mzptcan, vou tentar responder a algumas dúvidas e esclarecimentos necessários.mzptcan Escreveu:Tenho estado a seguir este tópico e a discussão com muito interesse, pois como utilizador e proprietário de um VE tenho interesse em poder usar o meu veiculo sem a preocupação da autonomia.
Uma coisa é certa mesmo que as baterias venham a evoluir e dar-nos autonomias cada vez maiores, iremos sempre necessitar de um bom serviço de PCR.
Basta ver que hoje os veículos a CI continuam a necessitar de uma boa rede de abastecimento.
Como tal vejo viabilidade neste projecto.
Julgo que antes da discussão técnico-económicas, há que encontrar um modelo.
Não sei qual o melhor: pré-pagamento, renda mensal, ou até mesmo sistema de cooperativa.
Uma coisa tenho a certeza é que se nós utilizadores não fizermos nada iremos estar sujeitos às regras dos “tubarões” – EDP, MOBI.E, Etc…
Julgo que há vários fornecedores nacionais que gostariam de estar presentes neste projecto – EFACEC, MAGNUM CAP e outras, pois eles também têm interesse económico.
Assim como as marcas BMW, Nissan, PSA…vejam a lista noutro tópico![]()
Como tal penso que a questão é qual o modelo?
Pois é necessário capital inicial e é preciso não cometer o mesmo erro que os outros (postos abandonados e sem manutenção).
Era bom que se encontrasse aqui no fórum as pessoas certas, para criar o tal modelo.
Até talvez com a ajuda de subsídios europeus:https://poseur.portugal2020.pt/pt/not%C ... 3%A9trica/
Julgo que um modelo cooperativo, tal como foi criado para as energias renováveis até pudesse ser o mais fácil de aplicar: http://greensavers.sapo.pt/2013/11/08/c ... -portugal/
Mas era bom que alguém com conhecimento nesta área pudesse ajudar, não é só a questão técnica que deve ser discutida.
No que poder ajudar contem comigo
Relativamente ao modelo e forma de pagamento, parece-me que o pagamento de uma quota numa cooperativa/associação é a mais consensual, dado que não esbarra com a venda de energia ao kW, ao minuto ou ao lugar de estacionamento. O pagamento de uma quota dá-nos direito a beneficiar de algo dessa mesma associação. A possibilidade de usar os PCR é apenas uma das valências, tendo a associação outros serviços para nos disponibilizar. Não queremos colocar uma tarifa de venda de energia. Isso não vai ser feito, pois incorre numa ilegalidade e isso não queremos.
Estar sujeito aos tubarões é o que vai acontecer quando terminar a fase piloto da Mobi.E. De certeza que não nos vão NUNCA vender energia a 0,20€ o kW. Uma carga completa de um Leaf com 25kW sairia a 0,20€ x 25kW = 5€ por cada 100kms. É contra isto que me movo e quero o vosso apoio e disponibilidade, porque depois de ser implementada esta tarifa não há nada a fazer. Mas não acredito que nos vendam energia na rua a esses valores, dado que em casa já custa mais do que isso na EDP comercial.
As marcas de PCR e as marcas dos veículos estão a ser contactadas por nós. Estou a ultimar uma lista de contactos e responsáveis a contactar para lhes apresentar o projecto e perceber a sua disponibilidade e interesse. Temos todos a ganhar, mas estes parceiros têm muito mais, porque vendem VE e PCR e ganham com este impulso da nova rede de PCR.
Para não cair no mesmo erro de ter postos abandonados, sem manutenção e de manutenção caríssima com PCR a serem sujeitos ao mau tempo e ao vandalismo da rua, entendo que os edifícios dos Bombeiros são o local certo para a sua colocação, dado que estão protegidos, seguros e à sombra. O quartel tb tem de ter sempre as luzes ligadas na zona dos seus veículos. Isso não é um problema. E muito se poupa por estarem seguros e não necessitarem de manutenção tão custosa como os que se encontram na rua. Eles terão obrigatoriamente suporte para todas as marcas de veículos e interfaces de carregamento. Ninguém ficará excluído. Será pressuposto essencial a necessidade de permitir carregamentos simultâneos, mesmo que sem o máximo da sua potência, para não desperdiçar tempo e obrigar a filas de espera para carregamentos.
