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BrunoAlves Escreveu: 26 mar 2019, 10:11 Na minha opinião, tens PCR porque são absolutamente fundamentais para a mobilidade. O investimento é muitíssimo significativo e o retorno não é garantido, só com utilização frequente dos postos. Já dizia o outro, é fazer as contas

Na AG da UVE neste fim de semana abordamos o assunto dos PCR´s e foi nos dito que um PCR para não dar prejuízo tem de ter pelo menos 7 carregamentos por dia, ora se lá estiver carros acampados durante horas a fio perde-se essa rotatividade, logo dá prejuízo.

Por isso é que eu digo que a partir de determinado tempo para cima (digamos 30 ou 45 minutos), cada minuto extra devia ser a doer. De certeza que não tinhamos situações destas de carros "abandonados" no PCR a carregar a 3kW...

Nonnus Escreveu: 26 mar 2019, 13:55 Na AG da UVE neste fim de semana abordamos o assunto dos PCR´s e foi nos dito que um PCR para não dar prejuízo tem de ter pelo menos 7 carregamentos por dia, ora se lá estiver carros acampados durante horas a fio perde-se essa rotatividade, logo dá prejuízo.

Espero que a sustentabilidade económica dos OPCs não seja preocupação da UVE, para manter a isenção da associação.

De uma forma muito simplificada, vou tentar expor o que considero por ganhos do PCR versus PCN.
Vamos supor que temos dois postos um PCR de 100kW e um PCN de 7.4 kW no mesmo local.
Teoricamente, o PCR permite em frações de 20 minutos, fazer 3 carregamentos de 33kWh que satisfaz as necessidades da maioria dos bev para seguir viagem que neste exemplo seriam 3 utilizadores. Enquanto o PCN numa hora só permitiu fazer um carregamento de 7kWh que é manifestamente insuficiente para os bev da 1ª geração seguir viagem sem angústias de autonomia.
Quanto ao elevado investimento considero que o mesmo está sobrevalorizado, devido aos fabricantes reconhecerem a imaturidade da ME e pretenderem ter um payback o mais acelerado possível, aliás é o que acontece em todos os mercados concorrenciais, desde que o mesmo esteja disposto a pagar. Também não nos devemos esquecer, que o investimento tem um prazo de amortização fiscalmente aceite menor que a sua vida útil.

O que defendo para bem da ME, é que na rota da grande mobilidade, haja condições idênticas para todos os seus utilizadores e não haver discriminação negativa pelas caraterísticas técnicas dos bev.

RNM Escreveu: 26 mar 2019, 14:20

Nonnus Escreveu: 26 mar 2019, 13:55 Na AG da UVE neste fim de semana abordamos o assunto dos PCR´s e foi nos dito que um PCR para não dar prejuízo tem de ter pelo menos 7 carregamentos por dia, ora se lá estiver carros acampados durante horas a fio perde-se essa rotatividade, logo dá prejuízo.

Espero que a sustentabilidade económica dos OPCs não seja preocupação da UVE, para manter a isenção da associação.

Impressionante, como alguém que não esteve lá, consegue logo tirar conclusões daquilo que foi falado e o que devia ser falado.

Sabes como é que o assunto foi abordado e porque é que foi abordado? Sabes se foi a UVE a puxar o assunto ou se foi algum membro da direcção da UVE a dar essa explicação?

Temos mesmo que ir por ai, num tópico que fala dos carregamentos?

Por exemplo, eu como utilizador dos PCR´s preocupa-me o facto dos OPC´s não terem lucro. Acho que qualquer pessoa consegue perceber se os OPC´s não tiverem lucro a ME simplesmente não avança. Achas que o governo vai continuar a dar incentivos o resto da vida a ME?

Posto isto, até acho que a UVE como associação que representa os utilizadores de veiculos electricos também se deve preocupar (não é, é pelos motivos que queres insinuar, mas por esses respondes tu) com o facto dos OPC´s não terem retorno financeiro, porque isso implica que o avanço da ME não seja mais célere. É difícil de perceber isto?

Nonnus Escreveu: 26 mar 2019, 13:55foi nos dito que um PCR para não dar prejuízo tem de ter pelo menos 7 carregamentos por dia

Desconfio que se isso fosse verdade não andavam a instalar novos PCR's... mas se calhar é melhor aumentar os preços dos PCR's, está tão barato!

Obviamente que sendo necessários OPCs para manter a infra-estrutura de carga em funcionamento a respetiva sustentabilidade deve ser preocupação de TODOS aqueles que têm interesse na mobilidade elétrica. Olhar para o lado e dizer que não é comigo não resolve nada e não pode nunca, a meu ver, ser a atuação de uma associação do setor como é o caso da UVE.

Nonnus Escreveu: 26 mar 2019, 14:50
Impressionante, como alguém que não esteve lá, consegue logo tirar conclusões daquilo que foi falado e o que devia ser falado.

Sabes como é que o assunto foi abordado e porque é que foi abordado? Sabes se foi a UVE a puxar o assunto ou se foi algum membro da direcção da UVE a dar essa explicação?

Temos mesmo que ir por ai, num tópico que fala dos carregamentos?

Por exemplo, eu como utilizador dos PCR´s preocupa-me o facto dos OPC´s não terem lucro. Acho que qualquer pessoa consegue perceber se os OPC´s não tiverem lucro a ME simplesmente não avança. Achas que o governo vai continuar a dar incentivos o resto da vida a ME?

Posto isto, até acho que a UVE como associação que representa os utilizadores de veiculos electricos também se deve preocupar (não é, é pelos motivos que queres insinuar, mas por esses respondes tu) com o facto dos OPC´s não terem retorno financeiro, porque isso implica que o avanço da ME não seja mais célere. É difícil de perceber isto?

Não conclui nada nem insinuei nada.
Mas agora que o vemos exaltado, se calhar serviu a carapuça a alguém...

Disclamer: eu comercializo baterias second-life, algo que influencia o valor futuro dos VEs e não quero nenhuma associação preocupada com o meu negócio.
Cada macaco no seu galho.

mjr Escreveu: 26 mar 2019, 14:58Obviamente que sendo necessários OPCs para manter a infra-estrutura de carga em funcionamento a respetiva sustentabilidade

A questão acho que é essa, são precisos tantas "entidades"? CEME, OPC, etc...

mjr Escreveu: 26 mar 2019, 14:58 Obviamente que sendo necessários OPCs para manter a infra-estrutura de carga em funcionamento a respetiva sustentabilidade deve ser preocupação de TODOS aqueles que têm interesse na mobilidade elétrica. Olhar para o lado e dizer que não é comigo não resolve nada e não pode nunca, a meu ver, ser a atuação de uma associação do setor como é o caso da UVE.

A preocupação deve ser com os postos, não com o lucro. As empresas fazem as suas apostas. Se perdem ou ganham é com elas. Se perderem aparecem outras, visto que os carros na estrada não desaparecem.
De resto, plenamente de acordo.