Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Toda a discussão relativa a Pontos de Carregamento também conhecidos por EVSE (Electric Vehicle Supply Equipment) vem para aqui.
rafaelferreirapt
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rafaelferreirapt » 14 mar 2021, 08:59

Nonnus Escreveu:
14 mar 2021, 07:12
O que o espanhol não sabe, é que para saber quanto vai pagar no nosso modelo tem que ter um doutoramento em matemática avançada. A não ser que use a APP do continente, que por acaso não usa o modelo que é um exemplo. :think:
Imagem

Esta é a minha realidade e de qualquer estrangeiro :)

LFN Escreveu:
14 mar 2021, 01:29
Quem investe em postos e corre os riscos todos, enquanto os CEME têm a sua renda garantida e nem precisam de se esforçar para ganhar o mercado de carregamento? Quem investe em postos e corre os riscos todos
O operador investe num posto, ou até nem investe, apenas opera o posto de um proprietário do posto de carregamento. Depois cumpre com o RME e não precisa de se preocupar mais, o risco é onde e que parceria vai fazer para instalar o posto de carregamento.

Vantagens para o operador:
  • Aquisição de clientes (por mais pequeno que seja o operador, tem acesso à mesma base de clientes que os grandes operadores)
  • Falha de pagamento de clientes (recebem sempre, independentemente se os utilizadores pagam ou não)
  • Não têm de comprar energia
  • Não têm de prestar garantias para comprar energia a um melhor preço (não são garantias baratas)
  • Não têm de se preocupar com a relação com o consumidor final (e acaba por ser muito mais fácil mudar tudo para tarifário ao minuto)
  • Ainda conseguem dar descontos cruzados se fizerem parceria com um CEME para adquirir mais clientes (como o Continente)
  • Não tem quaisquer custos para receber o valor do carregamento, zero custos de gateways de pagamento
LFN Escreveu:
14 mar 2021, 01:29
Porque hei-de pagar a energia a 0.22€/kWh ao CEME
Isso não é verdade, está a pagar mais ao ORD e ao estado do que energia ao CEME, alias, detalho:
  • 23% IVA (estado)
  • 0,092€/kWh (taxa de acesso às redes/ ORD/ EDPD)
  • Fees Gateways e faturação
  • Compra de energia
  • Garantias bancárias
  • Receita para pagar inovação e desenvolvimento
Nonnus Escreveu:
14 mar 2021, 07:12
Se eu chegar ao pé de espanhol e enumerar só as "vantagens" do nosso modelo é claro que ele vai pensar maravilhas. :violin:

O que o espanhol não sabe, é que para carregar precisa de um cartão que no mínimo leva 3 dias a chegar e antes disso teve ler e assinar uma série de papéis. A não ser que use o app do continente e em 5 minutos tem o problema resolvido. :idea:
Ou a não ser que use a aplicação miio e em 3 minutos tem o problema resolvido. Mas a app do Continente nem resolve o problema dos estrangeiros porque simplesmente não a conseguem usar. :doh:

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Nonnus
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por Nonnus » 14 mar 2021, 14:06

rafaelferreirapt ,

Eu uso a vossa aplicação e todos o carregamentos que faço uso o vosso cartão/app. A questão é que mesmo sendo mais fácil e mais rápido a adesão com a vossa app não deixa de ser mais complicado que o Continente. É o que é, e contra factos não há argumentos. Eu tenho os dois e, sei do que estou a falar, como muitos aqui sabem.

A vossa aplicação dá o preço no final do carregamento tal como a do Continente, a questão é que o Continente tem um preço afixado tal como uma bomba de gasolina, é aquilo e pronto, se eu quiser carregar 10kWh a matemática é de segunda classe. Na mobi.e tenho de ter um curso sobre termos utilizados na gestão elétrica tais como TAR, BT e tenho um CEME que me leva X, o OPC que leva mais Y e sei lá mais o quê para saber para onde vai o meu dinheiro. Depois disto, ainda tenho de fazer contas e chego a conclusão que não sei nada sobre quanto vou pagar. Ah maravilha de modelo...

