Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

[civic]

Uma duvida que tenho à muito, quando o Operador do posto é o comercializador de energia, não devia ser mais barato? Ou estes ganham mais? è que o que se verifica é o contrario, os postos mais baratos são os do Lidl, por exemplo, que não são comercializadores...

[Nonnus]

O que é que me interessa ter um CEME que me dá o melhor preço se depois tenho um OPC que tem de pagar o investimento que fez e me vai cobrar os olhos da cara.

Realmente é não ver o cenário todo, essa argumentação.

Não concordo contigo. Num modelo vertical o risco é maior para quem gere os postos, pois tem o risco da flutuação do preço de energia e o posto tb tem de ser igualmente amortizado.

Cá tens a possibilidade de escolher o comercializador de energia que adquiriu a energia mais barata. É facil constatar que os CEME não alteram os seus preços com a mesma frequência pois uns fazem aquisições com prazos muito alargados e outros nem por isso.

O investimento no posto vais sempre pagar em qualquer dos cenários.

Seja como for, eu não sou CEME nem OPC, logo nem estou propriamente muito interessado naquilo que é ou não benéfico para eles. O meu ponto de vista é o do utilizador.

Vejo muita gente a reclamar de preços. Eu sinceramente acho que há uma má política comercial nomeadamente dos OPC e isso acaba por manchar o "modelo".
Tarifários em tempo considerando que há poucos VE que conseguem atingir determinadas potências de carregamento oneram muito o consumidor. Tomadas distintas com potências distintas, mas com o mesmo tarifário em função do tempo, também são nefastos para o utilizador.

Não me venham dizer que isto é um problema do modelo. É um problema comercial dos OPC, que não querem saber, pois a procura é boa, e grande parte da procura é realizada por colaboradores de empresas com carros de frota que não estão nem aí para o valor final a pagar.

O que eu sei é que quantos mais intervenientes houver o preço forçosamente tem de ser mais elevado. E isto é o nosso modelo que obriga.

Já pensaste que os OPC fazem tudo o que mencionas porque é a única forma que tem de ganhar dinheiro?

Por uma vez retira o CEME do modelo e põe o OPC a facturar o valor do CEME e diz-me se havia necessidade de cobrar como cobra actualmente.

Chegar a um carregador ter que abrir a miio para tentar ter uma simulação (é mesmo uma simulação porque nunca bate certo!) do que vou pagar porque o modelo actual cria este tipo de situação que tem tantas variáveis que é impossível alguém calcular o preço real por kWh carregado.

[BrunoFonseca]

O que é que me interessa ter um CEME que me dá o melhor preço se depois tenho um OPC que tem de pagar o investimento que fez e me vai cobrar os olhos da cara.

Realmente é não ver o cenário todo, essa argumentação.

Não concordo contigo. Num modelo vertical o risco é maior para quem gere os postos, pois tem o risco da flutuação do preço de energia e o posto tb tem de ser igualmente amortizado.

Cá tens a possibilidade de escolher o comercializador de energia que adquiriu a energia mais barata. É facil constatar que os CEME não alteram os seus preços com a mesma frequência pois uns fazem aquisições com prazos muito alargados e outros nem por isso.

O investimento no posto vais sempre pagar em qualquer dos cenários.

Seja como for, eu não sou CEME nem OPC, logo nem estou propriamente muito interessado naquilo que é ou não benéfico para eles. O meu ponto de vista é o do utilizador.

Vejo muita gente a reclamar de preços. Eu sinceramente acho que há uma má política comercial nomeadamente dos OPC e isso acaba por manchar o "modelo".
Tarifários em tempo considerando que há poucos VE que conseguem atingir determinadas potências de carregamento oneram muito o consumidor. Tomadas distintas com potências distintas, mas com o mesmo tarifário em função do tempo, também são nefastos para o utilizador.

Não me venham dizer que isto é um problema do modelo. É um problema comercial dos OPC, que não querem saber, pois a procura é boa, e grande parte da procura é realizada por colaboradores de empresas com carros de frota que não estão nem aí para o valor final a pagar.

O que eu sei é que quantos mais intervenientes houver o preço forçosamente tem de ser mais elevado. E isto é o nosso modelo que obriga.

Já pensaste que os OPC fazem tudo o que mencionas porque é a única forma que tem de ganhar dinheiro?

Por uma vez retira o CEME do modelo e põe o OPC a facturar o valor do CEME e diz-me se havia necessidade de cobrar como cobra actualmente.

Chegar a um carregador ter que abrir a miio para tentar ter uma simulação (é mesmo uma simulação porque nunca bate certo!) do que vou pagar porque o modelo actual cria este tipo de situação que tem tantas variáveis que é impossível alguém calcular o preço real por kWh carregado.

Nunca irás "retirar o CEME" e não adicionar nada.
A alternativa ao modelo que temos irá implicar uma entidade que trarará dos roamings a afins. Com isso as despesas dos "opc" serão maiores
Não estou a ver que a tua afirmação resulte num preço mais competitivo

[BrunoFonseca]

Uma duvida que tenho à muito, quando o Operador do posto é o comercializador de energia, não devia ser mais barato? Ou estes ganham mais? è que o que se verifica é o contrario, os postos mais baratos são os do Lidl, por exemplo, que não são comercializadores...

