Pontos de vista

Discussão geral sobre a Mobilidade Elétrica e notícias
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VETL
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Pontos de vista

Mensagem por VETL » 18 dez 2013, 23:20

“Será um veículo elétrico apenas uma nova forma de nos movermos?”

[IMG]http://pontosdevista.pt/images/stories/ ... m380_0.jpg[/IMG]
Por José Henriques, CEO da MAGNUM CAP

A Mobilidade Elétrica é hoje uma aposta estratégica de todos os países ditos “desenvolvidos” e que procuram liderar as grandes mudanças Económicas e Sociais. As suas virtudes fazem com que, muito mais do que uma evolução na motorização do automóvel, seja uma revolução na forma como a mobilidade individual se integra na dinâmica diária e de desenvolvimento das cidades e da humanidade.
A Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo foca os problemas das alterações climáticas, da energia e da escassez de recursos, bem como a necessidade de reforçar a competitividade e melhorar a segurança energética, mediante o aumento da eficiência dos recursos e da energia. No domínio dos transportes, apela à rutura da dependência em relação ao petróleo e fixa uma meta de 60 por cento para a redução, até 2050, das emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes. Apela ainda a um sistema de transportes competitivo e eficiente em termos de recursos.
Para atingir esses objetivos é fundamental o desenvolvimento e implantação de novos combustíveis e sistemas de propulsão sustentáveis, como é o caso dos veículos elétricos, e das infraestruturas de recarga necessárias à fácil adoção desta nova forma de mobilidade sustentável e amiga do ambiente.
Mas será um veículo elétrico apenas uma nova forma de nos movermos?
Uma vez que os veículos elétricos se abastecem a partir da rede elétrica, estes poderão ser reabastecidos em casa, na rua ou em parques de estacionamento, com custos de utilização muito inferiores aos veículos convencionais, e/ou tirando partido da energia produzida através de fontes renováveis, ao mesmo tempo que preservam o ambiente, reduzindo as emissões de CO2, gases nocivos, maus cheiros e ruído nas cidades. Aliás, é de salientar, que a motorização elétrica é a única forma possível de utilizar energias de origem renovável nos transportes motorizados.
O uso em grande escala dos veículos elétricos irá oferecer oportunidades de armazenamento de energia de forma distribuída, permitindo uma maior proliferação das energias renováveis, e ao mesmo tempo, constituindo uma fonte alternativa de energia. Os veículos elétricos poderão vir a ser uma parte importante nas futuras redes inteligentes e pilar importante no desenvolvimento das cidades inteligentes do futuro.
É exatamente a pensar na utilização dos veículos elétricos como sistemas distribuídos de armazenamento de energia, como estabilizadores da rede elétrica e promotores de uma maior proliferação de fontes de energia renovável, que os sistemas bidirecionais de interligação veículo/rede, ou veículo/casa, V2G, tomam especial importância, sendo fundamentais para a estabilização e eficiência de todo o sistema de distribuição energética. Estas interligações bidirecionais, permitirão que os veículos elétricos possam atuar como armazenadores de energia em períodos de elevada produção renovável, e possam atuar como fontes de energia, através da entrega de energia das baterias à rede, em períodos de pouca produção renovável e elevado consumo energético.
O veículo elétrico, é portanto, a peça que faltava para alavancar o desenvolvimento das cidades inteligentes e redes de distribuição de energia inteligentes, já que todos os intervenientes podem lucrar com a sua massificação, incluindo, e principalmente, o utilizador final, o cidadão.

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Re: Pontos de vista

Mensagem por RJSC » 19 dez 2013, 14:46

O meu ponto de vista:
V2G? Que ninguém se meta nisso enquanto as baterias não tiverem uma degradação inferior a 10% com 10 anos e/ou 300 000km.
Só em caso de falha de energia e apenas para a residência do proprietário do veículo.

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Re: Pontos de vista

Mensagem por Orlando » 19 dez 2013, 15:39

RJSC Escreveu:O meu ponto de vista:
V2G? Que ninguém se meta nisso enquanto as baterias não tiverem uma degradação inferior a 10% com 10 anos e/ou 300 000km.
Só em caso de falha de energia e apenas para a residência do proprietário do veículo.
Se houver V2G até os fabricantes de baterias dão pulos para se apoderar do mercado.
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Re: Pontos de vista

Mensagem por VETL » 19 dez 2013, 19:51

Bastaria apostar mais nas renováveis, nomeada e principalmente na solar (mas sem aquelas negociatas de tarifas e défices tarifários) e baixar o preço ao consumo nas horas de excesso de produção.
Se fosse favorável para todos, a ver se a malta não aproveitava.
Não era necessário colocar os carros a alimentar a rede.
Bastava que os utilizadores fossem convidados a efectuar os carregamentos em horas de excesso de produção com preços convidativos.
Mas como isto não é negócio para quem manda, acho que dificilmente se tornará realidade.
Do jeito em que as coisas estão, a mobilidade eléctrica e as energias renováveis só darão passos em frente se for para alguém "do sistema" ganhar com isso.

Um ponto de vista tolo mas pronto...
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Re: Pontos de vista

Mensagem por hsanchez » 20 dez 2013, 12:25

O Ponto de vista do VETL não é nada "tolo", antes pelo contrário.

Qualquer pessoa isenta, bem intencionada, informada e honesta, sabe, hoje, que as energias renováveis são uma fonte inesgotável, limpa, que não afecta os recursos, escassos, existentes, e, por outro lado, reduziria a poluição atmosférica, especialmente nas grandes cidades, melhorando a qualidade do ar, reduzindo as doenças pulmonares especialmente das crianças e dos mais velhos.

