Experimenta ir a qq conferência/seminário onde vá falar algum dos futuros comercializadores e percebemos imediatamente que o plano é (obviamente) maximizar o lucro e cobrar perto dos valores de €€ combustível fossil / 100 km.Orlando Escreveu:Eu acho que andam a dar ideias....

Preço da energia nos postos de carregamento
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Re: Preço da energia nos postos de carregamento
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Re: Preço da energia nos postos de carregamento
Isso não quer dizer nada, o VE proporciona a melhor economia na mesma, independentemente do estado dos postos publicos. O universo de pessoas que podem afirmar isto é que é muito pequena.RNM Escreveu:
Houve aqui uma poll no forum e quem "ganhou" foi a economia que o VE proporciona, não foi o melhor desempenho ambiental
Re: Preço da energia nos postos de carregamento
Honestamente, até poderia custar o mesmo que a gasolina (ou mesmo um pouco mais) e continuaria contente por conduzir um VE.
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Re: Preço da energia nos postos de carregamento
referia-me à quantidade de "falsos moralistas".
Eu acho que andam muitos por aqui que, quando for igual ou mais caro andar de VE que andar de ICE, "vão desaparecer" do fórum.
Eu acho que andam muitos por aqui que, quando for igual ou mais caro andar de VE que andar de ICE, "vão desaparecer" do fórum.
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Re: Preço da energia nos postos de carregamento
É o que dá as estatisticas e os polls, em vez de revelar uma orientação, dá azo a multiplas interpretações
Quanto aos falsos moralistas, verdadeiros moralistas, moralistas em geral, talvez uma musiquinha do B Fachada ajude por as ideias no sitio


Quanto aos falsos moralistas, verdadeiros moralistas, moralistas em geral, talvez uma musiquinha do B Fachada ajude por as ideias no sitio
https://bfachada.bandcamp.com/track/t-ztó-zé tu tem cuidado não seja pau mandado
antes louco e malcriado que pensar só de emprestado
toda a vida te vão dar o mundo já bem mastigado
tu começa a praticar para não ficares moralizado.

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Re: Preço da energia nos postos de carregamento
Quando o carro em questão permite fazer as distâncias grandes que se quiser sem grandes incómodos, bastando mudar o combustível, imagino que a diferença não se faça sentir muito.sosimple Escreveu:Honestamente, até poderia custar o mesmo que a gasolina (ou mesmo um pouco mais) e continuaria contente por conduzir um VE.
Na cidade claro que continuo contente por conduzir um VE, mas os PCRs para mim são para viagens grandes. Não digo que tenham de ficar muito abaixo do valor da gasolina, mas igual ou para cima é que é de franzir o nariz. A minha mãe vai mantendo o CI até ver o que isto dá.
Re: Preço da energia nos postos de carregamento
Relativo a este assunto, permitam-me referir o meu exemplo pessoal. Troquei um TDI de 170 cv por uma GTE (como já referi noutros tópicos um BEV não me servia na vida profissional) que tem uma motor a gasolina de 156 cv + um motor eléctrico de 115 cv. Tendo de fazer com alguma frequência muitos quilómetros de tirada em que a autonomia eléctrica desaparece num ápice, logo grande parte do meu consumo é feito exclusivamente com o motor a gasolina. Juntando estas viagens a outros dias em que em Lisboa consigo andar 100 % eléctrico faz com que, ao fim de quase 25000 kms, obtenha um consumo médio de cerca de 4L/100 de gasolina + 7,5 kWh/100 de electricidade.
Resultado: a troca do TDI pela GTE fez com que gastasse mais €€ em combustíveis hoje do que gastava antes (até porque a gasolina continua a ser muito mais cara que o gasóleo).
Estou arrependido: nem por sombras. Ao prazer de condução nos periodos que ando de eléctrico, junto a diminuição em emissões produzidas, facto a que pessoalmente dou bastante relevo.
Conclusão: mesmo assim vale muito a pena!
Resultado: a troca do TDI pela GTE fez com que gastasse mais €€ em combustíveis hoje do que gastava antes (até porque a gasolina continua a ser muito mais cara que o gasóleo).
