Normalmente, se lhe dissessem que um CEO de uma marca automóvel lhe estava a pedir para não comprar os automóveis da sua marca, iria pensar que ou este homem estava prestes a ser despedido ou tinha enlouquecido. Mas, apesar de normalmente os responsáveis máximos das marcas procurarem vender sempre mais, o CEO da Fiat acaba de fazer exatamente o oposto e pediu aos clientes para não adquirirem o modelo híbrido 500E pois cada unidade vendida representa um prejuízo de 10000€ para o grupo.
“Se está a pensar em comprar um Fiat 500 E, espero que não chegue a realizar a aquisição, pois cada vez que vendo um custa-me 14.000 dólares” (aproximadamente 10000€), indicou Sergio Marchionne. O homem-forte da Fiat Chrysler Automotive (FCA) afirmou também que a única marca que está a fazer lucro com os veículos elétricos é a Tesla, e apenas devido ao elevado preço de venda dos seus modelos.
Desde 2011 que era do conhecimento público que o Fiat 500 E se tratava de um "mau negócio" para o grupo, embora na época os valores negativos que cada unidade representava para a marca estivessem avaliados em 7340€, valor que se provou agora estar errado por cerca de 3000€. Marchionne apenas não referiu se o prejuízo se deve a elevados custos de materiais em relação ao baixo preço do automóvel (que seria resolvido descontinuando o modelo) ou se pelo enorme custo de desenvolvimento (que poderia ser absorvido com um aumento da produção).

Sergio Marchionne pede a clientes que não comprem Fiat 500 E
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Sergio Marchionne pede a clientes que não comprem Fiat 500 E
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Re: Sergio Marchionne pede a clientes que não comprem Fiat 5
Os Governos também não têm muito interesse que se desenvolvam muitos carros eléctricos. Onde vão depois buscar impostos como o ISP? Com a luz ficam apenas com o IVA, mas como a base de incidência é muito menor, vejam quantos milhares de milhões de euros isto não representa...logo os lobbies estão e vão estar bem instalados...até haver uns quantos "maluquinhos" que inventam e outros que vão comprando e a muito custo tentando mudar as mentalidades e os lobbies...
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Re: Sergio Marchionne pede a clientes que não comprem Fiat 5
Eles já têm isso tudo pensado...
A comissão de reforma para a fiscaliadade verde até para os CI já tem em cima da mesa para avaliação um imposto por KM realizado...
Assim que os VE tiverem expressão, começarão a pagar também a taxa por quilómetro rodado...
A comissão de reforma para a fiscaliadade verde até para os CI já tem em cima da mesa para avaliação um imposto por KM realizado...
Assim que os VE tiverem expressão, começarão a pagar também a taxa por quilómetro rodado...
Portagens para entrar nas cidades, taxas sobre circulação automóvel, sacos de plástico e resíduos, etc.
O automóvel é já a maior fonte de receita de impostos com relevância ambiental em Portugal. De acordo com o relatório preliminar da comissão para a reforma da fiscalidade verde, os impostos directamente relacionados com a compra e a utilização do automóvel representaram em 2012 uma receita de 3564 milhões de euros. Este valor, que resulta dos impostos sobre veículos, petrolífero e de circulação, corresponde a dois terços da receita anual da fiscalidade associada ao ambiente, cuja receita total ultrapassa os 5 mil milhões de euros e vale 14% da cobrança fiscal total.
Não será pois de estranhar que muitas das propostas que vierem a ser estudadas e apresentadas pela comissão nomeada pelo executivo passem pelo enquadramento fiscal e parafiscal da aquisição e utilização do veículo, com o objectivo de influenciar comportamentos, seja incentivando opções como a mobilidade eléctrica, seja dissuadindo práticas com impacto negativo, como o uso excessivo do automóvel particular. Os transportes são aliás um dos sectores em que se encontram mais exemplos internacionais de impostos ou taxas com motivação ambiental, conforme demonstram os casos analisados pela comissão liderada por Jorge Vasconcelos.
São várias as opções possíveis neste campo, das famosas portagens para entrar nas grandes cidades, uma ideia já defendida por alguns para Lisboa, mas que perdeu força com a queda do tráfego provocada pela crise, passando por um projecto para tributar a circulação automóvel em função das distâncias percorridas. Esta proposta finlandesa obrigaria à instalação de um dispositivo electrónico como o famoso chip que por cá esteve para ser uma imposição e que poderá voltar a ser obrigatório para quem circular em auto-estradas sem cobrança física, como as antigas Scut.
O debate sobre a reforma dos impostos verdes promete revisitar outros temas que já levantaram polémica em Portugal, como a taxa sobre os sacos de plástico. O sector dos resíduos, cujas receitas são actualmente marginais, será também um foco previsível das novas medidas que serão apresentadas até 30 de Junho.
