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Já aqui escrevi que estou convicto que o i-MiEV não redestribui a energia disponível pelas 16 barras à medida que a degradação avança. A 14ª barra vale o mesmo, quer a degradação seja 0%, quer seja 10%. Escrevi-o no myimiev.com e até hoje nem um comentário a confirmar o que digo. Simplesmente, não convenci ninguém.

Agora penso que fiz uma nova descoberta. O carro quando parado, após algum tempo, umas vezes aumenta o SoC em 5%, outras vezes reduz o SoC em 5%, outras fica igual. Nada de novo até aqui. Mas, e é aqui que está a novidade, eu acho que ele faz essas alterações tendo em conta as variações na temperatura da bateria. Quando parado, se ele regista uma subida de temperatura (talvez de 5 ou 10º C) em relação a uma leitura passada, ele reduz o SoC em 5% (é como se mantivesse a mesma energia disponível numa bateria que passou a ter mais capacidade). Pelo contrário, se regista uma descida da temperatura em relação a uma leitura anterior ele aumenta o SoC em 5% (é como se mantivesse a mesma energia disponível numa bateria que passou a ter mais capacidade). E afinal é isto o truque malmonástico, carrego até 95,5%, acaba o carregamento, tiro a pistola e ponho o carro na rua ao fresco, as temperaturas baixam e quando o ligo de manhã - 100%. Neste caso, só aumenta 4,5% porque ele sabe que o máximo que pode ter é 100% (afinal, ele nunca faz o reajuste a 100%, algo que eu pensava acontecer até ontem, apenas faz um reajuste do SoC de acordo com a temperatura). E sabem quantos convenci disto? Também ninguém .

O tempo irá encarregar-se de confirmar ou não, quer uma conclusão, quer a outra.

Convenceste-me a mim, pois mais uma vez, tambem estou convencido que a temperatura é a senhora principal responsável pelas
variações nas indicações no tempo, para os diferentes estados de funcionamento.

Esta tambem me convenceu.

Obrigado Filipe, obrigado santanamos, estava mesmo a precisar de alguém que me compreendesse.

Malm, não tenho essa louvável capacidade de luta, mas é assim que todos podemos aprender um pouco mais acerca de um produto novo e em que acreditamos porque as marcas, em minha opinião, fecham-se em demasia. Não assumem que é com os "mjrs" e "malms" que, como verdadeiros estudiosos, no terreno, lhes fornecem valiosas indicações que aproveitam, em silêncio.

Obrigado vitormcpinto. O mjr é um estudioso. Eu apenas me considero um curioso, se fosse um gato, já estava morto (mesmo com 7 vidas).

Provas de que eu, provavelmente, tenho razão, quando digo que quando a temperatura desce (abaixo de um determinado valor, ou com uma determinada amplitude), o i-MiEV aumenta o SoC em 5%.
Carro na garagem - Antes do carregamento - 22:03 pm
Temperatura da bateria - 15,6º C SoC=32% Volts=333 RR=30

Voltagem das células - início do carregamento 22:07 pm

Carro na garagem - final do carregamento (provocado) - 1:30 am
Temperatura da bateria - 20,7º C SoC=84,5% Volts=360 RR=102 km

Voltagem das células - 1:30 am

Carro na rua -1:35 am
Temperatura da bateria - 20,7º C SoC=84% Volts=359 RR=100 km

Voltagem das células - 1:35 am

Carro na rua - 8:33 am
Temperatura da bateria - 13º C SoC=89% Volts=357 RR=107 km

Voltagem das células - 8:33 am


Entre as 1:35 da manhã e as 8:33 da manhã esteve parado, na rua, sem carregar. A voltagem desceu 2 Volts, o SoC subiu 5%, a temperatura da bateria desceu 7,7º C.
5%, eu sabia que o SoC ia subir 5%, tudo aconteceu como tinha previsto, só estava com medo que a variação da temperatura não viesse a ser suficiente para ele fazer o ajuste. Alguém vê outra explicação? Eu não, o carro para determinar o SoC tem em conta a temperatura da bateria . Quando a temperatura baixa (talvez dos 15º C), ele acrescenta 5% ao SoC. Quando a temperatura sobe, ele tira 5% do SoC. Nunca vi isto escrito em lado nenhum, aliás, no myimiev.com, quando eu coloquei esta hipótese, ninguém a levou a sério.

