Antes mais dizer que eu não estou a dizer que é verdade, ou mentira, que acreditei, ou deixei de acreditar. Apenas partilhei parte da conversa mais estranha que tive com alguém, que apenas devia ter feito um telefonema como tantos outros do departamento de markting. Pareceu-me que falei com alguém que não é um operador de linha de markting que segue uma guideline para tentar impingir a banha da cobra. Falei com alguém que "sabe" o que é, e como funciona a ME em Portugal, e que aparentemente "sabe" de todas as operações da Galp.
A conversa desenrolou-se quando eu disse que não usava o cartão da Galp porque simplesmente não tinham preço, que entre todos os CEMES que tinha, a Galp aparecia sempre como a terceira hipótese mais cara e que uma empresa como a Galp se não fazia mais e melhor era porque não queria. É aqui que o senhor começa por explicar que a Galp/Petrogal (aparentemente houve uma fusão e a Petrogal é que vai ficar a comandar a Galp e a ME dentro do grupo), esta a fazer mudanças e que não faz mais porque existem dois grandes entraves. O governo e o regulador. Disse-me isto depois de eu o confrontar com o nosso modelo único no mundo. Resumindo, abordamos tudo o que temos falado aqui no fórum acerca do nosso modelo.
Quanto a ter sido feita confusão ente mobi.e e mobielectric foram dois assuntos abordados em partes destintas da conversa. A parte da mobi.e foi puxada por ele (várias vezes durante o telefonema) para tentar justificar que a Galp tem interesse em mudar certas coisas e, a prova disso é que tinha comprado a mobi.e a cerca de dois meses e, que apenas mais dois players tinham apresentado propostas, a EDP e outro player mais recente que não se lembrava do nome. A parte da mobieletric é puxada por mim quando ele tentava justificar que havia postos em Lisboa, propriedade da Galp onde tinham o melhor preço do mercado. A isto ele responde que realmente tinham comprado os postos da mobieletric, mas que não sabia em que moldes tinha sido feito o negócio e se podiam alterar os contratos que tinham nesses postos. Portanto há aqui claramente uma separação dos dois negócios.
Perguntei qual era os planos para mobi.e, foi-me dito que neste momento tem de esperar até que o regulador dê luz verde a tomada da empresa (estão a espera a dois meses) por parte da Petrogal para depois ver o que se pode alterar.
Resumindo acabou por ser uma conversa interessante num telefonema realmente muito estranho que durou 27m e, não durou mais que a a certa altura já estávamos em loop (como acontece aqui no fórum

), e não havia muito mais para retirar da conversa. Entre muitas coisas dei o exemplo do Continente, dei o exemplo do que a EDP esta a fazer em Espanha, dei o exemplo de estações de carga como temos visto um pouco por toda a Europa, onde não existe esta confusão de CEME (contratos e cartões únicos) + OPC + uma EGME para dizer que se querem realmente ser uma referência a nível nacional na ME mostrem que querem mudar as coisas e, façam-no chegar a comunicação social. Eles (Galp + EDP) tem poder de mudar leis, já se viu noutras ocasiões quando houve interesses, portanto é só quererem, mas parece que realmente não existe muito interesse por parte dos outros CEME e dos OPC em romper com esta aberração segundo as palavras dele (claramente a puxar a brasa a sua sardinha).
É o que é, vale o que vale.