Outra área em que se esperam novidades em termos fiscais são os impostos sobre imóveis, em que actualmente a componente ambiental tem muito pouco peso.
O objectivo da reforma é recentrar o sistema fiscal para a protecção do ambiente, focando em comportamentos, mas assegurando a neutralidade fiscal, ao desonerar impostos sobre rendimento.
Sacos plásticos.Taxa na Irlanda fez cair uso para 21 sacos por pessoa por ano
Em 2002, a Irlanda introduziu uma taxa de 15 cêntimos sobre o fornecimento de sacos de plástico pelos comerciantes aos clientes. A taxa reduziu 94% este tipo de resíduos e deu receita de 9,6 milhões de dólares (6,5 milhões de euros) que se destinou a um fundo verde para fins ambientais. O número de sacos usados por cada pessoa num ano foi reduzido de 328 para 21. Mas o consumo per capita anual voltou a subir para 31 sacos e em 2007 Dublin aumentou a taxa para 22 cêntimos. O objectivo desta medida é reduzir o consumo por pessoa para 21 unidades por ano. Os lojistas beneficiam igualmente da medida, já que compram menos sacos de plástico e passaram a disponibilizar sacos reutilizáveis cujo preço mínimo é de 70 cêntimos. O fisco controla o registo de compras feito pelos comerciantes. A ideia de taxar os sacos de plástico tem vindo a ganhar força na União Europeia. A Comissão Europeia quer cortar 80% o número de sacos usados até 2019. A ideia foi estudada em Portugal pelo governo de Sócrates, mas não avançou, e o tema foi de novo proposto recentemente pelo PS. Algumas cadeias de distribuição já cobram pelos sacos um valor simbólico de 2 cêntimos.
Portagens nas cidades. A taxa para entrar em Londres gera receita de 107 milhões
O sistema é usado em cada vez mais cidades para reduzir o congestionamento. Londres começou a cobrar portagem de entrada em 2003: os automóveis pagam 10 libras (7,2 euros) por
dia para entrarem numa zona demarcada nos dias úteis entre as sete da manhã e as seis da tarde. O acesso é controlado por câmaras e prevê descontos e isenções para veículos menos poluentes como os eléctricos. A taxa reduziu as emissões e levou a maior procura de transportes públicos. Em 2010 gerou receita de 148 milhões de libras (180 milhões de euros) que financia os transportes públicos e os acessos urbanos. Mas ao contrário do que sucedeu em Estocolmo, em Londres o congestionamento acabou por regressar aos níveis anteriores, em parte devido a obras generalizadas nas estradas e à redução do custo de estacionar para responder às queixas dos lojistas. Na capital sueca, a taxa varia consoante a hora do dia e pode ser paga por débito automático. Foi introduzida em 2006, levou à queda em 25% do tráfego e tem o apoio crescente da população. A portagem à entrada em Lisboa chegou a ser estudada no governo de Santana Lopes, mas a decisão final caberá sempre às autarquias.
Carros eléctricos. Portugal já teve um dos planos mais ambiciosos, mas ficou na gaveta
Os países nórdicos têm sido pioneiros na aposta na mobilidade eléctrica para reduzir o impacto ambiental dos transportes. A Noruega é líder mundial de carros eléctricos, tendo vendido 10 mil veículos em 2012, enquanto Portugal não passa das 1860 unidades vendidas. Os veículos eléctricos têm uma penetração de 5% no parque automóvel norueguês, que investiu numa rede 3500 postos, dos quais 100 de carregamento rápido. Estes veículos estão isentos de impostos como IVA na compra e de taxas de estacionamento. Outros países subsidiam a aquisição de veículos e espaços de carregamento. Berlim e Barcelona são cidades que têm mecanismos de incentivo ao uso de carros eléctricos. A Irlanda lançou em 2009 um sistema com vários apoios com o objectivo de ter uma quota de 10% de veículos eléctricos em 2020. Portugal lançou em 2010 um programa com metas ambiciosas para a mobilidade eléctrica. O projecto MOBI.E, de Sócrates, apostava na maior rede nacional de carregamento com 1350 postos e isenções e outros incentivos à compra de veículos. O programa esteve ligado à construção da fábrica de carros eléctricos da Renault/Nissan, mas foi suspenso.
