Conferência telefónica de dados financeiros Q1 2018
Estive a escutar na integra a conferência telefónica de dados financeiros relativa ao primeiro trimestre de 2018
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Como é habitual a parte mais sumarenta destas chamadas são as perguntas e respostas, onde por vezes Elon Musk desvenda alguma novidade ou o progresso de determinado projecto.
Uma das coisas que ficou esclarecida logo nos comentários iniciais de Elon Musk foi a questão da "demasiada automação". Não se está a falar de tornar as linhas de produção mais manuais. Está-se a falar em substituir alguns robots que estão a realizar tarefas que são complicadas para uma máquina mas simples para humanos.
O exemplo dado foi o flufferbot, robot que tinha como missão colocar uma camada de tecido suave e felpudo por cima das baterias. Para um humano é bastante simples mas as garras mecânicas dos robots não são muito adequadas para agarrar em bolas de pêlo! No final acabaram por fazer testes e descobrir que afinal nem precisam dessa camada de tecido.
Elon Musk está convencido que a breve prazo o Model 3 vai ser o carro mais vendido na sua gama (BMW série 3, Audi A4, etc). Enquanto reservista isto interessa-me.
Por um lado quanto mais carros forem vendidos maior será a disponibilidade de peças e as reparações tornar-se-ão mais baratas.
Por outro lado temo que os Service Centers fiquem à pinha.
Relativamente à condução autónoma total a previsão actual é para estar tecnicamente pronta em 2020. Além da questão técnica há toda uma legislação que é preciso mudar.
Pessoalmente não tenho interesse no Autopilot actualmente vendido com os Tesla, principalmente devido ao tipo de utilização que dou às viaturas.
A autonomia total nível 5 interessa-me mas ainda está muito longe para influenciar qualquer decisão.
Por estes motivos confirmo a minha decisão de não optar por algum pacote Autopilot. No dia que a autonomia total estiver disponível verei se é possível activar essa opção à posteriori e avaliarei se vale a pena.
Mais uma vez Elon Musk reiterou que os Superchargers não são um espaço vedado. Se outro fabricante quiser utilizar os superchargers poderá fazê-lo desde que pague a sua parte dos custos de implementação, manutenção e energia.
Até à data não houve interessados.
Para os actuais proprietários Tesla abrir os Superchargers a outras marcas pode parecer abdicar de uma certa exclusividade, e até compreendo que poderá trazer problemas em zonas sobrecarregadas onde já há filas para carregar, mas olhando de uma forma global acho que seria positivo para a mobilidade eléctrica (além de poder trazer mais algum dinheiro à Tesla para amortizar o investimento).