
Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
- ruimegas
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Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
[IMG]http://www.ionline.pt/sites/default/fil ... 451876.jpg[/IMG]
"Mobilidade eléctrica. Uma expressão que fez sonhar, um programa acarinhado pelo governo de José Sócrates, que apostava em libertar Portugal da dependência do petróleo. Dois anos passados, foram vendidos cerca de duzentos carros eléctricos no país inteiro. E quem se deixou convencer e comprou descobriu a dura realidade da fraca autonomia destes veículos, condenados a uma pausa de seis horas a cada 150 km para recarregar as baterias. “Era só marketing, esqueceram-se que não basta vontade política”, denuncia em declarações ao i José Luís Pinto de Sá, docente do Instituto Superior Técnico (IST), especialista na área científica de energia.
Os 231 veículos eléctricos transaccionados até à data em Portugal estão muito longe dos números projectados pelo anterior executivo, muitíssimo mesmo, se tivermos em conta que os particulares continuam a ignorar o admirável mundo novo dos automóveis eléctricos. Os próprios arrumadores, questionados sobre se podemos estacionar junto ao ponto de carregamento, respondem “ó senhor, em Lisboa não há carros eléctricos…”. Os entusiastas deste tipo de veículos defendem que quem os tem carrega-os em casa. Mas a verdade é que os 1020 postos instalados em Portugal, dos quais cerca de seis centenas na capital, não estão em perigo de desgaste por utilização frequente.
“Foi um investimento na propaganda”, insiste José Luís Pinto de Sá. “Não estava em questão o carro eléctrico, tratava-se de fazer acreditar que estávamos a caminhar para a redução do consumo de petróleo”, sublinha. Para este especialista do Centro para a Inovação em Engenharia Electrotécnica e Energia do IST, foi um embuste tentar convencer os portugueses que havia uma relação directa entre o consumo de petróleo e a electricidade, pois a electricidade é obtida através das centrais a carvão e das hidroeléctricas (estas últimas representam ainda em Portugal 30%).
Como são os transportes que de facto consumem os derivados do petróleo, a redução do consumo teria de passar por aqui. A aposta do anterior governo nas renováveis, especialmente nas eólicas, motivou o incentivo à aquisição de veículos eléctricos, com o executivo a prometer aos primeiros 5 mil particulares que comprassem estes automóveis um subsídio de 5 mil euros.
Quando em Fevereiro de 2011 a Nissan, fabricante dos carros eléctricos mais vendidos (109 veículos), os Nissan Leaf, abriu o primeiro buraco para as fundações de uma fábrica de baterias eléctricas em Cacia, o primeiro-ministro José Sócrates anunciou “um cluster da mobilidade eléctrica”.
A realidade é outra, porém. Os carros eléctricos estão condenados ao fracasso enquanto não for encontrada solução científica para o obstáculo maior, que é a pouca autonomia das baterias e o custo elevado destas, a par de uma longevidade de apenas cinco anos. “O único paliativo real para os custos do petróleo são os híbridos, que conseguem aumentar a eficiência e reduzir o consumo”, defende Pinto de Sá.!
Em: http://www.ionline.pt/portugal/automove ... e-politica
[IMG]http://www.ionline.pt/sites/default/fil ... 451876.jpg[/IMG]
"Mobilidade eléctrica. Uma expressão que fez sonhar, um programa acarinhado pelo governo de José Sócrates, que apostava em libertar Portugal da dependência do petróleo. Dois anos passados, foram vendidos cerca de duzentos carros eléctricos no país inteiro. E quem se deixou convencer e comprou descobriu a dura realidade da fraca autonomia destes veículos, condenados a uma pausa de seis horas a cada 150 km para recarregar as baterias. “Era só marketing, esqueceram-se que não basta vontade política”, denuncia em declarações ao i José Luís Pinto de Sá, docente do Instituto Superior Técnico (IST), especialista na área científica de energia.