Automóvel. Chips para controlar e contar quilómetros percorridos por todos os carros
A Finlândia conheceu em Dezembro de 2013 um relatório que propõe uma tributação automóvel baseada na quilometragem percorrida. A proposta dada a conhecer prevê um preço médio de 3,3 cêntimos por quilómetro (3,3 euros por 100 km), num valor que varia conforme o nível de emissões do veículo em causa e também a região onde foram percorridos aqueles km. Para aplicar este sistema, calculou o grupo de trabalho que apresentou a proposta, o governo finlandês teria que investir 130 milhões de euros na criação do sistema e mais 330 milhões de euros para a instalação em todos os veículos existentes no país de equipamento de controlo dos percursos, quilómetros e viagens feitas por todos os habitantes da Finlândia. Além do controlo total sobre onde os seus habitantes andam, o governo iria ainda permitir que o operador deste serviço cobrasse a todos os finlandeses 10 euros anuais pelo equipamento que os controla. A protecção da privacidade, por razões óbvias, é um dos grandes entraves desta medida. Contornar a privacidade é a solução proposta:na teoria, diz o relatório, a informação seria apenas acedida pela administração fiscal.
Resíduos. Taxar o lixo ao quilo para reduzir 50%os resíduos gerados pelas famílias
Contam-se 19 países da UEcom impostos de aterro para resíduos urbanos não perigosos, variando entre €3 por tonelada na Bélgica e €107,49 na Holanda. Já os impostos sobre incineração são algo menos comum, com apenas seis países da UEcom um imposto deste género em 2011, também com uma larga amplitude de taxas:dos €2,4 de França aos €174 na Alemanha. É no entanto no sistema Pay-as-you-throw que parece estar a chave da redução dos resíduos:utilizado já em 17 países da UE, este é um modo de fazer reflectir nas famílias uma taxa sobre o lixo que originam. A forma de cobrança varia, desde os países que aplicam um valor anual fixo, aos que cobram uma taxa sobre os sacos de lixo obrigatórios, que começa nos €0,65 num saco de 17 litros, passando pela simples cobrança ao quilo, com taxas de €0,17 aos 0,36€. Os ganhos destas medidas surgem porque as taxas incentivam a reciclagem e a compostagem – deixar fermentar resíduos agrícolas e urbanos –, estando comprovado que na Alemanha um município viu a geração de resíduos baixar de 22 mil toneladas para 12 mil, sem aumento da deposição ilegal de resíduos. Na Irlanda, as reduções chegaram aos 49% no primeiro ano.
Aviação. Impostos e taxas já têm vindo a aumentar mas ainda há isenção de tributação energética
Por razões históricas, a aviação tem beneficiado de várias isenções de impostos, sobretudo ao nível da energia. Mas já há alguns exemplos que podem ser seguidos. A dificuldade de avançar de forma unilateral com a tributação de jet fuel na Europa, já que tal levaria as companhias a abastecer em países que mantivessem a isenção, não foi impedimento para Noruega, Japão ou Holanda avançarem por aí. No primeiro caso, desde 1999 que os noruegueses cobram às companhias 0,033€/litro, mas só nos voos internos. Mas mais do que taxar o consumo, para os especialistas é mais eficaz a penalização das emissões, já que incentivará as companhias a reduzi-las. Na Suíça, por exemplo, há também lugar a taxas sobre o ruído, que variam consoante o dano marginal de cada aeroporto. Outro exemplo da Noruega:desde 1995 que são aplicadas taxas sobre as viagens para as quais há alternativa na ferrovia. NaAlemanha, aplica-se um imposto fixo por passageiro com três escalas distintas dependendo das distâncias:8€ nos voos domésticos, países da UE e países terceiros na mesma banda de distância;25€ para voos até 6000 km não incluídos na anterior;e 45€ para os restantes.
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Re: Sergio Marchionne pede a clientes que não comprem Fiat 5
Porque achas que marcas de Ve fecham...não dá lucro,....uma das grandes causas da Vectrix ter fechado foi mesmo esse...e não vai ser a única....
A Tesla ainda está sob efeito de balão de ar (entrada na bolsa+entrada da MB+entrada de milhões do estado americano+entrada constante de dinheiro vivo de carros que ainda não venderam)...mas espero que resulte!
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Re: Sergio Marchionne pede a clientes que não comprem Fiat 5
O empréstimo do estado já foi devolvido e a Tesla tem entre 20% a 25% de lucro com o Model S.
É fácil obter lucro a vender automóveis elétricos a preços de mercado "premium", difícil é obter lucros a vender VE com preços que as massas consigam pagar.
É fácil obter lucro a vender automóveis elétricos a preços de mercado "premium", difícil é obter lucros a vender VE com preços que as massas consigam pagar.
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Re: Sergio Marchionne pede a clientes que não comprem Fiat 5
Os grandes fabricantes têm lucros não na montagem mas no que fazem....e o que fazem hoje em dia Bmw e Mercedes, por exemplo? Motores....o resto mandam fazer....
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