Diário de bordo - Malm

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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 mar 2014, 16:56

Fazer um reset a muito do que se aprendeu ao longo de uma ano é quilhado. A minha dúvida em relação a fazer 130 km é porque não sei se ele me deixa utilizar a energia que tem a valores de voltagem mais baixos como me deixava anteriormente. O carro, em fevereiro, dava para andar até uma célula chegar aos 2,75 V e só nessa altura parava. Dava para seguir pelo Canion a descarga e perceber mais ou menos com que folga estava (independentemente de me estar a apresentar 14,5% ou 8 % de SoC). Sim, confiava muito mais no meu discernimento e em certos valores obtidos pelo Canion. E assim tenho feito frequentemente, ao longo destes 3 anos, viagens até Coimbra, Viseu e Aveiro sem nunca ser necessário chamar o reboque. Mas agora é tudo diferente. A 40% de SoC tenho voltagens que nunca vi anteriormente, possivelmente aquelas que teria em novo (mas que eu nunca vi porque não tinha o Canion). O mais provável é neste momento conseguir entrar em tartaruga com muito mais frequência (ou sempre). Até admito a hipótese de poder andar com SoC negativo (já aqui mostrei uma imagem de um momento em que o carro me deu -5% de SoC). Infelizmente, para demonstrar ou comprovar que agora eu posso andar a valores reduzidíssimos de SoC, em vou ter de o descarregar até esses valores, coisa que eu já me habituei a evitar. Nos últimos meses, tudo o que fosse andar abaixo de 20% era assustador. Estou agora formatado assim e não faço viagens de mais de 50 km com menos de 12 barras. No entanto, se o carro estiver programado para parar com 4% de SoC, independentemente da voltagem, eu não vou conseguir utilizar a energia que ainda tem disponível. Daí a minha dúvida se me permite fazer os 130 km que fazia em fevereiro. Até fevereiro, ele considerava 100% de SoC = 16kWh, andou um ano a considerar esse valor. Entramos em março e, num ápice, considera 100% de SoC = 12kWh (talvez um pouco mais). Em fevereiro, pecava nitidamente por excesso. Em março parece-me que está a pecar por defeito. Acho que já se está a preparar para a degradação futura (está a ficar esperto e tal como o dono, sabe quando abre a época da degradação em Portugal), que atualizações é só de ano a ano.

Muitas das dúvidas poderão ser esclarecidas se entretanto, um destes dias, o levar à tartaruga. Outra coisa que me deixa bastante inseguro são os saltos de 5% de SoC (quer para cima, quer para baixo). Continuam, com uma agravante, são agora mais frequentes.

Sou muito franco, em fevereiro fazia Tábua-Viseu-Tábua (100 km a média de 60 km/h) sem qualquer receio. Neste momento, não tenho a certeza que isso seja possível. Mas também é verdade que se parar, a mais fraca ainda estará longe dos 2,75V.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 mar 2014, 17:08

rdias Escreveu:
Orlando Escreveu:O depósito do carro agora esá correto para a dimensaõ do pack. As barras é que não serviam. O que servia era a bola de cristal do Malm.
Se ele vendesse o carro, o proprietério seguinte estaria de certeza à espera do dito normal!
O que eu queria dizer é que alguém que tenha comprado na altura do Malm e que não tenha tido grande preocupação de aprender provavelmente ja teve tantas chatices que acabou por desistir .com estas alterações todas que até acontece nas revisões as pessoas vão perdendo a fé na mobilidade eléctrica.
Quase ninguém comprou na altura do Malm (um Leaf ficava quase ao mesmo preço). Quem comprou jamais lhe passaria pela cabeça conduzi-lo de Tábua a Lisboa e voltar no mesmo dia. Viajar de Tábua ao Porto e voltar no mesmo dia. Não deverá existir em Portugal nenhum i-MiEV com uma utilização semelhante ao meu, tantas vezes levado ao limite. Por isso, ainda nenhum teve essas chatices e provavelmente nunca terá, porque no meu caso, a degradação está a acontecer a uma taxa mais rápida do que o esperado, demorando o carro a atualizar os valores, mas para quem faz uma utilização menos exigente, talvez seja o próprio carro capaz de antecipar corretamente a degradação. E neste momento, é capaz de estar a acontecer isso no meu, já antecipou degradação futura (por agora é apenas uma hipótese, tão possível com tê-la calculado corretamente).
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 mar 2014, 18:15

rdias Escreveu:Sem duvida que o Malm não é um utilizador normal por isso as coisas são diferentes. No entanto a questão de estar a prever a degradação futura tenho duvidas. É como já foi falado, as marcas tem a maniade aactualiza coes para baralhar as coisas.

