As tarifas máximas de serviço para os pontos de carregamento rápido até final de 2012 serão superiores ao custo da electricidade que abastecerá os veículos e nos pontos normais deverão representar um terço do custo total de carregamento.
"Recorrer a um carregamento rápido de um carro eléctrico na auto-estrada deverá custar mais em taxas de serviço do que na própria electricidade que estará a ser adquirida, de acordo com as tarifas provisórias estabelecidas por uma portaria do Governo.
Na fase-piloto da rede da mobilidade eléctrica, estarão em vigor tarifas provisórias e no caso dos pontos de carregamento rápido “as tarifas de serviço máximas para remuneração da actividade de operação de pontos de carregamento são de € 0,20 / kilowatt-hora”, refere uma portaria hoje publicada.
Trata-se de um custo que, a ser aplicado, será superior ao da própria energia que servirá para alimentar o veículo. A título de exemplo, a tarifa simples de electricidade actualmente cobrada pela EDP Serviço Universal é de 10,27 cêntimos para potências inferiores a 2,3 kVA e de 13,26 cêntimos para potências superiores.
Já nos pontos de carregamento normal a tarifa de serviço máxima será de 0,07 euros por kilowatt hora para o período fora de vazio e de 0,03 euros por kWh para o período de vazio, o que significará que, se forem aplicados esses valores, o proprietário de um veículo eléctrico estará a pagar sensivelmente um terço do custo de abastecimento em taxas de serviço.
As tarifas de serviço serão suportadas pelo utilizador do carro eléctrico no pagamento à empresa comercializadora de electricidade que tiver contratado como membro da rede Mobi.E. Caberá depois ao comercializador passar as taxas de serviço aos operadores dos pontos de carregamento (que serão, juridicamente, entidades distintas), para lhes permitir a recuperação dos custos de investimento na instalação de infra -estruturas e respectivos custos de operação e manutenção.
As taxas de serviço efectivamente a aplicar até final de 2012 dependerão de uma fórmula de cálculo já definida pelo Governo, que terá em conta os custos de instalação dos equipamentos, os custos de manutenção, o horizonte do investimento e o valor residual dos equipamentos, entre outros aspectos.
Os pontos de carregamento normal prevêem um tempo de abastecimento entre 6 e 8 horas, enquanto os rápidos, destinados às estações de serviço nas auto-estradas e em vias de ligação entre os concelhos aderentes ao projecto-piloto, deverão carregar os veículos em 20 a 30 minutos.
A fase-piloto do projecto da mobilidade eléctrica (Mobi.E) prevê a disponibilização de 1.300 pontos de carregamento normal e 50 de carregamento rápido."
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