Diário de Bordo jpgoncalves2

[VETL]

A descarga profunda que está nos seus medos, não acredito que seja na verdade assim tão má como diz.
[img]http://insideevs.com/wp-content/uploads ... 50x418.jpg[/img]

[img]http://www.eco-aesc-lb.com/en/product/l ... ndex01.gif[/img]

O carro não deixa que nenhuma célula vá para valores perigosos.
Eu penso que mau seja deixar as células com menos de 3,6v ou mais de 4,0 v por muito tempo.

Obviamente que esses cuidados só lhe vão fazer bem mas acho que não poderá comparar as experiências que fez nas de Lipo com estas do Leaf por várias razões:
Os C's de descarga nessas de Lipo que experimentou não devem ter nada a ver com os do Leaf;
A proteção da tensão mais baixa célula a célula não deve ter sido tão rigorosa como no Leaf;
A química é diferente;
Etc;
Etc

Mas gostava que alguém me desmistificasse este meu pensamento que como sabem, não tem qualquer base científica...

[mjr]

As descargas profundas apenas são problemáticas se combinadas com cargas a 100%, ou seja se a banda de utilização do SOC for elevada. De resto, se for para usar sistematicamente 50% do SOC, por exemplo, é preferível fazer 60%-10% do que 80%-30%. Claro que 80%-30% é mais prático pois ficamos com mais reserva, mas do ponto de vista da durabilidade da bateria será ligeiramente pior. 100%-50% já será significativamente pior.

[jpgoncalves2]

A descarga profunda que está nos seus medos, não acredito que seja na verdade assim tão má como diz.
O carro não deixa que nenhuma célula vá para valores perigosos.
Eu penso que mau seja deixar as células com menos de 3,6v ou mais de 4,0 v por muito tempo.

Obviamente que esses cuidados só lhe vão fazer bem mas acho que não poderá comparar as experiências que fez nas de Lipo com estas do Leaf por várias razões:
Os C's de descarga nessas de Lipo que experimentou não devem ter nada a ver com os do Leaf;
A proteção da tensão mais baixa célula a célula não deve ter sido tão rigorosa como no Leaf;
A química é diferente;
Etc;
Etc

Mas gostava que alguém me desmistificasse este meu pensamento que como sabem, não tem qualquer base científica...

Obrigado pelos gráficos VETL, reproduzem também , de forma bastante exata o comportamento das Lipo! Assim que vem ajudar a validar a transposição do conhecimento adquirido com aquelas, na utilização da do Leaf!
Esse mesmo conhecimento prévio faz-me concordar com todas as tuas afirmações, exceto nos "etc"... Esses ainda não sei o que são..!
Quanto ao conceito de " descarga profunda" o mjr já fez o favor de responder muito pragmática e ajustadamente à sua aplicabilidade na bateria dos Leaf!
Apenas ousaria complementar com outra indicação, que julgo improvável de ocorrer num Leaf a funcionar bem, dado o seu bom controle de descarga, através do LBC, e que consiste no cruzamento para baixo da linha de 3,6v, em repouso (embora me pareça ter já visto por aqui umas imagens a reportarem abaixo do 3.0v, por certo de algum Mk1, mais antigo..) . Também este facto ( para baixo de 3,6v em repouso) considero como incluído no conceito de ´descarga profunda´ e é nessas faixas que o segundo "assassino", a temperatura, vira "alpinista" super rápido, levando a empolamento dos invólucros das células e, em caso de rompimento e contacto com o ar, incêndio..! Mas isto, como refiro, sendo uma característica do elemento Lítio quando a ´profundidade de descarga ´é ampliada a voltagens tão baixas, nunca ( espero eu) se venha a passar em nenhum VE!
Em boa verdade, na base da degradação das baterias estão reações químicas que , recorrentemente, libertam energia, sob a forma de calor, fazendo aparecer o assassino temperatura. Assim , e de forma redutora e simples, quase que podemos fixar-nos somente no controlo da temperatura do pack, desde que identifiquemos corretamente as suas causas. À medida que a voltagem das células vai baixando, e continuando a solicitar a mesma potência, o pack terá obviamente que fornecer uma intensidade de corrente superior, o que começa a ter efeitos mais percetíveis na temperatura a valores abaixo de 3,8 v por célula e subindo drasticamente à medida a que nos aproximamos dos ´proibidos´2,5 v.
Mas para o Leaf e desde que o proprietário não tenha que tentar aguentar 84 meses com a mesma bateria , como eu, que tenho um contrato de leasing com essa caducidade e na modalidade de compra de bateria, estes cuidados redobrados terão menos expressão, naturalmente!;-)

[jpgoncalves2]

As descargas profundas apenas são problemáticas se combinadas com cargas a 100%, ou seja se a banda de utilização do SOC for elevada. De resto, se for para usar sistematicamente 50% do SOC, por exemplo, é preferível fazer 60%-10% do que 80%-30%. Claro que 80%-30% é mais prático pois ficamos com mais reserva, mas do ponto de vista da durabilidade da bateria será ligeiramente pior. 100%-50% já será significativamente pior.