Edit:

Eu não quero entrar aqui muito em discussão porque temos opiniões muito dispares. Eu sou cliente, vocês são CEME e OPC.

Já pensou que um estrangeiro quando chega a Portugal sabe lá o que é a MIIO? Ele chega ao pé de um carregador Galp, EDP, acha que esta lá a informação ou um QR code a dizer: - descarregue a aplicação MIIO e em 3 minutos (eu quando fiz o registo levou bem mais que isso e tive de enviar e receber contractos...) fica apto a carregar. Vamos ser realistas.

No Continente um estrangeiro não consegue carregar, é verdade. Mas também é verdade que não é o target do Continente, ainda assim, se um estrangeiro conhecido de alguém em Portugal lhe ligar, esse conhecido consegue accionar o posto remotamente. Fica o desafio para fazer o mesmo com a MIIO, da ultima fez que tentei (mais que uma vez) accionar com app não tive sucesso. Isto não é uma critica a app da MIIO, como já frisei em vários tópicos o que vocês fazem tem de ser reconhecido, agora também não podemos dizer que tudo esta bem, quando não esta.
Última edição por Nonnus em 14 mar 2021, 14:50, editado 1 vez no total.
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por BrunoAlves » 14 mar 2021, 14:40

Rafael, eu também só uso a Miio e aconselho a toda a gente.

Mas o artigo é sobre a rede pública e o respectivo modelo. A Miio não é a rede pública.

A Miio podia continuar a ser a referência que é em qualquer modelo. Sem a Miio a rede é miserável.
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! :D

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por JLMF » 14 mar 2021, 15:43

rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
Nonnus Escreveu:
14 mar 2021, 07:12
O que o espanhol não sabe, é que para saber quanto vai pagar no nosso modelo tem que ter um doutoramento em matemática avançada. A não ser que use a APP do continente, que por acaso não usa o modelo que é um exemplo. :think:
LFN Escreveu:
14 mar 2021, 01:29
Quem investe em postos e corre os riscos todos, enquanto os CEME têm a sua renda garantida e nem precisam de se esforçar para ganhar o mercado de carregamento? Quem investe em postos e corre os riscos todos
O operador investe num posto, ou até nem investe, apenas opera o posto de um proprietário do posto de carregamento. Depois cumpre com o RME e não precisa de se preocupar mais, o risco é onde e que parceria vai fazer para instalar o posto de carregamento.
Para que precisa o operador de cumprir o RME? Eu diria que não precisa, é obrigado a cumprir porque o inventaram o RME, porque senão precisava tanto de cumprir o RME como qualquer outro comercializador de qualquer ramo de atividade que produz o bem ou compra a quem quiser para vender a quem quiser.
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
Vantagens para o operador:
  • Aquisição de clientes (por mais pequeno que seja o operador, tem acesso à mesma base de clientes que os grandes operadores)
Isto também as mercearias e o vendedor ambulante de gelados, por mais pequenos que sejam, estão acessíveis e tem acesso a todos os clientes que lhes queiram comprar sem necessidade de qualquer base de clientes e tem acesso aos clientes dos hipermercados e do Santini.

rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
  • Falha de pagamento de clientes (recebem sempre, independentemente se os utilizadores pagam ou não)
As mercearias e o vendedor de gelados também recebem sempre, entregam mercadoria rebem o pagamento, com o meio de pagamento que querem, no imediato ou a prestações, tem preços afixados e compraram a mercadoria onde quiseram.
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
  • Não têm de comprar energia
Pois, ficam agarrados a um cartel, sem ou com margens de negociação diminutas, as mercarias e o vendedor de gelados compram onde querem e negoceiam.
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
  • Não têm de prestar garantias para comprar energia a um melhor preço (não são garantias baratas)
Nem precisariam, dependendo da capacidade de cada um e do histórico que fossem acumulando os fornecedores de energia teriam com eles o mesmo comportamento que tem com os consumidores residenciais ou empresariais, melgas constantes a pedir faturas atuais com promessa de mais barato.
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
  • Não têm de se preocupar com a relação com o consumidor final (e acaba por ser muito mais fácil mudar tudo para tarifário ao minuto)
Esta demonstra bem o espirito do monstro, é defendido como positivo que o prestador do serviço não tenha de se preocupar com o consumidor final.
Verifica-se que o monstro foi criado não para o consumidor final mas para alimentar as suas entranhas sendo o consumidor final um mal necessário, a bem da mobilidade eléctrica.
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
  • Ainda conseguem dar descontos cruzados se fizerem parceria com um CEME para adquirir mais clientes (como o Continente)
Ridículo mencionar aqui o Continente como se o mesmo precisasse deste modelo para algo e como se o Continente estivesse á espera de beneficiar de qualquer uma das pseudo "vantagens" mencionadas acima ou a seguir.

Pelo contrário o Continente e outros que vão aparecer:
-Não precisam nem querem ter uma base comum de clientes com os restantes hipermercados.
-Não precisam que se preocupem por eles com a falha de pagamento dos seus clientes.
-Querem comprar a sua energia, a quem lhes apetece e pelas condições que negoceiam.
-Não precisam de prestar garantias para conseguir um fornecedor de energia.
-Preocupam-se e muito com o consumidor final e prezam a liberdade para de alterar os seu preços.
-Dão os descontos a quem querem e pressionam os fornecedores no sentido de obterem os descontos que pretendem.
-Querem receber eles próprios o pagamento do cliente, com os meios de pagamento que decidirem e gerir a sua própria tesouraria.

Onde estão as vantagens do modelo para o Continente ou para qualquer operador que tenha como objetivo servir a mobilidade eléctrica e o cliente, respeitando-o e respeitando as mais básicas regras de livre concorrência e económicas?
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
  • Não tem quaisquer custos para receber o valor do carregamento, zero custos de gateways de pagamento
Respondido acima.
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
LFN Escreveu:
14 mar 2021, 01:29
Porque hei-de pagar a energia a 0.22€/kWh ao CEME
Isso não é verdade, está a pagar mais ao ORD e ao estado do que energia ao CEME, alias, detalho:
  • 23% IVA (estado)
  • 0,092€/kWh (taxa de acesso às redes/ ORD/ EDPD)
  • Fees Gateways e faturação
  • Compra de energia
  • Garantias bancárias
  • Receita para pagar inovação e desenvolvimento
Destes itens alguns são impostos e taxas, a maioria são custos do próprio modelo que todos temos de pagar e que auto alimentam o monstro e na compra de energia retira margem de negociação como faz por exemplo o Continente, Tesla e outros farão.
rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 08:59
Nonnus Escreveu:
14 mar 2021, 07:12
Se eu chegar ao pé de espanhol e enumerar só as "vantagens" do nosso modelo é claro que ele vai pensar maravilhas. :violin:

O que o espanhol não sabe, é que para carregar precisa de um cartão que no mínimo leva 3 dias a chegar e antes disso teve ler e assinar uma série de papéis. A não ser que use o app do continente e em 5 minutos tem o problema resolvido. :idea:
Ou a não ser que use a aplicação miio e em 3 minutos tem o problema resolvido. Mas a app do Continente nem resolve o problema dos estrangeiros porque simplesmente não a conseguem usar. :doh:
Não a conseguem usar? Talvez consigam. E não fosse o modelo monstruoso, os estrangeiros só precisariam mesmo, tal como todos nós, de um simples cartão bancário; nem apps, nem contratos, nem cartão do cidadão, nem cartões, nem cancelas, complicado não é?

