Petição Pública UVE: Restrições de vendas de veículos convencionais com motor de combustão interna, a partir de 2030

[BrunoFonseca]

A UVE preparou uma petição que convoca o país a comprometer-se a pôr fim às vendas de veículos convencionais com motor de combustão interna, a partir de 2030.

https://www.uve.pt/page/peticao-publica ... r-de-2030/

Em concreto, a UVE apela à adoção de restrições de vendas de novos veículos ligeiros em duas fases de forma a que:

A partir de 2030 apenas seja permitida a venda de veículos 100% elétricos e híbridos plug-in;
A partir de 2035 apenas seja permitida a venda de veículos 100% elétricos.


Assine a petição pública
https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT112121

[LFN]

Já fui defensor do mesmo. Neste momento não vejo condições para que tal aconteça, a rede de recarga evolui a passo de caracol, continua não confiável e os custos subiram exponencialmente. Não vejo um futuro risonho para os carros elétricos em Portugal com o modelo de rede que foi criado.

[ruimegas]

Já assinei.

Não há mais tempo a perder

[cfvp]

Entendo a posição da UVE, mas não concordo. Não acho que estar a forçar as pessoas a mudar seja a melhor solução. Educar é uma melhor solução (e a UVE tem feito muito disto claro, o que é excelente) e depois a procura irá encarregar-se de meter os carros a combustão a um canto, se tudo correr bem.

[BrunoFonseca]

Há já uma grande quantidade de marcas a informar o fim da produção de veiculos a combustão para datas anteriores a 2030. Se a Europa der este sinal às marcas, podem antecipar as necessidades de mercado.

[cfvp]

Há já uma grande quantidade de marcas a informar o fim da produção de veiculos a combustão para datas anteriores a 2030. Se a Europa der este sinal às marcas, podem antecipar as necessidades de mercado.

Acho que isso das marcas é mais para inglês ver.

[Brunus]

Concordaria com a petição se sentisse que estava a ser feito o esforço necessário de expansão da rede pública nos locais de pernoita dos portugueses, tal como referi aqui:

Isto dos hubs é tudo muito bonito, e se forem bem localizados podem ser importantes no desenvolvimento da mobilidade elétrica.
Agora o que me parece estar a falhar gritantemente é a expansão da rede em locais residenciais, vulgo dormitórios.

Enquanto não for fácil e prático deixar os carros carregar durante a noite enquanto dormimos descansadamente, a mobilidade elétrica nunca irá passar de uma promessa a cumprir daqui por 10 anos.

No meu bairro de sensivelmente 13000 pessoas, há apenas os dois postos ainda do tempo do projeto piloto da Mobi-e, num total de 4 tomadas.

Um deles foi substituído por um equipamento da Magnum Cap, capaz de 22kw, mas limitado a 10Kw! Carros que carregam em monofásico carregam mais devagar neste (3,3kw) que no outro posto que é dos originais da Mobi.e (3,6kw).

Apesar de todos os prédios terem garagem (eu carrego na garagem), não tem sido fácil para muita gente carregar nas mesmas por questões com os respetivos condomínios (conheço várias histórias de horror, incluindo a minha).
Mesmo quando os condomínios permitem sem grande problema, ao fim de 2 ou 3 condóminos com VE deixa de haver potência e condições para mais, e estamos a falar de condomínios com 20 a 40 frações nalguns casos.

Naturalmente, os dois postos existentes no bairro estão sempre apinhados de viaturas a carregar. É ver aos 3,4,5 ou mais carros estacionados à sua volta em qualquer altura do dia ou do ano, e há sempre 2 ligados em carregamento!

Isto é na minha opinião a verdadeira limitação da mobilidade elétrica nesta altura.

Estar a proibir vendas de veículos CI sem preparar atempadamente a rede pública é receita para o desastre!
Se não há interesse em expandir a rede pública nestes locais, então a melhor estratégia será investir mais em transportes públicos, e subsidiar passes.