Estou arrependido: nem por sombras. Ao prazer de condução nos periodos que ando de eléctrico, junto a diminuição em emissões produzidas, facto a que pessoalmente dou bastante relevo.
Conclusão: mesmo assim vale muito a pena!
Re: Preço da energia nos postos de carregamento
Quanto ao custo do pagamento da electricidade consumida nos postos de carregamento, penso ter uma opinião bem diversa da maioria dos colegas foristas. Um pouco ao invés, aparentemente, da vox populi reinante neste forum.
Se é um objectivo primacial do estado português, a adopção de meios de mobilidade mais amigos do ambiente, com o claro intuito de uma efectiva e massiva redução das emissões produzidas pelos veículos automóveis, então a energia consumida nos postos públicos pelos proprietários de VE's deveria ser 100% gratuita, saindo essas verbas directamente do orçamento geral do estado, tal qual saem outras verbas destinadas a serviços essenciais do estado.
O velho argumento do utilizador/pagador, para mim, neste caso, não serve. Não obstante eu e a minha familia não utilizar o SNS nem ter filhos na escola pública (estão na escola particular por nossa opção), bem sei e concordo que os meus impostos paguem esses serviços públicos em prol da sociedade. Lá por não utilizar o hospital de Angra do Heroísmo não é por isso que não o tenho de pagar. Porque não extender esse entendimento a uma matéria ambiental de saúde pública que a todos afecta?
Mesmo para aqueles que defendem o pagamento como facto ordenador da utilização dos postos de carregamento, penso que tal resulta de um pensamento enviesado, tentando resolver-se um problema da pior maneira, senão vejamos.
Os que assim pensam, normalmente invocam três ordens de razão para justiciar o seu entendimento. Segundo o que tenho ouvido e lido, o pagamento da energia:
1) resolveria o problema da utilização "indevida" dos PCR's por parte dos veículos com baixa velocidade de carregamento;
2) implicaria uma automática recuperação e renovação dos postos existentes;
3) daria benefício económico aos operadores o que garantia, não só a sua viabilidade económica, bem como a expectável evolução da sua rede.
Pois permitam-me discordar e dar reposta negativa aos propalados anseios:
1) se não existirem limitações temporais efectivas na utilização dos postos, a sua utilização ficará sempre dependente do entendimento de cada um e/ou da sua capacidade económica. Até porque quem pode, mesmo não tendo grande beneficio em estar a carregar num PCR, passa a ter o argumento que o pagamento justica o seu "direito". Este tema resolve-se, no meu entendimento, por limitar o periodo máximo de carregamento para todos os postos, por colocar PCN's juntos dos PCR's e por aumentar o numero de locais de carregamento (o que vai ter forçosamente que ocorrer, com ou sem pagamento);
2) não tenho por líquido que o pagamento da energia resolva de per si a falta de manutenção dos postos, nem li em nenhum lado que uma parte das verbas dos PCR's vá para a recuperação/manutenção/substituição dos PCN's;
3) a viabilidade dos operadores (que concordo que sejam privados em vez do estado) depende das verbas recebidas, quer sejam provenientes dos utilizadores, quer saiam do orçamento estado. Mais, como no plano desenhado actualmente não existe uma verdadeira concorrência entre operadores, caso o pagamento da energia consumida fosse feito pelo estado, tal poderia ser de forma articulada a que colmatasse algumas deficiências do mercado, nomeadamente, à cobertura de zonas com menor densidade população, mediante instrumentos de descriminação positiva.
Por último, gostaria de sublinhar que, como sócio da UVE, exprimi em sede própria (AG) e em tempo oportuno, este entendimento pessoal, para além de lamentar que a associação dos utilizadores dos VE's, no que respeita ao pagamento da energia nos postos da carregamento, não tenha tido a capacidade de ter uma opinião concreta que defendesse junto das entidades oficiais, facto que por si só não originou a que o pagamento estivesse ao livre arbitrio dos operadores, como está, mas pelo menos nada fez de concreto em sentido contrário.