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rafaelferreirapt » 14 mar 2021, 15:58

JLMF Escreveu:
14 mar 2021, 15:43
Para que precisa o operador de cumprir o RME?
O setor energético é muito regulado, as entidades fiscalizadoras escrutinam muito as empresas e se não cumprem não é fácil... Talvez para um grande seja fácil, mas para os pequenos não é.

O Continente se aceitar VAT estrangeiros tem o problema resolvido, se aceitar roaming também tem o seu problema resolvido.

O problema já não é o modelo e já não é a miio, é as grandes energéticas agora que tem de se adaptar e criar verdadeiras soluções para os clientes.

QR Code no posto? Isso é fácil. Haja vontade, vários operadores já colocam instruções de como carregar, nem que seja em placares ao lado do posto.

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por jfr2006 » 14 mar 2021, 16:01

Acho que um interveniente, interessado e participante no modelo vir dizer bem do modelo, revela o quanto ridículo o mesmo é... :roll:

Agora uma associação que supostamente deveria representar os utilizadores de VE concordar com isso :violin:

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rafaelferreirapt » 14 mar 2021, 16:08

Nonnus Escreveu:
14 mar 2021, 14:06
rafaelferreirapt ,

Eu uso a vossa aplicação e todos o carregamentos que faço uso o vosso cartão/app. A questão é que mesmo sendo mais fácil e mais rápido a adesão com a vossa app não deixa de ser mais complicado que o Continente. É o que é, e contra factos não há argumentos. Eu tenho os dois e, sei do que estou a falar, como muitos aqui sabem.

A vossa aplicação dá o preço no final do carregamento tal como a do Continente, a questão é que o Continente tem um preço afixado tal como uma bomba de gasolina, é aquilo e pronto, se eu quiser carregar 10kWh a matemática é de segunda classe. Na mobi.e tenho de ter um curso sobre termos utilizados na gestão elétrica tais como TAR, BT e tenho um CEME que me leva X, o OPC que leva mais Y e sei lá mais o quê para saber para onde vai o meu dinheiro. Depois disto, ainda tenho de fazer contas e chego a conclusão que não sei nada sobre quanto vou pagar. Ah maravilha de modelo...

Edit:

Eu não quero entrar aqui muito em discussão porque temos opiniões muito dispares. Eu sou cliente, vocês são CEME e OPC.

Já pensou que um estrangeiro quando chega a Portugal sabe lá o que é a MIIO? Ele chega ao pé de um carregador Galp, EDP, acha que esta lá a informação ou um QR code a dizer: - descarregue a aplicação MIIO e em 3 minutos (eu quando fiz o registo levou bem mais que isso e tive de enviar e receber contractos...) fica apto a carregar. Vamos ser realistas.

No Continente um estrangeiro não consegue carregar, é verdade. Mas também é verdade que não é o target do Continente, ainda assim, se um estrangeiro conhecido de alguém em Portugal lhe ligar, esse conhecido consegue accionar o posto remotamente. Fica o desafio para fazer o mesmo com a MIIO, da ultima fez que tentei (mais que uma vez) accionar com app não tive sucesso. Isto não é uma critica a app da MIIO, como já frisei em vários tópicos o que vocês fazem tem de ser reconhecido, agora também não podemos dizer que tudo esta bem, quando não esta.
Eu gosto destes debates porque com opiniões diferentes é que se evolui, pelo menos eu gosto de entender quais são os argumentos das outras pessoas.

Um estrangeiro provavelmente não irá conhecer a miio, mas talvez vá conhecer a Plugsurfing, a ChargeMap, a Electromaps — é expectável que elas estejam cá em breve.

BrunoAlves Escreveu:
14 mar 2021, 14:40
Rafael, eu também só uso a Miio e aconselho a toda a gente.

Mas o artigo é sobre a rede pública e o respectivo modelo. A Miio não é a rede pública.

A Miio podia continuar a ser a referência que é em qualquer modelo. Sem a Miio a rede é miserável.
Sim, tem razão. A miio pode ser levada para qualquer país, e adapta-se a qualquer realidade.

