10-05-2012
Carlos Tavares em entrevista à Auto Foco
Em Fevereiro de 2011, Carlos Tavares chefiou a delegação da Nissan que assinou acordo com o governo português para a construção de fábrica de baterias de iões de lítio para automóveis eléctricos na Renault de Aveiro. No entanto, em Dezembro, balde de água fria, com o anúncio da desistência de projecto que significava investimento de 156 milhões dc euros. Este ano, adeus incentivo estatal de 5000 EUR para a compra de carros com zero emissões...
P. Portugal posicionou-se na linha da frente no estímulo à compra de carros eléctricos, ao lado de Renault e Nissan, mas o tema saiu da agenda política. Merece-lhe algum comentário?
R. Portugal começou com força, com vontade de criar um cluster que permitisse tornar o carro eléctrico um factor de desenvolvimento, com investimento em tecnologias de ponta e energias renováveis. Aconteceram várias mudanças, desapareceram os incentivos governamentais, o que lamento. Ainda assim, recordo que o MOBI.E existe e é um sistema operativo inteligente que deve trabalhar-se. Portugal não produz petróleo e tem todo o interesse em aumentar a independência energética, apostando na hidroeléctrica e no aproveitamento do sol e do vento para reduzir a factura das importações. E também tem interesse nas tecnologias para carros eléctricos (postos de carregamento, software, componentes...).
P. A desistência da Nissan de construir fábrica de baterias em Aveiro não contribuiu para esse... Desinteresse?
R. Não ajudou, claro, mas tratou-se de opção pragmática de organização dos investimentos. O país deve ter iniciativa e deve fazer com que o mix de energias renováveis aumente! Uma parte importante das receitas provém do turismo. Imagine o potencial de criação de ecossistemas nos centros históricos das cidades onde fosse proibida a circulação de carros com motores convencionais... Aumentar-se-ia a qualidade de vida e, assim, o atractivo turístico... E do nosso interesse, visão de futuro muito sustentável que não pode depender da existência de fábrica de baterias. Tratou-se apenas de um percalço, não de um travão, pois existe muita gente em Portugal que continua a acreditar neste caminho.
A aposta na electrificação automóvel
P. Não pretendem reforçar-se apenas com um modelo no topo da gama? Fala no plural sempre que aborda este assunto...
R. - Sim, equaciona-mos vários automóveis. O programa arrancará coma nova geração do Espace, em 2014, e está decidido que pretendemos marcar pontos no segmento 0 e acima!
P. O Laguna não satisfez as expectativas?
R. É verdade, mas existem três Laguna... O design da traseira da berlina não foi apreciado, não podemos negá-lo. Já carrinha e coupé foram bem recebidos e é preciso direccionar as forças de vendas para as carroçarias mais bem-sucedidas.
P. Qual é o ponto da situação no programa de electrificação? Já têm três modelos no mercado e preparam o lançamento do Zoe...
R. A estratégia de electrificação está a ser implementada com rigor. Anunciámos quatro automóveis e três já estão à venda. O Zoe é o primeiro com arquitectura pensada de raiz para este tipo de mobilidade atem níveis fora de série de resposta dinâmica, agilidade aprazar de condução. Estes produtos não se canibalizam, pois concorrem em segmentos diferentes. Estamos bem colocados para sermos n.° 1 nesta tecnologia. Na Renault, com o aluguer das baterias, seguimos fórmula que estimula a difusão.
P. E qual é o caminho a seguir no domínio dos motores de combustão interna?
R. - Primeiro, nos Diesel, sem arrogância, somos os melhores da indústria, à frente de todos os construtores alemães! No Mégane, por exemplo, temos 1.5 capaz de 3,5/100km e90g/km deCO2. Também estamos a introduzir nova geração de motores a gasolina (TCe), de 3 e 4 cilindros. Nenhuma marca conseguiu tantos sucessos na F1, com 10 títulos em 30 anos. E os nossos engenheiros rodam nas funções de forma a transportarmos a eficiência do desporto para os carros de todos os dias.
Entrevista realizada e publicada por Auto Foco.

Carlos Tavares em entrevista à Auto Foco
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