
Início do pagamento total da rede de carregamento
Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
Falo apenas do que vejo. No meu círculo de deslocações conheço 2 zonas de cargas com vários postos de carregamento de 11 e 22kw a serem pagos ao minuto. Não é nada fácil encontrar lá alguém a carregar! E não há assim tantos PCN gratuitos ali à volta que justifique a falta de utilização dos primeiros! Se calhar o futuro deles vai ser continuar a ter o mesmo tipo de procura... Próxima de 0%...
- Nonnus
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
É bom ver que passado ~1 ano voltamos todos a discutir o mesmo e continuamos todos com a mesma maneira de pensar. Uns a favor, outros contra, mas mantemos todos os mesmo argumentos.
Como continuo com a mesma maneira de pensar vou dizer aquilo que já foi dito noutras ocasiões e aqui por outras pessoas. Não pode haver investimento privado na rede de carregamento se os carregamentos não se tornarem num negocio lucrativo. Aqueles que continuam achar que o caminho não é este, pergunto se investiam num negocio a saber que nunca iam ter retorno do dinheiro investido. É certo que alguns postos foi com o nosso dinheiro, mas esses por esta altura vão ser aqueles que mais despesa vão dar, ou porque precisam de ser substituídos ou porque precisam de intervenções de fundo. Portanto achar que estes posto deveriam ter um preço diferenciado porque foram pagos com impostos, não faz qualquer sentido. Por essa ordem de ideias o que dizem aqueles que tem ICE´s e sabem que estes posto foram pagos com o dinheiro deles e eles nunca os vão utilizar.
Todas a empresas que começam como publicas que depois são vendidas a privados, começam com os nossos impostos e depois são vendidas a privados e não é por isso que os serviços prestados por essas empresas são mais baratos ou de graça.
O ter um VE é muito mais que carregamentos na rede publica! Isto faz-me lembrar aquelas pessoas que compraram um VE, porque alguém lhes disse que os VE´s não pagavam os carregamentos e podiam andar de borla. Essas pessoas até ao dia de hoje nunca perceberam que um VE é muito mais que andar de borla. É certo que todos gostamos de pagar o menos possível, e eu também defendo um sistema justo, como já foi exemplificado aqui. Um posto de 3.6kW não pode cobrar o mesmo valor por tempo que um carregador de 22kW. Mas também digo que o OPC não pode ser prejudicado por eu usar um carregador de 22kW quando o meu carro carrega apenas 6.6kW. Que culpa é que o OPC tem de eu ter um carro menos eficiente? O que tenho de fazer é sujeitar-me, ou evitar esses carregadores. Mas o inverso também é válido, estando eu ligado a um carregador de 22kW e estar a carregar apenas 3.6kW como acontece nalguns casos, também não posso pagar por tempo como se estivesse a usar os 22kW.
Como continuo com a mesma maneira de pensar vou dizer aquilo que já foi dito noutras ocasiões e aqui por outras pessoas. Não pode haver investimento privado na rede de carregamento se os carregamentos não se tornarem num negocio lucrativo. Aqueles que continuam achar que o caminho não é este, pergunto se investiam num negocio a saber que nunca iam ter retorno do dinheiro investido. É certo que alguns postos foi com o nosso dinheiro, mas esses por esta altura vão ser aqueles que mais despesa vão dar, ou porque precisam de ser substituídos ou porque precisam de intervenções de fundo. Portanto achar que estes posto deveriam ter um preço diferenciado porque foram pagos com impostos, não faz qualquer sentido. Por essa ordem de ideias o que dizem aqueles que tem ICE´s e sabem que estes posto foram pagos com o dinheiro deles e eles nunca os vão utilizar.