Os 231 veículos eléctricos transaccionados até à data em Portugal estão muito longe dos números projectados pelo anterior executivo, muitíssimo mesmo, se tivermos em conta que os particulares continuam a ignorar o admirável mundo novo dos automóveis eléctricos. Os próprios arrumadores, questionados sobre se podemos estacionar junto ao ponto de carregamento, respondem “ó senhor, em Lisboa não há carros eléctricos…”. Os entusiastas deste tipo de veículos defendem que quem os tem carrega-os em casa. Mas a verdade é que os 1020 postos instalados em Portugal, dos quais cerca de seis centenas na capital, não estão em perigo de desgaste por utilização frequente.
“Foi um investimento na propaganda”, insiste José Luís Pinto de Sá. “Não estava em questão o carro eléctrico, tratava-se de fazer acreditar que estávamos a caminhar para a redução do consumo de petróleo”, sublinha. Para este especialista do Centro para a Inovação em Engenharia Electrotécnica e Energia do IST, foi um embuste tentar convencer os portugueses que havia uma relação directa entre o consumo de petróleo e a electricidade, pois a electricidade é obtida através das centrais a carvão e das hidroeléctricas (estas últimas representam ainda em Portugal 30%).
Como são os transportes que de facto consumem os derivados do petróleo, a redução do consumo teria de passar por aqui. A aposta do anterior governo nas renováveis, especialmente nas eólicas, motivou o incentivo à aquisição de veículos eléctricos, com o executivo a prometer aos primeiros 5 mil particulares que comprassem estes automóveis um subsídio de 5 mil euros.
Quando em Fevereiro de 2011 a Nissan, fabricante dos carros eléctricos mais vendidos (109 veículos), os Nissan Leaf, abriu o primeiro buraco para as fundações de uma fábrica de baterias eléctricas em Cacia, o primeiro-ministro José Sócrates anunciou “um cluster da mobilidade eléctrica”.
A realidade é outra, porém. Os carros eléctricos estão condenados ao fracasso enquanto não for encontrada solução científica para o obstáculo maior, que é a pouca autonomia das baterias e o custo elevado destas, a par de uma longevidade de apenas cinco anos. “O único paliativo real para os custos do petróleo são os híbridos, que conseguem aumentar a eficiência e reduzir o consumo”, defende Pinto de Sá.!
Em: http://www.ionline.pt/portugal/automove ... e-politica
NISSAN LEAF Branco c/Spoiler mk1 de 09JUN2011. 195.000 kms.
TESLA Model 3 AWD. Encomenda 03JUL2019. Entrega 09JUL2019. 72078 kms.
Associado da Associação de Utilizadores Veículos Eléctricos http://www.uve.pt
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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
A ignorância... E chega esta gente a lugares de topo...
Se estão condenados a pausas que são mais de 6H com os 16A do costume é exatamente pela falta de postos de carga, mas rápida!
Em minha opinião, os postos lentos deveriam ser a segunda vaga a instalar e se houvesse dinheiro.
Afinal, 16A toda a gente tem em casa, no trabalho, no café, em casa de amigos.
Agora pontos de energia de 50 kW é que não aparecem em todo o lado e são portanto os realmente necessários.
Em Aveiro não há um único posto com mais de 16A disponíveis...
E se os postos de carga lenta não estão em risco de desgaste por uso frequente, convido então esse senhor a fazer umas visitas semanais aos postos de carga rápida para ver as fichas estragadas...
Se estão condenados a pausas que são mais de 6H com os 16A do costume é exatamente pela falta de postos de carga, mas rápida!
Em minha opinião, os postos lentos deveriam ser a segunda vaga a instalar e se houvesse dinheiro.
Afinal, 16A toda a gente tem em casa, no trabalho, no café, em casa de amigos.
Agora pontos de energia de 50 kW é que não aparecem em todo o lado e são portanto os realmente necessários.
Em Aveiro não há um único posto com mais de 16A disponíveis...

