Entrada no diário de bordo para relatar a primeira grande aventura em longa distância com o Fluence ZE.
Tratou-se de fazer uma viagem Tavira-Beja com regresso no mesmo dia.
Considerei 3 percursos possíveis, todos a rondar os 145km.
A autonomia prevista pelo computador de bordo tem andado à volta dos 140km pelo que qualquer percurso planeado no GPS do carro acabava sempre com o aviso de "destino inalcançável".
Para a ida, situação mais desfavorável já que Beja está cerca de 300m mais alto que Tavira, optei pelo percurso Tavira-São Brás de Alportel-Beja que inclui a subida ao ponto mais alto da Serra do Caldeirão, 550m, mas que depois desce até cerca dos 300m de altitude e entra nas planuras alentejanas.
De acordo com os vários planeadores de percurso este é o que tem menos acumulado de subidas.
Face à possibilidade de ficar sem bateria pelo caminho optei por sair bem cedo e limitar a velocidade máxima a 50km/h.
A primeira parte do percurso, sempre a subir, assusta pois a autonomia prevista pelo computador de bordo vai diminuindo de forma mais rápida que o esperado, mas quando começam as descidas e planície a coisa começa a compor-se e a 2/3 da viagem a autonomia prevista começa a assegurar que chegamos ao destino.
A primeira parte, subida e descida da serra, faz-se bem a menos de 50km/h, mas quando começam as planícies alentejanas ir com o cruise control a 50km/h parece que nunca mais lá chegamos, e de vez em quando há uns stressados que não podem ir 1 minuto a 50km/h numa zona de traço contínuo sem começar a apitar

apito de volta e sorrio
Cheguei a Beja com 18% de SOC e uma média de 8,9kWh/100km. Percorridos 142km a autonomia prevista pelo CB ainda estava em 28km. Correu melhor do que estava à espera
No destino coloquei o carro à carga a 10A, a ventilação ligou logo e assim ficou o resto do dia. Estiveram 38 graus
Interrupção na carga para mostrar o bólido a familiares e confirmar que o posto mobi.E das piscinas cobertas ainda funciona.
Depois de jantar, quando a carga chegou a 100% iniciei a viagem de regresso. Como tinha corrido bem para cima, e em teoria para baixo é mais fácil, escolhi o percurso por Mértola.
Durante o primeiro terço da viagem aconteceu algo estranho, a energia restante na bateria, lida pelo Fluence Spy, e o SOC no painel estavam a baixar mais rapidamente do que deviam. Talvez a carga dos 20 aos 100% com o calor de Beja não tenha sido realmente completa (não tinha o medidor de energia para confirmar se carregou mesmo 80%), talvez por temperatura alta o BMS tenha limitado a carga.
Ainda durante a planície a autonomia prevista já dizia que não conseguiria chegar ao destino e fiquei um pouco preocupado. Tanto que liguei a um amigo em V.R.S.A. para saber se podia lá para para uma carga de emergência.
Mas afinal não foi preciso, a partir dos 75% de SOC para baixo o comportamento foi normal e chegado ao Algarve até aumentei a velocidade para 70km/h chegando a casa com 16% de SOC.
Irei repetir a viagem mais vezes, e esta servirá de referência.
Os 50km/h na planície são aborrecidos e acho que da próxima irei a 70 ou mais nessas zonas.