Intervalo para um breve regresso à batteryuniversity para ler melhor sobre o Peukert e eficiência coulômbica...mjr Escreveu:O problema dos contadores de energia IN e OUT é que dependem muito da corrente. A correntes baixas a energia retirada da bateria é superior à energia retirada da bateria a correntes altas. Por duas razões: Perdas na Ri da bateria e algum efeito Peukert (no lítio é residual, mas existe). O mesmo acontece na carga, mas ao contrário. Esta é a razão pela qual se mede a capacidade das baterias em Ah, pois a menos do efeito Peukert, as cargas elétricas que se coloca e retira na bateria são praticamente iguais (a chamada eficiência "Coulombica").
Vou ter mais cuidado com os termos eficiência coulômbica, eficiência voltaica e eficiência energética.
Isso eu já sabia. Basta olhar para as curvas de descarga a vários C... se a energia obtida é a área do gráfico...mjr Escreveu:Há fabricantes que optam por apresentar a energia armazenada no pack multiplicando os Ah pela tensão média de descarga. Se descarregarmos mais devagar conseguiremos extrair mais energia (a tensão média será superior), se descarregarmos mais rápido que a média teremos menos energia.
Portanto, o que eu devia ter concluído antes é que, ao contrário do que eu disse, não é realmente boa ideia fiarmo-nos no consumo médio e distância percorrida, mesmo que esses contadores sejam muito fiáveis. Ou arriscamo-nos, precisamente no caso em que gastamos muita energia, a ficar parados na estrada porque a descarga da bateria não rendeu tanto como o habitual.
Mas eu tenho contadores de Coulombs (aliás, Ah) carregados e descarregados, os tais CCC e CDC. Eu disse antes que não estou a conseguir ler os contadores de energia (kWh) com o meu dongle OBD da China; só consigo ler os de carga. Por essa razão fiz o gráfico da curva de descarga com V no eixo vertical e Ah no eixo horizontal.
E nesse gráfico vejo logo valores de tensão significativamente mais altos para o mesmo SoC quando está a carregar, e mais baixos a descarregar. Mais ou menos como neste outro que é V vs. SoC:

Então, ao ver isto a tentação é logo medir aquela área, entre a curva de baixo e a curva de cima, e dizer que essa área é a energia que se perdeu.
Aliás, a tentação é também eu medir a área por baixo de cada uma das curvas, até ao eixo 0V...
Uma vez que me parece que o valor que o BMS publica para a corrente é válido, e que o valor que ele publica para a tensão é válido... Essa área é uma medida mais ou menos válida da energia carregada ou descarregada?
A outra tentação é usar esta diferença de tensão para medir a RI... Enfim, a sua componente puramente resistiva... Há momentos óbvios para isso: estou parado antes de carregar, corrente = 0, começa a carregar a corrente constante, e é ver quanto sobe a tensão... A descarregar também se encontram alguns pontos mais estáveis...
Isso tem alguma validade, ou não? É óbvio que qualquer componente reactiva não dá, logo à partida porque tenho na melhor das hipóteses uma medição por segundo, portanto nisso nem vale a pena pensar.
As pessoas que têm os outros VEs costumam medir a RI, ou não dá?
Além destas duas perguntas, outra, por causa do contador de corrente carregada estar ali a dar um valor diferente do que eu obtenho multiplicando a corrente pelo tempo. Há alguma razão para esperar que fosse assim?
Finalmente, a questão de por vezes ter eficiência de 92% (mal medida) a carregar a 6,6kW... depois de reler mais batteryuniversity, julgo encontrar uma explicação:
- Em PCL, a eficiência é menor... 86%.
- Em PCN, por vezes atinge 92%, apesar de haver energia dissipada no carregador (OBC)... mas a corrente de carga é mais eficientemente absorvida pela bateria.
- Em PCR, não se perde energia no OBC, porém a corrente muito alta não é tão absorvida... os dois factores compensam-se e resulta numa eficiência aparentemente semelhante.
Se for bem medida, claro...