Se é um objectivo primacial do estado português, a adopção de meios de mobilidade mais amigos do ambiente, com o claro intuito de uma efectiva e massiva redução das emissões produzidas pelos veículos automóveis, então a energia consumida nos postos públicos pelos proprietários de VE's deveria ser 100% gratuita, saindo essas verbas directamente do orçamento geral do estado, tal qual saem outras verbas destinadas a serviços essenciais do estado.
O velho argumento do utilizador/pagador, para mim, neste caso, não serve. Não obstante eu e a minha familia não utilizar o SNS nem ter filhos na escola pública (estão na escola particular por nossa opção), bem sei e concordo que os meus impostos paguem esses serviços públicos em prol da sociedade. Lá por não utilizar o hospital de Angra do Heroísmo não é por isso que não o tenho de pagar. Porque não extender esse entendimento a uma matéria ambiental de saúde pública que a todos afecta?
Mesmo para aqueles que defendem o pagamento como facto ordenador da utilização dos postos de carregamento, penso que tal resulta de um pensamento enviesado, tentando resolver-se um problema da pior maneira, senão vejamos.
Os que assim pensam, normalmente invocam três ordens de razão para justiciar o seu entendimento. Segundo o que tenho ouvido e lido, o pagamento da energia:
1) resolveria o problema da utilização "indevida" dos PCR's por parte dos veículos com baixa velocidade de carregamento;
2) implicaria uma automática recuperação e renovação dos postos existentes;
3) daria benefício económico aos operadores o que garantia, não só a sua viabilidade económica, bem como a expectável evolução da sua rede.
Pois permitam-me discordar e dar reposta negativa aos propalados anseios:
1) se não existirem limitações temporais efectivas na utilização dos postos, a sua utilização ficará sempre dependente do entendimento de cada um e/ou da sua capacidade económica. Até porque quem pode, mesmo não tendo grande beneficio em estar a carregar num PCR, passa a ter o argumento que o pagamento justica o seu "direito". Este tema resolve-se, no meu entendimento, por limitar o periodo máximo de carregamento para todos os postos, por colocar PCN's juntos dos PCR's e por aumentar o numero de locais de carregamento (o que vai ter forçosamente que ocorrer, com ou sem pagamento);
2) não tenho por líquido que o pagamento da energia resolva de per si a falta de manutenção dos postos, nem li em nenhum lado que uma parte das verbas dos PCR's vá para a recuperação/manutenção/substituição dos PCN's;
3) a viabilidade dos operadores (que concordo que sejam privados em vez do estado) depende das verbas recebidas, quer sejam provenientes dos utilizadores, quer saiam do orçamento estado. Mais, como no plano desenhado actualmente não existe uma verdadeira concorrência entre operadores, caso o pagamento da energia consumida fosse feito pelo estado, tal poderia ser de forma articulada a que colmatasse algumas deficiências do mercado, nomeadamente, à cobertura de zonas com menor densidade população, mediante instrumentos de descriminação positiva.
Por último, gostaria de sublinhar que, como sócio da UVE, exprimi em sede própria (AG) e em tempo oportuno, este entendimento pessoal, para além de lamentar que a associação dos utilizadores dos VE's, no que respeita ao pagamento da energia nos postos da carregamento, não tenha tido a capacidade de ter uma opinião concreta que defendesse junto das entidades oficiais, facto que por si só não originou a que o pagamento estivesse ao livre arbitrio dos operadores, como está, mas pelo menos nada fez de concreto em sentido contrário.
Última edição por Alx99 em 02 jun 2017, 23:52, editado 3 vezes no total.
- BrunoAlves
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Re: Preço da energia nos postos de carregamento
Enquanto puder carregar em casa sem impostos novos sobre a minha factura de electricidade, nem é discutível a componente monetária da opção pelo Leaf. Já para não falar do resto.
Vou bater-me contra tudo o que seja acima de 0,3€/kWh porque, como já disse, é um roubo e já assim uma margem bruta de 600% em boa parte dos postos. Claro que operadores lançados para sacar guito rapidamente e que por isso mantém o limite da BTN para não instalar um PT (cof cof mobiletric cof cof) vão ter custos de energia superiores, mas acredito que oferta suficiente acabará por regular estas ofertas. Se é já? Claro que não, mas lá chegaremos.
