Obrigado pelas tuas palavras. Eu não lhe chamaria "sensibilidade", soa-me a característica demasiado feminina

. As mulheres são claramente menos eficazes que os homens a posicionar-se no espaço, no tempo ou no SoC. Eu nisso (e em tudo o resto), não sou nada feminino, como é evidente pela eficácia com que guio o meu carro. Mas se o carro falasse, já lhe tinham perguntado e a questão tinha ficado logo resolvida. Elas preferem sempre perguntar a pensar. Ou então às capacidades de uma balança (o que faço vai mais além do que apenas apresentar valores). Gosto mais de percepção aguçada, tão exacerbada que já entra no domínio da obsessão. Depois, estamos mal se para alguém ver desaparecer uma barra sem andar não o preocupa. Não é um pormenor, com 5% de SoC, "sensível" como sou, faço 10 km. Este SoC que o I-MiEV mostra é um bocado errante, não é como o do Leaf, certinho. Todos, até ontem, pensavam, que este valor não dependia da temperatura. Espero ter aberto o olho a muita gente, de uma ponta à outra do mundo. Quando eu mostrei a minha bateria a 14,5% de SoC e o carro parado, se calhar ele tinha era 4.5% (podemos imaginar que ele estava a 36ºC, quando passou para 30º C aumentou o SoC em 5% e baixou dos 25ºC adicionou mais 5%). Alguns, eu incluído, viram um cenário assustador. Foi esses cenário que me permitiu conhecer, individualmente, cada uma das minhas células, como se uma turma de alunos se tratasse. Foi esse cenário que me levou a pensar na localização interna da 19 ou da 73, que já não deixa dúvidas a ninguém.
Penso, no entanto, que o mais provável é ele ter parado com 9,5% da carga (14.5% - 5%). E assim, se o impedir de andar a fazer estes acertos de SoC (acho que nunca os faz ligado) tenho sempre direito à minha tartaruga. Por fim, vou escrever aquilo que a minha sensibilidade (agora sim, o termo é bem aplicado, no que se refere ao contexto em que costuma ser aplicado) me tem impedido de escrever aqui, mas as verdades são para se dizer, custe o que custar. A degradação da bateria dos i-MiEV é inferior a da bateria dos Leaf. Conheço como poucos os Leaf que por aqui circulam, conheço como ninguém em Portugal i-MiEV de todo o mundo, mesmo em sítios na Austrália ou no Texas onde faz mais calor que aqui. Alguns de 2011, como o meu. Até agora não há um único, um que seja, que não carregue as 16 barras, ou seja, que não carregue até 92,5%. Na realidade, não há um único utilizador imievesco, dos muitos que conheço, que refira que nota uma perda de capacidade (as situações que têm ocorrido é com uma ou duas células defeituosas, ou com deixar o carro descarregado uns meses). Mas a perda está lá, na última barra, só que estamos a falar de 2%, 3% , 4%, e eles nem notam. Mais uma vez, o tempo vai dizer se tenho razão ou não, mas cento e tais células amontoadas umas em cima das outras, à partida têm mais dificuldade em dissipar calor do que 88 distribuídas num único plano.
Entre um pack ainda mais fresco e um habitáculo tórrido, a escolha que faço é abrir as janelas.