Orlando Escreveu: ↑05 mar 2021, 23:15
rimsilva Escreveu: ↑04 mar 2021, 12:37
Concordo que terminar com este incentivo às empresas faz todo o sentido.
Os incentivos actuais não são nada bons para a evolução da ME em Portugal, no entanto não acho que faça sentido basear a decisão em particulares vs empresas.
A mobilidade sustentável deve resumir-se a substituir carros poluentes por mais sustentáveis, assumir que são as empresas que devem ser incentivadas porque compram mais carros e percorrem mais km, é muito discutivel e no final aos discriminar os particulares, só está a contribuir para a compra de sucata poluente no estrangeiro (excepcionalmente há aqueles resistentes que em vez de sucata compram VEs

).
É urgente uma mudança radical da politica de incentivos.
Os incentivos para empresas até triplicaram, passaram de 2000 para 6000euros no caso de carros de trabalho.
Antes preferia esses milhões em postos PCR de 50kw de 50 em 50 kms a preço decentes que estes apoios que muitas vezes as marcas mascaram no preço de venda.
Ligeiros de mercadoria é outra questão, são menos suceptiveis de terem outro uso, como é o caso dos veiculos ligeiros (que era aos que nos estavamos a referir).
Para mim, o problema está mais na forma do que no valor que é atribuido de incentivo, limites bem definidos para a atribuição dos incentivos já resolveria muitos problemas do inflacionamento dos preços dos VE's, agora com limites de 62.500 ou 50.000+IVA, sem duvida que é fácil aproveitar, mas isso é (mais uma vez) problemas na aplicação e não no principio do beneficio do incentivo (na Alemanha não há do que se vê em Portugal...)
Não vejo grande mais valia na questão dos postos de carregamento, não faltam incentivos comunitários e postos pagos pelo Estado e é o que se vê. De certeza que esse postos iriam servir mais alguns do que todos os UVEs e uma rede nacional, mais uma vez pode existir muito boa intenção, mas se as regras não forem bem pensadas, vamos cair sempre no despesismo.
Além disso embora os 2 aspectos tenham de andar a par, o que realmente reduz as emissões são os veiculos e quanto mais VEs, maior será o potencial de negócio para os OPC que vão instalar postos naturalmente, como está a acontecer actualmente.
Pessoalemente nunca tive duvidas que este invenstimento iria surgir, acho é que poderiamos estar muito melhor do que aquilo que estamos hoje, tornaram a vida dificil a quem acredita na ME por pura incompetência e falta de visão, mas pronto daqui a um par de anos já ninguém se lembra.
A grande luta agora será por uns preços mais competitivos e maior liberdade para a atividade de OPC, algo que hoje não existe com a figura de CEME no modelo actual.