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O ter um VE é muito mais que carregamentos na rede publica! Isto faz-me lembrar aquelas pessoas que compraram um VE, porque alguém lhes disse que os VE´s não pagavam os carregamentos e podiam andar de borla. Essas pessoas até ao dia de hoje nunca perceberam que um VE é muito mais que andar de borla. É certo que todos gostamos de pagar o menos possível, e eu também defendo um sistema justo, como já foi exemplificado aqui. Um posto de 3.6kW não pode cobrar o mesmo valor por tempo que um carregador de 22kW. Mas também digo que o OPC não pode ser prejudicado por eu usar um carregador de 22kW quando o meu carro carrega apenas 6.6kW. Que culpa é que o OPC tem de eu ter um carro menos eficiente? O que tenho de fazer é sujeitar-me, ou evitar esses carregadores. Mas o inverso também é válido, estando eu ligado a um carregador de 22kW e estar a carregar apenas 3.6kW como acontece nalguns casos, também não posso pagar por tempo como se estivesse a usar os 22kW.
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- mjr
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
A questão aqui é que um posto de 22kW custa praticamente o mesmo que um posto de 3,7kW. Mas os OPC olham para as potências e pensam: "se carregarem a maior potência posso cobrar mais pelo uso do posto e o cliente não nota tanto no custo do kW.h final". O problema desta lógica é que só os Zoe e mais algumas poucas centenas de carros (Teslas com Dual Charger, alguns Smart) é que conseguem aproveitar os 22kW. Portanto a gama de clientes em que a oferta dos OPCs nos PCNs 22kW é interessante é na verdade reduzida.
O que vai acontecer é que se insistirem em acertar o preço do carregamento para uma potência de 22kW vão ter os postos às moscas e terão de em pouco tempo ajustar os tarifários para dar mais rotatividade ao posto.
É assim que funciona o mercado.
Nissan Leaf 40 Tekna preto, entregue em 30 de maio de 2018. 51400km em 2024-02-15
Nissan LEAF mk1 Preto, entregue em 7 de julho de 2011. 180000 km em 2023-12-22.
Tesla Model 3 LR preto entregue em 2019-03-06. 125000 km em 2023-12-22.
Sócio da associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, UVE: http://www.uve.pt
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
[
Fez-me voltar a a acreditar em milagres.
Abençoada Mobi.e!Leaf 24 com menos de 80% de saúde, carreguei dos 17% ao 100% e o posto mediu 37kwh
Foi uma emoção muito grande
Fez-me voltar a a acreditar em milagres.
- rnlcarlov
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
Já foi dito várias vezes aqui que o modelo de termos CEME e OPC dificulta muito o investimento em novos postos pois quem instala não ganha quase nada. No entanto o surgimento daqueles hubs de PCRs para ubers, fora deste modelo absurdo faz-me pensar se o futuro não passará em parte por se ser sócio de alguma entidade com hubs semelhantes que devido a ter um menor risco consegue praticar melhores preços. O uso ad-hoc deles é de 0,15€/min, ou seja para um carro que carregue 20kWh em 30 min, sai a 0,225€/kWh, um valor que não se encontra em nenhum PCR com OPC.
Para PCNs se calhar é algo mais difícil de por em prática, mas quem sabe, se uma solução destas se alastrar, o dia-a-dia de quem precise de carregar ocasionalmente na rede seja ir ao PCR como quem vai à bomba de gasolina.
- migle
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
Como assim? Não estão a pagar a potência?
Isso explicaria o número desproporcionalmente elevado de postos de 22kW.
Acho que não pode custar o mesmo, não é bom para todos. Deviam é haver mais postos de potências baixas.
De resto, preços entre os 20 e os 30 cêntimos são adequados. Menos que isso, só em casa, com benefícios para toda a gente.
No futuro, espera-se que consumidores frequentes, pessoas que não têm garagem possam beneficiar de tarifários melhores com assinatura mensal.
PS: como é que se estão a repartir os custos dos OPCs? O que é que está mais caro, o equipamento, a instalação, a potência?
- migle
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
Se os municípios cobram pela ocupação do espaço público, só assim se consegue reduzir proporcionalmente a fatia do município.
Depois, todos nós quando fazemos uma instalação em casa, optamos pelo equipamento que vá durar mais tempo, a instalação a pensar no futuro, porque pensariam os OPC de maneira diferente?