O opc n tem de ser ceme, contudo o ceme é obrigatório a ser opc.
No regulamento da ME está indicado que o opc não pode beneficiar um ceme em detrimento de outro, mas o inverso n é referido, isto pq é o ceme que trata da facturação.

Assim, um ceme poderia (mas n o faz) atribuir descontos na sua tarifa ceme quando o posto é da sua insignia (ex: edp - edp)

Mais uma vez... políticas comerciais mal exploradas...
Mas o importante é culpar o modelo

[LFN]

Jamais será mais barato alguém contratar energia individualmente face ao que um OPC pode conseguir contratando por atacado e refletir no preço final.

Jamais num modelo dual em que um vende energia e outro acesso ao posto teremos preços transparentes, pois um irá faturar kWh e o outro o tempo de ligação ao posto.

Jamais será interessante investir num negócio em que alguém faz o investimento (OPC) e outros tiram partido desse investimento (CEME) sem contribuírem com nada.

Jamais um modelo que é diferente do de todos os restantes países pode estar certo, é exatamente como o cidadão que vai em contramão e se queixa que todos os outros é que vão.

Jamais nos podemos conformar com um sistema que nos exclui dos investimentos europeus, veja-se o caso da Tesla que recebeu 350 M€ da UE para instalar carregadores em toda a europa, exceto, claro, Portugal (é bom ajudar a pagar os carregadores dos outros, não é?).

Continuemos a caminhar em direção ao precipício e depois admiremo-nos de uma rejeição generalizada dos EV por parte de uma população que não vai encontrar os carregadores que precisa nem aceitar transitar de abastecimentos com custos transparentes para carregamentos cujo custo ninguém prevê e de uma opacidade total.

[Nonnus]

+1

[cfvp]

Jamais será mais barato alguém contratar energia individualmente face ao que um OPC pode conseguir contratando por atacado e refletir no preço final.

Jamais num modelo dual em que um vende energia e outro acesso ao posto teremos preços transparentes, pois um irá faturar kWh e o outro o tempo de ligação ao posto.

Jamais será interessante investir num negócio em que alguém faz o investimento (OPC) e outros tiram partido desse investimento (CEME) sem contribuírem com nada.

Jamais um modelo que é diferente do de todos os restantes países pode estar certo, é exatamente como o cidadão que vai em contramão e se queixa que todos os outros é que vão.

Jamais nos podemos conformar com um sistema que nos exclui dos investimentos europeus, veja-se o caso da Tesla que recebeu 350 M€ da UE para instalar carregadores em toda a europa, exceto, claro, Portugal (é bom ajudar a pagar os carregadores dos outros, não é?).

Continuemos a caminhar em direção ao precipício e depois admiremo-nos de uma rejeição generalizada dos EV por parte de uma população que não vai encontrar os carregadores que precisa nem aceitar transitar de abastecimentos com custos transparentes para carregamentos cujo custo ninguém prevê e de uma opacidade total.

Concordo com tudo. Só uma dúvida, um CEME grande tipo Galp não conseguiria contratar energia a um custo baixo como se fosse um OPC por atacado?

[BrunoFonseca]

Jamais será mais barato alguém contratar energia individualmente face ao que um OPC pode conseguir contratando por atacado e refletir no preço final.

Jamais num modelo dual em que um vende energia e outro acesso ao posto teremos preços transparentes, pois um irá faturar kWh e o outro o tempo de ligação ao posto.

Jamais será interessante investir num negócio em que alguém faz o investimento (OPC) e outros tiram partido desse investimento (CEME) sem contribuírem com nada.

Jamais um modelo que é diferente do de todos os restantes países pode estar certo, é exatamente como o cidadão que vai em contramão e se queixa que todos os outros é que vão.

Jamais nos podemos conformar com um sistema que nos exclui dos investimentos europeus, veja-se o caso da Tesla que recebeu 350 M€ da UE para instalar carregadores em toda a europa, exceto, claro, Portugal (é bom ajudar a pagar os carregadores dos outros, não é?).

Continuemos a caminhar em direção ao precipício e depois admiremo-nos de uma rejeição generalizada dos EV por parte de uma população que não vai encontrar os carregadores que precisa nem aceitar transitar de abastecimentos com custos transparentes para carregamentos cujo custo ninguém prevê e de uma opacidade total.

Basta eu encontrar um e só um caso em que as tuas premissas sejam falsas para o teu argumento valer zero.

Vou dar um exemplo
Tenho feito carregamentos na rede publica abaixo dos 0,22€/kWh, com tudo incluído.

[LFN]

Também eu, e em postos de 250 kW, mas não são da rede pública.

É deixar o mercado trabalhar.

p.s. - dar exemplos de coisas tão raras como gambuzinos serve de pouco, quando em 99% dos carregamentos ficam para cima de 40 cêntimos, inclusivamente em PCN.

[BrunoFonseca]

Também eu, e em postos de 250 kW, mas não são da rede pública.

É deixar o mercado trabalhar.

p.s. - dar exemplos de coisas tão raras como gambuzinos serve de pouco, quando em 99% dos carregamentos ficam para cima de 40 cêntimos, inclusivamente em PCN.

Não é coisas raras, nem depende só dos opc. Há cemes a fazer promoções interessantes.
Mas há quem diga que é um monopólio e não ha concorrência.