Também sabemos que o motor eléctrico é mais eficiente que o motor térmico, atingindo assim o mesmo objectivo com um consumo energético menor.

A questão central está de facto em quem manda, diria melhor em quem governa (ou se governa), portanto as energias renováveis e a Mobilidade Eléctrica só avançarão, não quando "...alguém do Sistema ganhar com isso", aqui não estou de acordo com o VETL, mas quando os cidadãos estiverem representados na Governação, o que, de todo, não acontece hoje.

Os actuais aparelhos partidários corporizam um conjunto de interesses que são alheios á esmagadora maioria da população, e, ou esta situação é alterada e temos no Futuro um Governo de pessoas competentes, honestas que pensem na comunidade como um todo e não nos seus interesses pessoais, ou muito me temo que além da Mobilidade Eléctrica não avançar, será memso o futuro da espécie humana que poderá estar em causa.

Para que não restem dúvidas sobre o meu ponto de vista e o que acabo de dizer, considero que todos os partidos actualmente representados na Assembleia da República são responsáveis, uns mais que outros, por acção ou por falta dela, na actual situação catastrófica em que Portugal se encontra.

Olhem para o exemplo da Noruega, corporiza aquilo que acabo de dizer.

Aproveito para desejar um Bom Natal, com saúde, em Família e um Ano Novo pleno de electrões.

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Re: Pontos de vista

Mensagem por OCasal » 21 dez 2013, 18:05

Relativamente ao ponto de vista do RJSC, acho demasiadamente centrado nas questões técnicas do desenvolvimento da técnologia das baterias.

Na minha opinião o problema não é a degradação das baterias, porque essa acontece em qualquer tipo de equipamento e não é por isso que deixam de proliferar.

Concretamente sobre os veículos eléctricos, devo ser dos utilizadores a nível nacional com mais degradação e apesar de desconhecer neste momento qual vai ser a solução, se pudesse usar o meu veículo para vender energia à rede a um preço interessante não me punha de parte.

O factor principal para a degradação das baterias sei hoje que é a temperatura, sendo que o estado de carga também ajuda. Não faço uma utilização do veículo virada para a minimização destes factores. O V2G não me parece que viesse fazer assim tanta diferença e ainda podia contribuir mais para a rentabilização do veículo face a um CI!

Cumprimentos eletricos.

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Re: Pontos de vista

Mensagem por RJSC » 21 dez 2013, 19:37

A degradação das baterias impressiona-me bastante quando comparada com a que vejo nas motas do NovaEnergia.
Andam lá motas com mais de 60000km, com uns 4 anos e com autonomias que andam pelos 70 km que ainda este verão foram esticadas para vir a um encontro em Águeda que tem perdas de autonomia imperceptíveis.
E como a maior parte têm metade da autonomia dos carros implica que fizeram o dobro dos ciclos de carga.

O problema que têm é de com as temperaturas de inverno perderem até 10% da autonomia, só que é recuperada assim que a temperatura sobe, ou com aquecimento para manter as baterias acima de 15ºC. As que vieram nos primeiros Leafs, depois de aquecerem no Verão perdem permanentemente a capacidade.
Tenho esperança que as próximas baterias que eles pretendem trocar nos carros do Arizona já não se degradem assim.

Eu pretendo despachar o carro de combustão e nunca mais comprar outro de combustão.
Ao fim de 10 anos ter 80% da capacidade contra 50% com as baterias atuais com o clima que temos faz uma grande diferença.

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Re: Pontos de vista

Mensagem por RJSC » 21 dez 2013, 19:40

hsanchez Escreveu: Olhem para o exemplo da Noruega, corporiza aquilo que acabo de dizer.
A Noruega, mesmo sem todos os incentivos, continuaria a ser muito mais compensador ter um Leaf que em Portugal pelo simples facto de a bateria ter o dobro do tempo de vida no clima deles.
Faz toda a diferença.
Sabendo o que sei hoje fosse eu Norueguês e já tinha um Leaf nas mãos neste momento.

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Re: Pontos de vista

Mensagem por RJSC » 21 dez 2013, 19:49

A degradação é mesmo o problema, mais que a autonomia em novo, que praticamente me servia para tudo.
O problema é a autonomia inicial ir encolhendo demasiado rápido com o passar dos anos.
Neste momento quando se compra um VE a pensar mante-lo por 10 anos tem que se pensar se metade da autonomia original chega, e não a autonomia em novo.

Nos outros equipamentos a bateria degradar-se rapidamente não é um problema primeiro pelo tempo em que se mantém um desses produtos como um computador ou um telemóvel ser inferior ao dos carros (tempo médio de utilização de um telemóvel anda em 2 anos e uns 5 para um computador) e também ao facto de o preço da bateria nesses equipamentos ser uma percentagem muito inferior do preço total do produto e em valor absoluto ser uma quantia facilmente suportável.
Para um telemóvel de 250€ ou mais consegue-se uma bateria original por uns 15€ e uma compatível por uns 7€.
Para um computador, os preços das baterias originais roçam os escandaloso (90€ para cima) mas uma bateria compatível de terceiros consegue-se por um valor entre 30€ e 40€.
Última edição por RJSC em 21 dez 2013, 22:20, editado 1 vez no total.

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Re: Pontos de vista

Mensagem por OCasal » 21 dez 2013, 20:31

Neste momento ainda não são conhecidos os números para os custos de substituíção/manutenção dos packs de baterias do Leaf. Mesmo que para o ano já precise de avançar para essas tarefas, ainda estarei na garantia e até posso ser abrangido pela garantia! De qualquer forma se não for, temos de considerar que o carro nunca precisou de outro tipo de manutenção e já tem muito mais quilometros do que muitos CI's com a mesma idade!

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