Na "mouche" mjr!
Bem Hajas pela pragmática e conhecedora explicação!

[jpgoncalves2]

E vão 2 meses de condução do meu Leaf, que na aplicação Carwings está batizado de "alemcosmo".
Neste mês fiz cerca 4145Km e a restante estatística aqui fica:


Odómetro: 8601 Km
Vel média: 41 km/h
Tempo condução: 97h
Consumo eletricidade: 477Kwh
Economia energia: 11,5 Kwh/100 km
redução CO2: 508Kg
Condução em modo ECO e B
Barras temp: normalmente 5, 6 após cargas rápidas , mas finalmente vi 4!;-)
Barras cap armazenamento bateria: 12

Ontem foi-me pago o incentivo de 4500€ dado pelo Estado, pelo abate de um carro IC na compra deste. Nem 2 meses demorou o processo|

Esta manhã, após uma carga a 100%, a bateria estava assim:

[VETL]

Esses pneus mereciam mais um pouco de pressão...

[jpgoncalves2]

Esses pneus mereciam mais um pouco de pressão...

Obrigado pela sugestão VETL
Na realidade os pneus foram cheios a 2.5 bar, tal como prescrito no manual e tenho tido o cuidado de verificar e corrigir, se necessário, semanalmente, muito em particular depois de há um par de semanas ter tido que ir reclamar , junto da Nissan , de uma descalibragem dos sensores da viatura, que só detetei depois de ter o OBCD2 e LS.
O que está aqui a passar-se, é o conhecido efeito da temperatura sobre o ar e materiais com que são fabricados os pneus, para além de prováveis, embora negligenciáveis, incorreções de medição. Assim, se ontem ao final da manhã as leituras eram aquelas mais baixas que reportam a foto anterior, e estava em Viseu, com 14ºc ambiente e após uma paragem de 14h, já ao final do dia, sem ter enchido nenhum pneu, com os mesmos 14ºC, ao chegar a Mafra e depois de uma viagem de 300 Km, as leituras de pressão eram as que abaixo mostro:



Como não tenho argumentação sólida para contrariar a disposição da Nissan, ao recomendar aquele valor de 2,5 bar, acho que vou manter!

[Malm]

Aqui com o meu i-MiEV não tenho tido preocupações com a amplitude das cargas e das descargas, é sempre a carregar o que ele quer e descarrego com frequência até aos 20%. Faço o mínimo de carregamentos possíveis. Já com a temperatura tenho extremo cuidado. Não as deixar passar dos 25 ºC, valor que só é ultrapassado esporadicamente. Sou dos poucos, com este modelo, que procura apresentar os valores de capacidade restante da bateria, que tenho de pedir na altura da revisão anual. Dado ter tido um decréscimo pequeno da capacidade entre março de 2014 (36,4 Ah) e junho de 2015 (35 Ah), com estas opções, tenho vindo a manter o mesmo tipo de atitude. Tudo indica, pelo facto de continuar a poder chegar aos 0,0% de SoC e fazer a mesma distância com uma barra, comparativamente a junho, que a capacidade em março de 2016, altura em qua acaba a garantia, se vai situar nos 34 Ah.

[Fil]

Se colocares mais pressão perdes conforto e aderência, mas ganhas autonomia. De qualquer das formas também costumo colocar 2.5 nos 4 pneus.

[jpgoncalves2]

Se colocares mais pressão perdes conforto e aderência, mas ganhas autonomia. De qualquer das formas também costumo colocar 2.5 nos 4 pneus.

Obrigado Fil, são objetivas indicações as que me dás, que muito aprecio, e me permitem ajuizar melhor o efeito deste "yoyo" da pressão já que, tal como tu, penso continuar a manter a referencia de 2.5 bar, sugerida pela Nissan. Por algum motivo eles estimaram esse valor 2.5 bar como o mais adequado, por certo através de testes experimentais e otimização sistémica dos resultados obtidos para essas variáveis que, sabiamente, referes!;-)
Bem hajas companheiro!;-)