Mas se perder 0,01% mais do que se ficasse a 80% de SOC, ao fim de um ano já estávamos a falar em 3,65% de diferença de capacidade!

Como o Orlando disse, se for carregado a 100% e usado todos os dias não há problema (ou o problema é insignificante). Mas se ficar dias a fio a 100%, aí sim temos problema.

No meu caso as cargas a 100% são problemáticas pois obrigam a descarregar a bateria abaixo dos 4,000V por célula antes de o desligar, caso contrário o LBC vai descarregar as células 2 e 4. E não é fácil no meu trajeto de 25km fazer isso, sem andar mais km só para descarregar o pack até aos 4,000V.