E se os postos de carga lenta não estão em risco de desgaste por uso frequente, convido então esse senhor a fazer umas visitas semanais aos postos de carga rápida para ver as fichas estragadas...

Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Deve ser mais um que recebe milhões para incentivar os CI´s!
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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Fracasso ou não, o certo é que já poupei cerca de 1150 Euros desde que tenho esta máquina.
Ainda só passaram 6 meses e estive 1 mês sem carro, mais ou menos...
A continuar, pouparei ao fim de um ano 2300 Euros... agora este sr que faça as contas.
E até digo mais, se ao fim de 5 anos as baterias só mantiverem 80% da carga (menos que isto entra a garantia da Nissan), continua a dar para o dia-a-dia e até sobejam alguns KMs de autonomia, ao final do dia...

Ainda só passaram 6 meses e estive 1 mês sem carro, mais ou menos...
A continuar, pouparei ao fim de um ano 2300 Euros... agora este sr que faça as contas.
E até digo mais, se ao fim de 5 anos as baterias só mantiverem 80% da carga (menos que isto entra a garantia da Nissan), continua a dar para o dia-a-dia e até sobejam alguns KMs de autonomia, ao final do dia...

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+ de 222.800 KMs
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- mikexilva
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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
O problema de tentarmos ser pioneiros em Portugal é que não temos ninguém como referencia e para copiar, pois normalmente cá em Portugal tudo funciona ao contrario, com base no pressuposto de já estar a funcionar em outros países há alguns anos, e só depois vamos copiar... e no nosso povo são raros os que tomam decisões por si com conhecimento próprio, pois preferem deixar assentar o pó e limitam-se a fazer o mesmo que os outros fazem e que sempre fizeram e vão ouvindo umas opiniões de quem nunca teve contacto com a tecnologia em causa, mas "como é um carro qualquer pessoa que percebe de mecânica deve saber dar opinião".
Continuo a achar que daqui a uns anos vamos voltar ao assunto quando estivermos a copiar o resto da Europa...
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- Filipe
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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Para começar e acabar, RuiMegas, peço-te encarecidamente mais uma vez que evites colocar notícias deste tipo, pois os nossos noticiários televisivos
já nos dão que baste.

já nos dão que baste.



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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Mas isto trata-se do célebre "Know your enemy"... Temos que os conhecer para os combater!Filipe Escreveu:Para começar e acabar, RuiMegas, peço-te encarecidamente mais uma vez que evites colocar notícias deste tipo, pois os nossos noticiários televisivos
já nos dão que baste.![]()
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- Filipe
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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Ai, Ai, Ai, Pois, Pois, Pois, Ui, Ui, Ui




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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Aparece cada um que até dói!!
só conhecem VE's pelas revistas e estudos, é professor do técnico a quem chamaram de "especialista sobre qualquer coisa" e já consideram que tem voto em qualquer matéria. É mesmo de ignorar os artigos e até mesmo os estudos desses índividuos.
Ponho as minhas mãos no fogo em como ele nunca viu um VE à frente e obviamente tambem não conduziu nenhum.
... ou será que os que tenho visto na rua não têm uma vida normal? será que os duzentos e tal proprietários andam a pé desde que os adquiriram?! não me parece mas quem faz estes artigos deixam essa ideia

Ponho as minhas mãos no fogo em como ele nunca viu um VE à frente e obviamente tambem não conduziu nenhum.
... ou será que os que tenho visto na rua não têm uma vida normal? será que os duzentos e tal proprietários andam a pé desde que os adquiriram?! não me parece mas quem faz estes artigos deixam essa ideia

- mikexilva
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Re: Automóveis eléctricos. Afinal não basta vontade política
Ora aqui está um estudo que talvez justifique a fraca aderência aos EVs no nosso país, pois mostra que os países pobres preferem continuar a "vê-las passar"...
Wealthier countries are more interested in the future, Nature finds
http://www.theverge.com/2012/4/6/292991 ... gle-trends
According to a new study from Nature, citizens in poorer countries are more focused on the past than the future, and the inverse holds true for richer countries. The study compared Google Trends results to the per-capita gross domestic product of 45 different countries to come up with what it calls the "future orientation index." It looked at instances in 2010 when users would search for the terms 2009 and 2011, and found a "strong tendency" for countries with a higher per-capita GDP to be more interested in the year ahead, as opposed to the year previous.
According to the authors of the study, the results point to "a relationship between the economic success of a country and the information seeking behaviour of its citizens online." However, since the study only uses two different factors, it provides a somewhat incomplete picture — future iterations of the index could be expanded to include additional indicators, including different social and economic factors. A more complete version could be used to provide a better understanding of how different people in disparate parts of the world use the internet.
---
Resumindo cá em PT preocupações com o futuro? "só se for do meu clube..."
Wealthier countries are more interested in the future, Nature finds
http://www.theverge.com/2012/4/6/292991 ... gle-trends
According to a new study from Nature, citizens in poorer countries are more focused on the past than the future, and the inverse holds true for richer countries. The study compared Google Trends results to the per-capita gross domestic product of 45 different countries to come up with what it calls the "future orientation index." It looked at instances in 2010 when users would search for the terms 2009 and 2011, and found a "strong tendency" for countries with a higher per-capita GDP to be more interested in the year ahead, as opposed to the year previous.
According to the authors of the study, the results point to "a relationship between the economic success of a country and the information seeking behaviour of its citizens online." However, since the study only uses two different factors, it provides a somewhat incomplete picture — future iterations of the index could be expanded to include additional indicators, including different social and economic factors. A more complete version could be used to provide a better understanding of how different people in disparate parts of the world use the internet.
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Resumindo cá em PT preocupações com o futuro? "só se for do meu clube..."