A qualquer momento que desejem, podem castrar o posto e adequá-lo à procura. Os custos de ocupação é que baralham as contas.
Não vejo melhor sistema do que o pagamento ao minuto, por escalão de potência (do posto). Esse é o esquema que leva à utilização ótima da rede. E tem o benefício de cobrar pela ocupação além do tempo.
Se houver postos de 22 a mais, castram-se alguns. Mas o investimento do OPC está mais protegido.
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
90% deste tópico não existiria se o modelo de pagamento não englobasse CEME + OPC + Entidade Gestora + Taxas + tacho para o amiguinho + ....
Se o modelo fosse tão simples como: OPC instala e explora o posto, contratando electricidade a quem lhe vender mais barato. Para evitar n cartões, existiria uma forma de pagamento muito simples: MB /CC/dinheiro (moedas)...
Simples, rápido e eficaz...
Mas como neste país há quem ache que não..que este modelo é que é muito bom....

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- mjr
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
Quem paga a potência é o UVE, diretamente ao OPC. A TAR da ME inclui a potência e a energia associada apenas À energia consumida.
Sim, um posto trifásico custa mais que um posto monofásico (esta é a questão principal ao nível do preço, ser mono ou trifásico) essencialmente devido a necessitar de um disjuntor diferencial tipo B. Mas mais 500€ (na verdade será menos) numa conta de 5k€ não me parece muito significativo.
Claro que alguns fabricantes cobram mais por potências elevadas, mas isso é apenas uma questão comercial. O diferencial no custo de produção não é tanto quanto isso.
Sim, um posto trifásico custa mais que um posto monofásico (esta é a questão principal ao nível do preço, ser mono ou trifásico) essencialmente devido a necessitar de um disjuntor diferencial tipo B. Mas mais 500€ (na verdade será menos) numa conta de 5k€ não me parece muito significativo.
Claro que alguns fabricantes cobram mais por potências elevadas, mas isso é apenas uma questão comercial. O diferencial no custo de produção não é tanto quanto isso.
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Re: Início do pagamento total da rede de carregamento
Precisamente onde quero chegar! Instalam postos de 22kW e cobram em conformidade pq o posto é muito caro mas se não há clientes quer em número de VE's quer em VE's que tirem partido disso não vai resultar!mjr Escreveu: ↑25 mai 2020, 16:57O problema desta lógica é que só os Zoe e mais algumas poucas centenas de carros (Teslas com Dual Charger, alguns Smart) é que conseguem aproveitar os 22kW. Portanto a gama de clientes em que a oferta dos OPCs nos PCNs 22kW é interessante é na verdade reduzida.
O que vai acontecer é que se insistirem em acertar o preço do carregamento para uma potência de 22kW vão ter os postos às moscas e terão de em pouco tempo ajustar os tarifários para dar mais rotatividade ao posto.
O mercado vai ajustar... pois mas acho que esse ajuste vai demorar bastante e, consequentemente, a ME é que vai "sofrer". Com estas contas as pessoas vão continuar a comprar CI's porque se já eram mais baratos e cómodos no dia-a-dia se não tiver sequer a contrapartida de ser mais económico ao km só fica pior.
Assim a parte do investimento inicial perde a importância que estava a "justificar" o preço pedido ao uve!
Pois isso acho que todos concordamos e isso sim me parecia verdadeiramente o mercado a funcionar, alguém compra "matéria prima" e a seguir vende ao cliente um produto com o seu lucro, mas em PT há sempre muita gente à mesa...jfr2006 Escreveu: ↑25 mai 2020, 21:5090% deste tópico não existiria se o modelo de pagamento não englobasse CEME + OPC + Entidade Gestora + Taxas + tacho para o amiguinho + ....
Se o modelo fosse tão simples como: OPC instala e explora o posto, contratando electricidade a quem lhe vender mais barato. Para evitar n cartões, existiria uma forma de pagamento muito simples: MB /CC/dinheiro (moedas)...
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