Os ions que eu vejo a torto e a direito da câmara. Que devem ter mais condutores que sei la. Daqui a uns tempos vão ficar todos baralhados. E chamar reboques e coisas esquisitas.
Quanto à parte das dúvidas estamos todos de acordo.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por mjr » 15 mar 2014, 19:02

Na minha opinião o valor que interessa para o carro parar sem carga é sempre uma tensão. No caso do Leaf ele pode estar a sobre estimar o SOC, mas quando a tensão em alguma célula começa a cair abaixo dos 3,7V, o SOC também começa a cair a pique. O caso contrário também acontece, por vezes já fiz vários km em plano sem alteração do SOC reportado, isto porque a tensão ainda não tinha atingido algum valor mágico definido no LBC. No iMiEV, mesmo que não faça esta correção em tempo real no joelho da curva de descarga da bateria, acredito que o valor que ele use para parar o carro seja o da tensão mínima numa célula. No Leaf esse valor é de 3000mV, e ele limita a potência do motor de modo a que esse valor não seja ultrapassado.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 mar 2014, 19:20

mjr Escreveu:Na minha opinião o valor que interessa para o carro parar sem carga é sempre uma tensão. No caso do Leaf ele pode estar a sobre estimar o SOC, mas quando a tensão em alguma célula começa a cair abaixo dos 3,7V, o SOC também começa a cair a pique. O caso contrário também acontece, por vezes já fiz vários km em plano sem alteração do SOC reportado, isto porque a tensão ainda não tinha atingido algum valor mágico definido no LBC. No iMiEV, mesmo que não faça esta correção em tempo real no joelho da curva de descarga da bateria, acredito que o valor que ele use para parar o carro seja o da tensão mínima numa célula. No Leaf esse valor é de 3000mV, e ele limita a potência do motor de modo a que esse valor não seja ultrapassado.
No i-MiEV, o SoC nunca cai a pique, desaparece sempre ao mesmo ritmo (seja a 100%, seja no precipício que constitui o joelho). Já tive células a menos de 3,0 V muitas vezes, pára a 2,75 V. Talvez com esta última atualização esteja diferente. No i-MiEV, o SoC deve variar consoante a energia gasta. Também limita a potência do motor de forma a que os 2,75V não sejam ultrapassados. Mais uma vez, ponho a possibilidade de neste momento conseguir andar com valores negativos de SoC. O que, se pensarmos bem, não é novidade nenhuma.

Imagem

Uma vez apanhado por sorte num screenshot, mas não é incomum ele fazer contas destas.

E sabem o que é para mim o mais fantástico disto tudo? Sou o único a falar destas coisas; sou o único a mostrar estas coisas. A maioria das coisas que sei descobri sozinho. Não à qualquer outro registo de SoC negativo que eu conheça, mesmo nos fóruns de outros países.
Última edição por Malm em 15 mar 2014, 20:02, editado 2 vezes no total.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 mar 2014, 19:54

Penso não estar errado se considerar que o fórum nasceu a 4 de janeiro de 2011 (é mais velho que o meu i-MiEV). No entanto, não me lembro de alguma vez termos comemorado a data :oops: .
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 15 mar 2014, 20:31

Hoje revelou-se muito útil o facto de o ter deixado toda a noite na rua. Saí com o pack com temperaturas na ordem dos 14º C, e depois de 100 km e um carregamento intermédio (no parque de estacionamento do fórum, à sombra), cheguei com 25º C. Tivesse saído com temperaturas superiores a 20º C e talvez tivesse ficado perto dos 30º C.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 16 mar 2014, 13:10

Com o treino com que estou a ficar a encontrar os locais que o pafi fotografa, acho que já tenho experiência suficiente para encontrar o Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido desde o dia 7. Já agora, deixem-me acrescentar mais uma teoria. Depois de entrar no espaço aéreo de um qualquer país e detetado pelos respetivos radares, dado não ter emitido qualquer sinal de identificação nem ter respondido aos pedidos de identificação, terá sido intercetado e abatido por caças desse mesmo país (China?, Rússia?, Cazaquistão?). Tenho seguido atentamente as notícias sobre este assunto e ainda não ouvi ninguém recordar-se do que aconteceu ao voo KAL 007: o Boeing 747 da Korean Airlines derrubado pelos soviéticos. Foi no dia 1 de setembro de 1980.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Orlando » 16 mar 2014, 13:28

E vais sábado ao encontro de Águeda?
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Flyer » 16 mar 2014, 16:10

Malm Escreveu:Com o treino com que estou a ficar a encontrar os locais que o pafi fotografa, acho que já tenho experiência suficiente para encontrar o Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido desde o dia 7. Já agora, deixem-me acrescentar mais uma teoria. Depois de entrar no espaço aéreo de um qualquer país e detetado pelos respetivos radares, dado não ter emitido qualquer sinal de identificação nem ter respondido aos pedidos de identificação, terá sido intercetado e abatido por caças desse mesmo país (China?, Rússia?, Cazaquistão?). Tenho seguido atentamente as notícias sobre este assunto e ainda não ouvi ninguém recordar-se do que aconteceu ao voo KAL 007: o Boeing 747 da Korean Airlines derrubado pelos soviéticos. Foi no dia 1 de setembro de 1980.

É uma possibilidade, mas falta a "smoking gun", ou seja os destroços....
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