Malm,
Quando a sensibilidade do operador/utilizador é muita, ele começa a sentir todo o funcionamento do veiculo como se entrasse dentro do circuito e percorresse todos os componentes, entendendo cada pequeno detalhe que aos outros passaria despercebido!

Continuação de boa observação e obrigado pela partilha!

Obrigado pelas tuas palavras. Eu não lhe chamaria "sensibilidade", soa-me a característica demasiado feminina . As mulheres são claramente menos eficazes que os homens a posicionar-se no espaço, no tempo ou no SoC. Eu nisso (e em tudo o resto), não sou nada feminino, como é evidente pela eficácia com que guio o meu carro. Mas se o carro falasse, já lhe tinham perguntado e a questão tinha ficado logo resolvida. Elas preferem sempre perguntar a pensar. Ou então às capacidades de uma balança (o que faço vai mais além do que apenas apresentar valores). Gosto mais de percepção aguçada, tão exacerbada que já entra no domínio da obsessão. Depois, estamos mal se para alguém ver desaparecer uma barra sem andar não o preocupa. Não é um pormenor, com 5% de SoC, "sensível" como sou, faço 10 km. Este SoC que o I-MiEV mostra é um bocado errante, não é como o do Leaf, certinho. Todos, até ontem, pensavam, que este valor não dependia da temperatura. Espero ter aberto o olho a muita gente, de uma ponta à outra do mundo. Quando eu mostrei a minha bateria a 14,5% de SoC e o carro parado, se calhar ele tinha era 4.5% (podemos imaginar que ele estava a 36ºC, quando passou para 30º C aumentou o SoC em 5% e baixou dos 25ºC adicionou mais 5%). Alguns, eu incluído, viram um cenário assustador. Foi esses cenário que me permitiu conhecer, individualmente, cada uma das minhas células, como se uma turma de alunos se tratasse. Foi esse cenário que me levou a pensar na localização interna da 19 ou da 73, que já não deixa dúvidas a ninguém.

Penso, no entanto, que o mais provável é ele ter parado com 9,5% da carga (14.5% - 5%). E assim, se o impedir de andar a fazer estes acertos de SoC (acho que nunca os faz ligado) tenho sempre direito à minha tartaruga. Por fim, vou escrever aquilo que a minha sensibilidade (agora sim, o termo é bem aplicado, no que se refere ao contexto em que costuma ser aplicado) me tem impedido de escrever aqui, mas as verdades são para se dizer, custe o que custar. A degradação da bateria dos i-MiEV é inferior a da bateria dos Leaf. Conheço como poucos os Leaf que por aqui circulam, conheço como ninguém em Portugal i-MiEV de todo o mundo, mesmo em sítios na Austrália ou no Texas onde faz mais calor que aqui. Alguns de 2011, como o meu. Até agora não há um único, um que seja, que não carregue as 16 barras, ou seja, que não carregue até 92,5%. Na realidade, não há um único utilizador imievesco, dos muitos que conheço, que refira que nota uma perda de capacidade (as situações que têm ocorrido é com uma ou duas células defeituosas, ou com deixar o carro descarregado uns meses). Mas a perda está lá, na última barra, só que estamos a falar de 2%, 3% , 4%, e eles nem notam. Mais uma vez, o tempo vai dizer se tenho razão ou não, mas cento e tais células amontoadas umas em cima das outras, à partida têm mais dificuldade em dissipar calor do que 88 distribuídas num único plano.

É normal que o SOC aumente com o diminuir da temperatura, uma vez que uma bateria mais fria armazena menos capacidade. O que não é suposto é aumentar a autonomia estimada pois a energia armazenada não aumenta.