Sem dúvida que os eléctricos têm muito menos manutenção e muito menos partes móveis sujeitas a esforço, desgaste, etc.
No entanto, ainda têm algumas. Têm várias coisas, até em comum com os CI, que são de manutenção bastante complicada.
Duas delas são a tubagem do líquido de refrigeração e o óleo da caixa redutora.
Ora, aqui foste buscar um exemplo de um carro que foi de reboque porque teve uma fuga de água, e isso também pode acontecer num carro eléctrico e também vais de reboque. Aliás, há vídeos na internet de Teslas com fugas, o Ioniq inicial teve um recall por causa de uma possível fuga que podia ocorrer em cima de electrónica... É real.
Se o problema veio de vibrações... Fui ver na wikipedia e este motor foi feito até 2013 e o vídeo é de 2020. Este motor é famoso é por uma falha na corrente de distribuição, mas não foi o caso aqui. Mas também o Tesla X ficou conhecido por um problema nos apoios do motor causado por vibração....
Quanto ao filtro de gasóleo, alguma razão deve haver, porque fica sempre debaixo do carro. Há carros que dá para mudar sem levantar, mas é um bocado inútil, porque eu espero bem que o meu carro (eléctrico) seja levantado em todas as revisões, mesmo as pequenas, as rodas desmontadas, inspeccionadas para qualquer problema, travões vistos... afinal eu ando para aí a 120km/h sem grande preocupação.
Os resguardos, já sabemos que hoje em dia se metem estas tampas para tentar que os carros sejam lisinhos por baixo para melhorar a aerodinâmica, enquanto nos carros antigos o filtro era simplesmente escondido ao pé de alguma longarina.
Felizmente, essa nos eléctricos não é preciso. Mas aqui é que não concordo contigo:
Nonnus Escreveu: ↑30 jun 2020, 11:08
... o que as marcas fazem mal feito nos carros a combustão para sacar mais dinheiro aos proprietários.
Se as marcas fizessem isso, era um belo tiro num pé. Tipo: se inventassem alguma para falhar ao fim de 60-80 mil km, tinham de fazer muito bem as contas, porque se falhassem a falha acontecia dentro da garantia, ou tinham de fazer um recall, e saía-lhes muito caro. Se inventassem para falhar ao fim de 200-300 mil, já não lhes adiantava nada porque os carros que chegassem a essa idade já não iam ser reparados nos concessionários com peças de origem. Isto, partindo do princípio que uma marca como a BMW, que só tem importador em Portugal desde para aí 2012, se está marimbando para os concessionários.
Depois, dizer que o melhor para um carro com colector de admissão variável (qualquer carro, segundo o vídeo, não apenas este) é tirar-lhe as borboletas... Para poupar dinheiro? Podia ter começado por comprar um carro baratucho, sem colector variável.
Deixa muitas dúvidas esse arranjo. Ele fala em plástico das borboletas partir-se? As que ele mostra estão inteiras. O que se vê é muita porcaria (do género que não há num carro eléctrico, porcaria hidrocarboneta) onde não seria de esperar, afinal é o colector de admissão, devia ter ar limpo.
Por acaso, na wikipedia, fala de um problema com este motor, se o tubo de refrigeração que rachar for um tubo relacionado com a EGR, ela pode não funcionar e haver porcaria da EGR (que tem aquele aspecto) a soltar-se para o colector de admissão e fazer buracos. Se for porcaria que anda por ali, não sei bem que efeito esperar por retirar as borboletas.
Portanto acho um bocado fácil falar mal das marcas, onde o desenvolvimento de um motor envolve milhares de pessoas, olhando para um motor com 7 anos e sabe-se lá que manutenção (quem é que faz manutenção de um BMW na marca?)...
Para o jogo ser equilibrado, o que era giro este carro continuar a andar e podermos ver o efeito da reparação que ele fez ao longo do tempo.