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por FullElectric » 14 mar 2021, 19:48

rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 15:58

O problema já não é o modelo e já não é a miio, é as grandes energéticas agora que tem de se adaptar e criar verdadeiras soluções para os clientes.
O problema sempre foi esse "as grandes energéticas", empresas que desde o início do processo (desde 2010) estiveram no desenho deste modelo, e que nunca perderam o foco da proteção dos seus grandes umbigos.
Resultou nesta trapalhada que todos nós consumidores sentimos na pele só porque eram intocáveis os interesses destas empresas.
Este modelo não existe em mais lado nenhum do mundo. Será que nos outros países não há ninguém com visão sobre a ME?.
Se fosse um modelo bom certamente já existiria em algum outro país, o normal é as coisas boas serem copiadas ou adaptadas.
As más... são descartadas.

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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por Nonnus » 14 mar 2021, 21:53

rafaelferreirapt Escreveu:
14 mar 2021, 16:08
Eu gosto destes debates porque com opiniões diferentes é que se evolui, pelo menos eu gosto de entender quais são os argumentos das outras pessoas.
Nunca estivemos tão de acordo, por isso é que sou tão interventivo.

O que pretendo deixar claro é que não quero ser mal interpretado por parecer que estou "atacar" a Miio. Estou sim a pedir que sejam o mais correctos possível. Dar uma entrevista, ou escrever um artigo de opinião onde apenas se menciona as mais valias do sistema, quando todos sabemos que existe tanta coisa por melhorar e por resolver não é correcto.

Dizer que temos um modelo único e fazer querer que os outros é que estão mal, que o modelo é cobiçado por ser tão simples parece-me que nos estamos fazer maiores do que somos. É que o nosso modelo é tão bom e simples que todos o cobiçam, mas ninguém o implementou! Não há aqui nada contraditório? É bom, é simples no entanto...
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Re: Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

Mensagem por rimsilva » 15 mar 2021, 10:53

Nonnus Escreveu:
12 mar 2021, 14:46
rimsilva Escreveu:
12 mar 2021, 13:45
São pontos de vista, que em meu entender devem ser rebatidos com argumentos válidos de quem sofre na pele as dificuldades da ME em Portugal.
Costuma-se dizer: presunção e água benta, cada qual toma a que quer.
rimsilva Escreveu:
12 mar 2021, 13:45
Não somos modelo nenhum
Somos, somos, tu mesmo respondes a isto. :mrgreen:
rimsilva Escreveu:
12 mar 2021, 13:45
- ainda não termos os pagamentos ad-hoc;
- por se ter gasto milhões de euros na manutenção de uma rede perto de obsoleta e que assim continuou;
- se ter gasto dinheiro publico numa aplicação que passado um par de anos são descontinuadas (quando já existiam soluções no mercado especializadas no tema);
- não existir um periodo limite para a activação de postos de carregamento, que ficam meses a apanhar pó;
- por se permitir que 1 ou 2 meses depois de um concurso publico, os preços e critérios de cobrança do carregamento seja alterado em prejuízo do utilizador;
- ser necessário utilização de uma aplicação para saber o custo de um carregamento, como se o caregamento fosse algo muito próxima de uma ciência.

No final querem dar a ideia que os maiores, mas todos suspiramos por OPC's e preços de carregamento como se vê em Espanha com a EasyCharger e por uma maior liberdade de ser OPC em Portugal, evitando esquemas imaginativos para algo tão simples como uma atividade de carregamento de VE.
Não percebi muito bem o objecto do comentário, mas se era pela contradição com a palavra "modelo", o que a expressão:
rimsilva Escreveu:
12 mar 2021, 13:45
Não somos modelo nenhum
quer dizer é que não somos "modelo" de exemplo, não estou a dizer que não existe um "modelo" em Portugal.

Já quase parece a outra conversa do papel.... :lol:

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