No mês de dezembro de 2020 rescindi o contrato de fornecimento de electricidade com a Endesa. Qual é o meu espanto que no dia 1/06/2021, mais seis meses depois recebo uma factura com um valor em divida. Entre telefonemas e vários emails onde expliquei que não tinha nada a pagar a Endesa enviou o caso para contencioso, onde comecei a receber chamadas automáticas uma vez por dia, depois passou a duas vezes por dia e depois passou a chamadas e SMS da empresa de contencioso. Mesmo depois de esclarecer a empresa de contencioso que não havia divida nenhuma porque haver qualquer valor este já tinha prescrevido, a coação continuou. Até que resolvi apresentar uma reclamação na ERSE e no Portal da Queixa.
Mais de dois meses depois (5/08/2021) do inicio desta coação recebi então este email da Endesa:Venho por este meio apresentar uma reclamação junto de vós porque a Endesa desde o dia 1/06/2021 me tem tentado coagir a pagar um valor de 15.75€ correspondente a uma factura com a data de 25/12/2021. O que por lei é ilegal visto a factura ter mais de 6 meses.
Rescindi o contracto com a Endesa no mês de dezembro e nesse mesmo mês foi emitida uma factura com o valor de 234.93€ que foi pago na totalidade. No dia 1/6/2021, mais de 6 meses depois, recebi uma nova factura com o valor de 250.68€. Nesse mesmo dia entro em contacto com a Endesa a questionar a factura visto já não ser cliente da Endesa a mais de 6 meses. No dia 2/6/2021 recebo uma nota de crédito no valor de 234.93€. Voltei a questionar a Endesa nesse mesmo dia acerca da nota de credito, onde me informaram que como eu já tinha pago o valor de 234.93€ da factura emitida em dezembro faltava então pagar 15.75€, valor este que é correspondente um erro por parte da Endesa na facturação de dezembro. Como está na lei nº 23/96, de 26 de Julho. Diz, no Artigo 10º no ponto 1, que “O direito ao recebimento do preço do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a sua prestação”. ou como se pode ler no ponto 2 - Se, por qualquer motivo, incluindo o erro do prestador do serviço, tiver sido paga importância inferior à que corresponde ao consumo efectuado, o direito do prestador ao recebimento da diferença caduca dentro de seis meses após aquele pagamento.
Peço que a Endesa acabe esta coação, a Endesa não tem direito a qualquer valor a ser pago por mim, porque os valores reclamados a existirem, são referentes a uma factura que já prescreveu
Foram precisos mais de dois meses e uma reclamação na ERSE para estes senhores pararem de me coagir a pagar um valor que não lhe era devido. Estas empresas são Mafias dos tempos modernos que querem extorquir dinheiro as pessoas usando métodos de intimidação com processos em tribunais, penhoras e afins.Processo Endesa nº CA-08945651
Processo Livro Reclamações Online nº ROR00000000001190234
Refª ERSE nº 1/20436/2021
Exmo. Senhor
Acusamos a receção da exposição apresentada por V. Exa, no Livro de Reclamações Online da Endesa Energia, a qual mereceu a nossa melhor atenção e originou a abertura de processo interno nº CA-08945651.
No seguimento da exposição apresentada, informamos que procedemos à prescrição do valor pendente de liquidação de 15,75€, associado ao documento pagamento nº 21060310100285299 emitido a 01-06-2021, referente a consumos realizados entre 11-10-2020-10-11 a 23-12-2020, de acordo com o solicitado por V. Exa. e previsto na legislação em vigor, pelo que não se encontra na presente data, qualquer valor pendente de pagamento com a Endesa Energia.
Na esperança de termos esclarecido todas as questões inerentes à situação, permanecemos à disposição de V. Exa para o esclarecimento de quaisquer outras dúvidas ou questões que considere oportunas, contactando telefonicamente o nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, através do nº 800 101 033, ou presencialmente nas nossas lojas de Lisboa e Porto.
Partilho isto convosco para que em caso de serem coagidos a pagar valores de facturas com mais de 6 meses não o façam e apresentem queixa as entidades competentes. Não se deixem intimidar com as ameaças destas empresas. Esta empresa (Endesa) não é uma empresa de bem e age de má fé tentado extorquir dinheiro que não lhe é devido.