BECOOL Escreveu:Uma forma muito fácil de descodificar a posição de um discurso politico sobre este assunto é ver que valores ele destaca. Competitividade ou cooperação. A competitividade vê o outro como um adversário, a cooperação vê o outro como um igual.
Sem discordar mas reforçando a ideia, diria para além dos políticos e da corrupção estamos nós, população. E poucas vezes nos tornamos exemplares, ou damos a colaboração que seria de esperar. Vou tentar exemplificar sem querer ofender/provocar ninguém... conversando apenas.
É muito frequente ouvir-se imediatamente após mais uma noticia sobre "corrupção", ...são todos iguais... só lá estão para se governarem. Mas logo a seguir o mesmo individuo ou outro ao lado acrescenta... eu faria o mesmo!

se a gente não olha por nós, quem vai olhar?
Portanto, com o tipo de escolaridade que temos, a (de) formação que nos dão as televisões, as universidades que não condenam "certos" cursos/licenciaturas, só nos deixam dizer, (ou pensar) é tudo farinha do mesmo saco. Não se condena clara e inequivocamente os comportamentos abusivos e oportunistas duns tantos "espertos". Até se lhes dá tempo de antena e um "lugar de destaque no governo".
E democracia, (no essencial), é o respeito pelos outros. E esta sociedade de consumo promove tudo menos isso. O respeito. O desenvolvimento sustentado, o equilíbrio social, etc. Quanto menos se levar em conta o "outro", melhores e maiores serão os dividendos.
As "sete irmãs" não precisam de fazer (já) muito mais para que tudo continue na mesma. O facto de haver provavelmente um aumento na produção de crude não é que vai matar os eléctricos. Nem me parece que seja isso que "elas". Basta-lhes que continue apenas acessível a uma porção diminuta da população. Penso que o "busílis" é evitar a massificação, essa sim iria destruir muito "proveitos" e poderes instalados. E o aumento da produção, só por si não garante nada, pois eles conseguem fazer "cartelização" e por essa via controlam o preço. Acho até que o receio deles é que se perca o controlo, pela via da destruição/construção dos (novos?)canais de distribuição. Para eles é mais seguro saber exactamente quem e onde estão os "amigos". Acho que vão mais facilmente fornecer a "energia" que o tigre asiático necessita para manter os seus lucros e o ar "envenenado" que os irá tolhendo lentamente, até que se deixem comprar pelos mercados que entretanto vão sendo "manipulados".
A nossa sobrevivência, hoje mais do que nunca, passa muito pela cooperação. Acho que poderia depender dela... se quisesse-mos!
E a propósito de cooperação. Viram como evoluiu a tentativa do meira em "acender" uma cooperativa que "liderasse" a construção duma rede de PCRs. Para mim, o que mais "assustou/afastou" muitos, foi a cooperativa. Na nossa "cultura", cooperativa é um "bicho" muito perigoso!

A ideia podia até ser a melhor do mundo, (não garanto que era), mas sem ela é que está garantido que nada se fará. E isto interessa e muito às "sete irmãs". Massificação? isso sim. É problema!
Batotinha