Vou bater-me contra tudo o que seja acima de 0,3€/kWh porque, como já disse, é um roubo e já assim uma margem bruta de 600% em boa parte dos postos. Claro que operadores lançados para sacar guito rapidamente e que por isso mantém o limite da BTN para não instalar um PT (cof cof mobiletric cof cof) vão ter custos de energia superiores, mas acredito que oferta suficiente acabará por regular estas ofertas. Se é já? Claro que não, mas lá chegaremos.
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! 

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Re: Preço da energia nos postos de carregamento
Concordo tanto com tudo isto.Alx99 Escreveu:Quanto ao custo do pagamento da electricidade consumida nos postos de carregamento, penso ter uma opinião bem diversa da maioria dos colegas foristas. Um pouco ao invés, aparentemente, da vox populi reinante neste forum.
Se é um objectivo primacial do estado português, a adopção de meios de mobilidade mais amigos do ambiente, com o claro intuito de uma efectiva e massiva redução das emissões produzidas pelos veículos automóveis, então a energia consumida nos postos públicos pelos proprietários de VE's deveria ser 100% gratuita, saindo essas verbas directamente do orçamento geral do estado, tal qual saem outras verbas destinadas a serviços essenciais do estado.
O velho argumento do utilizador/pagador, para mim, neste caso, não serve. Não obstante eu e a minha familia não utilizar o SNS nem ter filhos na escola pública (estão na escola particular por nossa opção), bem sei e concordo que os meus impostos paguem esses serviços públicos em prol da sociedade. Lá por não utilizar o hospital de Angra do Heroísmo não é por isso que não o tenho de pagar. Porque não extender esse entendimento a uma matéria ambiental de saúde pública que a todos afecta?
Mesmo para aqueles que defendem o pagamento como facto ordenador da utilização dos postos de carregamento, penso que tal resulta de um pensamento enviesado, tentando resolver-se um problema da pior maneira, senão vejamos.
Os que assim pensam, normalmente invocam três ordens de razão para justiciar o seu entendimento. Segundo o que tenho ouvido e lido, o pagamento da energia:
1) resolveria o problema da utilização "indevida" dos PCR's por parte dos veículos com baixa velocidade de carregamento;
2) implicaria uma automática recuperação e renovação dos posto existente;
3) daria benefício económico aos operadores o que garantia, não só a sua viabilidade económica, bem como a expectável evolução da sua rede.
Pois permitam-me discordar e dar reposta negativa aos propalados anseios:
1) se não existirem limitações temporais efectivas na utilização dos postos, a sua utilização ficará sempre dependente do entendimento de cada um e/ou da sua capacidade económica. Até porque quem pode, mesmo não tendo grande beneficio em estar a carregar num PCR, passa a ter o argumento que o pagamento justica o seu "direito". Este tema resolve-se, no meu entendimento, por limitar o periodo máximo de carregamento para todos os postos, por colocar PCN's juntos dos PCR's e por aumentar o numero de locais de carregamento (o que vai ter forçosamente que ocorrer, com ou sem pagamento);
2) não tenho por líquido que o pagamento da energia resolva de per si a falta de manutenção dos postos, nem li em nenhum lado que uma parte das verbas dos PCR's vá para a recuperação/manutenção/substituição dos PCN's;
3) a viabilidade dos operadores (que concordo que sejam privados em vez do estado) depende das verbas recebidas, quer sejam provenientes dos utilizadores, quer saiam do orçamento estado. Mais, como no plano desenhado actualmente não existe uma verdadeira concorrência entre operadores, caso o pagamento da energia consumida fosse feito pelo estado, tal poderia ser de forma articula a que colmatasse algumas deficiências do mercado, nomeadamente, à cobertura de zonas com menor densidade população, mediante instrumentos de descriminação positiva.
Costumo acrescentar, para quem acredita que pagando será melhor servido, que "só eu é que tenho azar: se oferecer um serviço mau de borla, ninguém volta a querer o mesmo serviço pagando."