Quanto à possibilidade de comparticipação através do PO SEUR, eu mesmo contactei na passada 2a-feira por telefone os responsáveis e foi-me pedido para expor por escrito e depois aguardar resposta por parte dos responsáveis. Sinceramente não acredito que seja possível ir por aqui e ter alguma comparticipação, mas o "não" como diz o Fil, e bem, está garantido. Vamos ouvir muitos "não" e "não se metam nisso" e "não é legal nem possível" e "vou encaminhar para a chefia e tem de aguardar resposta", mas não é isso que nos vai desmotivar. Dos fracos não reza a história!
Se calhar foi por isso que o prazo para apresentação de candidaturas foi prorrogado, não tendo a Mobi.E apresentado a candidatura. Se calhar os 800.000€ é pouca quantia para o que pretendem. Para nós implementarmos esta rede só de PCR a partir do zero, chega e sobra e paga todas as despesas, porque não temos de comprar terrenos, pagar comissões e dar margem e rendas a ninguém!
Relativamente à cooperativa/associação sem fins lucrativos é para mim a melhor decisão. Podemos oferecer aos Bombeiros custos de aquisição de energia muito mais competitivos e outras vantagens que hoje não têm e que jamais conseguirão obter sozinhos. Eles são o parceiro estratégico e fulcral neste projecto e obviamente depois de lhes explicarmos as vantagens não vão colocar entraves e estarão disponiveis, porque o que faz a diferença neste projecto e modelo adoptado é uma equação de soma para todos. Todos saem beneficiados, porque não há um privado a querer explorar uma rede.
Relativamente à possibilidade de ter PCR junto a parques eólicos, solares ou barragens, onde já existe muita potência instalada, eu compreendo a proposta da vantagem que nos pode trazer em termos de potência no local bastante elevada, mas não concordo com ela, dado que a grande maioria, mas não totalidade, se encontram em locais desertos ou pouco frequentados por pessoas na zona e isso pode ser um convite ao vandalismo, à falta de segurança e falta de apoio caso surja um problema com o carregamento, mas também principalmente pela falta de ocupação para o proprietário fazer algo de relevante enquanto o seu VE está a carregar as baterias. Outra desvantagem é a sua colocação em ambiente aberto e desprotegido, convidando a vandalismo e manutenções elevadas, tal como os postos da Mobi.E. Temos de tentar evitar isso.
Os parque de campismo normalmente não têm uma estrutura directiva muito forte. Com todo o respeito para quem faz parte deste tipo de instituição, julgo não reunir as condições. São um pequeno clube/associação, normalmente sem funcionários a tempo inteiro, que vivem do mecenato e boa vontade de alguns directores e nem sempre podem cumprir um protocolo/acordo credível connosco. Muitas vezes estão vários meses com dificuldades em escolher novos corpos directivos e isso não pode ser aplicado a esta rede. Queremos algo mais profissional e disponível a tempo inteiro e 24h por dia, mas sempre aberto e não dependente de um segurança ou director que nos permita entrar a meio da noite ou de Inverno. Normalmente não têm edifícios e espaços fechados, mas sim vedados. Mas compreendo a sugestão pela grande capacidade de potência instalada. Outra sugestão para além dos Bombeiros são os quartéis da GNR/PSP. Só estes são comparáveis aos Bombeiros.
Aceito outras opiniões da vossa parte, mas julgo estarem aqui reunidas e descritas as vantagens deste tipo de opções.
Agradecia imenso que aparecessem por aqui ideias concretas acerca dos apoios que podemos reunir e da melhor forma que nos podemos candidatar. Experts da área são necessários.
Apresentem as vossas ideias e continuaremos a discuti-las, bem como a escolher o melhor modelo de exploração a adoptar.
Agradeço imenso o apoio de todos, a motivação e vontade de contribuir com boas ideias, que por aqui se respira.
Porque a rede é de todos e para todos.