[BrunoFonseca]

Há já uma grande quantidade de marcas a informar o fim da produção de veiculos a combustão para datas anteriores a 2030. Se a Europa der este sinal às marcas, podem antecipar as necessidades de mercado.

Acho que isso das marcas é mais para inglês ver.

É sempre tudo para inglês ver, tal como a COP26, e todas as anteriores, excepto 1 coisa: as alterações climáticas são bem reais.
A pergunta que faço é se faz sentido ficarmos a ver tudo literalmente a arder, ou tentar alertar os nossos governantes para os problemas.

Eu assinei porque acho que é importante que se tomem medidas de mitigação da destruição do nosso planeta.
Cada um com a sua consciência.

[BrunoFonseca]

Concordaria com a petição se sentisse que estava a ser feito o esforço necessário de expansão da rede pública nos locais de pernoita dos portugueses, tal como referi aqui:

Isto dos hubs é tudo muito bonito, e se forem bem localizados podem ser importantes no desenvolvimento da mobilidade elétrica.
Agora o que me parece estar a falhar gritantemente é a expansão da rede em locais residenciais, vulgo dormitórios.

Enquanto não for fácil e prático deixar os carros carregar durante a noite enquanto dormimos descansadamente, a mobilidade elétrica nunca irá passar de uma promessa a cumprir daqui por 10 anos.

No meu bairro de sensivelmente 13000 pessoas, há apenas os dois postos ainda do tempo do projeto piloto da Mobi-e, num total de 4 tomadas.

Um deles foi substituído por um equipamento da Magnum Cap, capaz de 22kw, mas limitado a 10Kw! Carros que carregam em monofásico carregam mais devagar neste (3,3kw) que no outro posto que é dos originais da Mobi.e (3,6kw).

Apesar de todos os prédios terem garagem (eu carrego na garagem), não tem sido fácil para muita gente carregar nas mesmas por questões com os respetivos condomínios (conheço várias histórias de horror, incluindo a minha).
Mesmo quando os condomínios permitem sem grande problema, ao fim de 2 ou 3 condóminos com VE deixa de haver potência e condições para mais, e estamos a falar de condomínios com 20 a 40 frações nalguns casos.

Naturalmente, os dois postos existentes no bairro estão sempre apinhados de viaturas a carregar. É ver aos 3,4,5 ou mais carros estacionados à sua volta em qualquer altura do dia ou do ano, e há sempre 2 ligados em carregamento!

Isto é na minha opinião a verdadeira limitação da mobilidade elétrica nesta altura.

Estar a proibir vendas de veículos CI sem preparar atempadamente a rede pública é receita para o desastre!
Se não há interesse em expandir a rede pública nestes locais, então a melhor estratégia será investir mais em transportes públicos, e subsidiar passes.

O mercado (OPC) irá sempre acompanhar a procura. +VE implica menos ociosidade dos postos, logo mais rendimento e menor tempo de recuperação do investimento.
Isto levará a mais investimento.

[cfvp]

É sempre tudo para inglês ver, tal como a COP26, e todas as anteriores, excepto 1 coisa: as alterações climáticas são bem reais.
A pergunta que faço é se faz sentido ficarmos a ver tudo literalmente a arder, ou tentar alertar os nossos governantes para os problemas.

Eu assinei porque acho que é importante que se tomem medidas de mitigação da destruição do nosso planeta.
Cada um com a sua consciência.

Não sei. Eu percebo o teu ponto de vista e tens razão, mas na prática é mais complicado. Por exemplo, estar a extinguir a venda de carros a combustão sem nenhuma solução em cima da mesa para quem não pode carregar em casa não me parece boa ideia. É como o Brunus diz. Também há a questão do custo dos carros, será que irão baixar até lá? Eu espero que sim, mas também é outro fator que é preciso ter em conta, não pode ser só "vamos acabar com os carros a combustão".